VENCENDO AS CRISES

(mensagem do Pr. Joed Venturini)

Ele sabia tudo sobre crises. Sabia o que era ficar desempregado, tendo muitas pessoas sob sua responsabilidade.

Sabia o que era perder o sustento do dia para a noite; perder família e amigos e ter que abandonar sua cidade natal temendo por sua segurança.

Ele sabia o que era ter uma boa colocação, bom salário, prestígio , ter um futuro garantido e, de repente, tudo se evaporar. Ele sabia o que era ter um patrão difícil, colegas invejosos, sabia o que era sofrer calúnias e injustiças no trabalho. Ela sabia o que era perder tudo sem ter tido culpa, sem merecer. Ele conhecia a amargura de ter que começar tudo de novo, conhecia a sensação de tempo perdido e de vida desperdiçada em vão. Ele sabia...

Estou falando de Davi. A crise que enfrentou por causa do ciúme de Saul o arrancou de uma posição confortável na casa do rei para uma vida nômade, pelas montanhas e cavernas do sul de Judá. Sim, ele sabia o que era passar por uma crise, de verdade!

Aparentemente a solução estava na Filistia. Muitos, ainda hoje, pensam que a solução dos problemas está em mudar de lugar, fugir para outra cidade.

Davi prosperou na Filistia a tal ponto que o rei Aquis lhe deu uma cidade(I Samuel 27:6), a cidade de Ziclague. E é aí, na sua cidade de refúgio, onde parecia que a crise havia passado, que o mundo de Davi vai ruir novamente sobre a sua cabeça.

Em Ziclague, Davi montou casa, trouxe esposa e filhos, constituiu um pequeno governo e a partir daí desfrutou a prosperidade. Porém, tudo isto lhe é roubado pelos Amalequitas de uma só vez! Casa queimada, bens furtados e família seqüestrada. Não nos admira que tenha chorado até o desespero ( I Samuel 30:4 -6ª).

Diante desta crise brutal Davi perde a esperança, culpa-se pelo ocorrido, até porque seus amigos também o responsabilizam e , de repente, ele se vê com a própria vida em risco. Neste momento de terrível contraste que, mais uma vez, entendemos porquê Davi era o homem segundo o coração de Deus. Sua atitude nos traz valiosas lições para vencermos as crises que enfrentamos com freqüência. Meditando em I Samuel, capítulo 30, encontraremos essas lições na vida de Davi.


1) NÃO SE DESESPERE, VOLTE-SE PARA DEUS! (v. 6)

O quadro era desesperador, não havia nada a fazer, tudo estava perdido...Mesmo assim, Davi se firmou no Senhor. Não reagiu segundo sua própria força de vontade, com seu temperamento privilegiado nem com um discurso de auto-ajuda, mas voltou-se para o seu Soberano Deus.

Davi sabia que não estava em pecado. Entendia que Ziclague tinha sido uma dádiva de Deus e que o Senhor estava com ele. Antes de qualquer outra coisa, voltou sua mente para o Senhor e firmou seus pensamentos em Deus.
Lembre-se: 


 Não há inimigo ou crise que possa furtar essa liberdade. Não devemos abrir mão deste privilégio e podemos, como Davi, usar essa liberdade para nos concentrarmos no Senhor, onde encontraremos verdadeira força e firmeza.
 

2) BUSQUE A PALAVRA! (v.7)

Davi tinha consigo o sacerdote, e com ele a possibilidade de recorrer à orientação divina. Esse é um padrão que marca toda sua trajetória: primeiro, e antes de agir, buscava o Senhor e sua Palavra. Essa foi sempre sua primeira estratégia e podemos verificá-la em muitos episódios de sua vida ( I Samuel 22:5; 23:2,4, 9-11; II Samuel 2:1; 5:19 e 23;I Crônicas 14:10 e 14) e também nos seus salmos (salmo 25:4,5,8,9 e 12; salmo 19:13 e 14; salmo 27:11; salmo 28:9; salmo 86:11).

Nós, muitas vezes, temos a tendência de apresentar rapidamente as soluções e então convocamos reuniões de oração, rogando a Deus as bênçãos para nossos planos e projetos. Em primeiro lugar Davi orava e perguntava ao Senhor. Priorizava a Palavra e a direção divina, só depois partia para a ação.



3) ANALISE AS POSSIBILIDADES (v.8)

A oração de Davi demonstra que ele utilizara um bom tempo avaliando a situação e verificando as possibilidades. Havia três linhas de ação possíveis: poderia ficar em Ziclague e tentar fazer o melhor em meio às ruínas; a segunda opção seria abandonar tudo e ficar com as recordações ou poderia tentar ir atrás dos Amalequitas. O que seria mais apropriado? Como poderia ser bem sucedido? Ele analisou e colocou diante de Deus suas questões.


Se o Senhor nos criou com raciocínio é porque deseja que o utilizemos. Diante das crises é essencial olhar para as possibilidades, equacionar linhas de ação e então procurarmos a orientação de Deus em relação às várias saídas.

4) NÃO FIQUE CHORANDO, FAÇA A SUA PARTE (v.9)

De nada serve a autocomiseração. É dos sentimentos mais debilitantes e paralisantes que existem. Drena as forças, bloqueia o olhar, tende a crescer a ponto de beirar o masoquismo. Davi chorou, mas secou as lágrimas, buscou o Senhor, avaliou as possibilidades e colocou-se em movimento. Com tudo o que lhe restava (homens muito cansados) partiu para reaver o que era seu por direito. Ele fez a sua parte! Agiu no máximo de sua capacidade. Assumiu sua responsabilidade, que era guiar aqueles homens na busca por respostas.



"O que vier às mãos para fazer, faze conforme as suas forças."


5) SAIBA USAR AS OPORTUNIDADES (v. 11 a 16)

A sabedoria passa por utilizar as oportunidades que aparecem no caminho. No caso de Davi, em seu caminho estava um escravo moribundo. Seria perda de tempo dar-lhe atenção, e muitos pensam assim. Afinal, estavam perseguindo seus inimigos, cada minuto era importante! Mas Davi parou para atender o escravo até que este recuperasse as forças, e foi justamente este que o guiou aos seus adversários e à vitória.

Muitas vezes o Senhor espalha oportunidade pelo nosso caminho. Devemos rogar discernimento para vê-las e sabedoria para aproveitá-las da melhor maneira. Podem se tornar a chave do problema, a solução da crise.

6) SEJA JUSTO (v. 21 a 24)

As crises tendem a endurecer o coração e nos deixam insensíveis e frios. Neste estado é fácil ser injusto e indelicado. Afinal, se eu estou lutando sozinho para me recuperar por que deveria facilitar a vida dos outros? Eles que sofram também!

Davi demonstrou bondade e misericórdia ao tratar os cansados com paciência e justiça. Ele não se deixou dominar pelos sentimentos negativos, mas procurou tratar os demais como gostaria de ser tratado. Nesse dia ele estabelece inclusive uma lei, que a partir deste dia foi seguida pelo povo. Não permita que as lutas da vida o endureçam. Seja justo!

7) DÊ GLÓRIA A DEUS (v.23)

Como seria fácil para Davi se gloriar de sua capacidade militar, de sua esperteza ao utilizar o escravo egípcio. Poderia se orgulhar de sua perícia e estratégia na liderança das tropas ou mesmo da sorte de ter encontrado o inimigo embriagado. Mas ele atribui a vitória a Deus. Reconhece que é do Senhor que vem toda bênção e ao fazê-lo desfaz o argumento dos belicosos.

Se você buscou direção do Senhor para sair da crise, recebeu forças para seguir em frente e obteve dele a vitória, então não se esqueça de agradecer e louvar, porque esta é a maneira correta de vencer as lutas.

8) PARTILHAR AS BÊNÇÀOS (v.26 a 31)

No nosso mundo dominado pelo egoísmo, a partilha perece um desperdício, uma verdadeira tolice. Davi não pensava assim e por isso foi um estadista abençoado. Após a vitória contra os amalequitas, enviou parte do despojo às cidades de Judá que o tinham ajudado passado e que eram suas aliadas. Ele não pensou em se satisfazer com os despojos, mas lembrou-se do povo, de seu povo. E será esse povo que o levará ao trono.

Alguns poderão ver nisso um golpe político ou publicidade. Mas, naquela ocasião Davi não podia imaginar que Saul morreria na batalha contra os filisteus. Ele não estava preparando o caminho para sua coroação, seu comportamento anterior mostra que ele não agia assim. Davi confiou na promessa de Deus e esperou que o Senhor o entronizasse na hora certa.

Sua atitude foi movida, provavelmente, por duas razões: por gratidão pela ajuda recebida dessas cidades quando ali passou com seus homens (v.31) e porque, certamente, sua tribo havia sido negligenciada e desprezada por Saul. Desse modo, as cidades presenteadas com o despojo puderam recuperar as perdas sofridas durante estes anos de abandono. Esse era ainda um tempo em que o sentido tribal estava bem marcado, o povo ainda não possuía uma identidade como nação. Davi procurou minorar a crise na sua tribo através da partilha e da solidariedade.

CONCLUSÃO

No dia em que chegou a Ziclague e a viu queimada, certamente, Davi não podia adivinhar que, dentro de semanas, seria ungido rei de Judá (II Samuel 2:4).




Mas o Senhor é soberano e por trás de um exílio pode estar um trono. O exemplo de Davi é útil e prático para que nós possamos aprender a vencer as crises e com nosso Deus saltarmos as muralhas (salmo 18:29).

Texto integral - Desabafo de um Evangélico!

                  Texto Integral  
                          Pr.  Joed Venturini de Souza

Por que será que o homossexual e a lésbica podem defender sua posição publicamente e isso é chamado de ousadia, mas se o cristão fizer o mesmo é chamado de preconceituoso, prepotente e retrógrado?

Por que será que os personagens gays nos filmes e novelas são bonitos, elegantes, cultos e tolerantes, mas se o mesmo programa mostrar um evangélico, esse será feio, estúpido e supersticioso?

Por que será que alguém pode falar com convicção de fadas, duendes e vampiros e é admirado por sua versatilidade, mas quando o crente fala de Deus é chamado de ignorante? Por que será que filmes cheios de erros históricos que degradam a verdade conhecida sobre Jesus são sucesso, mas quando se faz um filme que mostra o seu comprovado sofrimento isso é considerado exagero e apelo à violência?

Por que será que aqueles que defendem a dissolução das famílias e fazem apologias do divórcio são vistos como progressistas, mas quando alguém mostra a verdade sobre as famílias destruídas e apela aos valores tradicionais é taxado de atrasado, medieval e saudosista?

Por que será que o evolucionista é tido como cientista e suas afirmações, mesmo quando as mais absurdas, nunca são verificadas até quando suas bases científicas falham, mas o criacionista é ridicularizado mesmo que apresente bons fundamentos na ciência?

Por que será que quando um crime é cometido por um crente logo se acrescenta: "João da Silva, evangélico..." e não se faz o mesmo caso o perpetrante seja católico, espírita ou budista? Por que será que a escola de samba, o baile funk e o terreiro de macumba podem fazer o barulho que quiserem até o sol raiar e isso é chamado de cultura, mas se o culto demorar um pouco mais ou tiver o som mais alto há um processo e o templo corre o risco de fechar?

Por que será que o mundo apela para a tolerância de tudo e de todos, de religiões e costumes os mais diversos, mas quando toca ao Cristianismo se fecha em completa intolerância e preconceito? Por que será?

Provavelmente é assim porque a tolerância pregada no mundo moderno é na verdade uma indiferença que demonstra falta de princípios, valores e convicções e que quer se isentar de toda responsabilidade. É no fundo uma atitude totalmente negativa de quem não sabe, não quer saber e não se importa minimamente com as consequências. É uma falsa liberdade para cada um se destruir como quiser.

Criou-se o entendimento no mundo pós-moderno que não há verdades absolutas. Que cada um tem a sua verdade e pode viver segundo ela. Nada poderia ser mais falso e prejudicial ao homem. Cada um pode viver a sua verdade, mas não pode forçá-la a ser a verdade. Cada um tem a liberdade para agir como quiser, mas não pode fugir da lei da colheita, que continua inexorável: o que o homem semear, isso é o que vai colher!

O homem é livre para semear milho, mas não pode esperar colher cevada ou feijão. Pode fumar o quanto quiser, mas não pode fugir do risco muito aumentado de ter um câncer. Pode destruir as famílias, mas não pode esperar encontrar crianças mais felizes e jovens mais ajustados. Pode usar as drogas que quiser, mas não é livre para escapar das consequências físicas e mentais das mesmas. Pode ser promíscuo sexualmente, mas não é livre para escapar das DST.

Resumindo: o homem é livre para viver a sua verdade, mas não vai escapar da pura verdade que é verdade quer queiramos ou não e que sempre assim será porque não depende do homem. Logo, em vez de negar a existência da verdade, a atitude mais coerente e inteligente seria procurar conhecer a verdade e experimentar, então, a verdadeira liberdade.

Diante do discurso hipócrita do mundo, que na prática nos trata com intolerância, não é hora dos cristãos se encolherem e rastejarem para uma trincheira confortável, atrás dos bancos de nossas igrejas. Devemos ter a ousadia de, com educação mas firmeza, declararmos nossas posições, defendermos nossos princípios e anunciarmos a verdade eterna que conhecemos e que faz toda a diferença na realidade humana.

Está na hora de dizermos que Deus é real e ama a todos os homens, mas não aprova tudo que fazemos. Que como cristãos amamos os homossexuais e as lésbicas, mas que eles vivem na contramão da criação, negando o que é natural na experiência humana e que suas "opções" tem consequências graves tanto físicas quanto espirituais. Está na hora de termos a coragem de dizer que a pressão política para adotar o homossexualismo como natural é errada e perniciosa e está ajudando a destruir nossa sociedade, nossa moral e nossas famílias.

Está na hora de afirmar que o casamento é a mais nobre instituição criada por Deus e que a família bem ajustada é a base da sociedade, onde nossas crianças poderão crescer com segurança e nossos jovens encontrarão direção.

Está na hora de afirmar que a disciplina parental é urgente, necessária e indispensável. Que as crianças e adolescentes não tem estrutura psicológica e espiritual para mandar em casa e que precisam de pais presentes, amorosos e afirmativos, mas também firmes numa disciplina comedida e numa educação clara. Que nossos jovens precisam de limites para se desenvolver melhor e que aos 18 ou 20 anos os filhos não estão criados ainda e continuam precisando de amor, conselho e orientação.

Está na hora de dizer que toda a pressão do mundo científico em prol da teoria da evolução é baseada em achados duvidosos, muitos deles já desmentidos, e que as afirmações bombásticas com que enchem a mídia é mais golpe de publicidade que verdade científica. É hora de lembrar que os maiores cientistas da história foram cristãos e que muitos dos mais renomados cientistas da atualidade, nas mais diversas áreas, são criacionistas convictos e que a posição criacionista tem larga base científica e não é o delírio de um bando de religiosos.

Está na hora de dizer que autores sensacionalistas são na verdade apenas aproveitadores que utilizam a figura de Jesus para ganhar dinheiro de forma covarde e mesmo desprezível, inventando estórias e criando falsas teorias quando a verdade histórica de Cristo está muito bem estabelecida.

É hora de lembrar que os materiais que temos em mãos sobre a vida de Cristo foram produzidos por testemunhas oculares e que nenhum outro personagem histórico tem tantas provas de sua existência e atuação quanto Jesus de Nazaré.

Está na hora de dizer que o estereotipo de evangélico ignorante e facilmente manipulável e do pastor burlão e sem escrúpulos é isso mesmo, esteriotipos. Que as igrejas evangélicas são abertas e nelas há todo tipo de gente, desde pessoas com ausência de compromisso e total desrespeito aos princípios bíblicos, até crentes verdadeiros e sinceros, que buscam viver como Jesus viveu.

É preciso afirmar que nas nossas igrejas há gente simples mas comprometida, bem como toda gama de profissionais como advogados, engenheiros, médicos, professores, mestres universitários e juízes e que a maioria dos nossos pastores são homens sérios que dão a vida pelo bem de seus liderados.

Está na hora de dizer que a Bíblia é a palavra de Deus para o homem. Que para essa fé temos provas práticas e cientificas e que as páginas da escritura tem levado vida a milhões ao longo da história. Está na hora de dizer que os erros de alguns dirigentes da igreja não invalidam seu valor como organização.

É preciso lembrar que a igreja que tem servido a humanidade e criado instituições como hospitais, asilos, escolas, universidades, bibliotecas e outros serviços públicos. Está na hora de dizer que a oração é real e prática, que o Deus verdadeiro ouve e responde as orações e que essa é a experiência vivida por centenas de milhões a cada dia.

Está na hora de exigir respeito por nossas convicções e declarar a verdade sobre os sistemas do mundo atual, que só nos levaram à corrupção desenfreada, cobiça sem limite, materialismo alienante, violência desmedida e à crise mundial.

Este não é momento para hesitações e suavidades. É hora de convicção e ousadia. O mundo está perdido e sem rumo e não serão crentes imaturos e titubeantes que o ajudará a conhecer a direção.

Somos seguidores daquele que disse ser "o caminho, a verdade e a vida". Precisamos saber quem somos e declarar a fé com a coragem que caracterizou os profetas como Elias. Diante do domínio público e político de culto a Baal, o homem de Deus ousou se levantar para dizer a verdade. Deus o honrou e até fogo choveu do céu.

Não creio que isso torne a acontecer, mas serão preciso homens e mulheres que possam falar como o profeta:

"Vive o Senhor, na presença de quem eu estou..."

Aqueles que assim viverem irão incomodar, sofrerão intolerância, mas serão os poucos que poderão fazer uma grande diferença.



"POR QUE SERÁ? " Desabafo de um Evangélico Contemporâneo

Dr. Joed Venturini de Souza

Por que será que o homossexual e a lésbica podem defender sua posição publicamente e isso é chamado de ousadia, mas se o cristão fizer o mesmo é chamado de preconceituoso, prepotente e retrógrado? Por que será que os personagens gays nos filmes e novelas são bonitos, elegantes, cultos e tolerantes, mas se o mesmo programa mostrar um evangélico, esse será feio, estúpido e supersticioso?

Por que será que alguém pode falar com convicção de fadas, duendes e vampiros e é admirado por sua versatilidade, mas quando o crente fala de Deus é chamado de ignorante? Por que será que filmes cheios de erros históricos que degradam a verdade conhecida sobre Jesus são sucesso, mas quando se faz um filme que mostra o seu comprovado sofrimento isso é considerado exagero e apelo à violência?

Por que será que aqueles que defendem a dissolução das famílias e fazem apologias do divórcio são vistos como progressistas, mas quando alguém mostra a verdade sobre as famílias destruídas e apela aos valores tradicionais é taxado de atrasado, medieval e saudosista?

Por que será que o evolucionista é tido como cientista e suas afirmações, mesmo quando as mais absurdas, nunca são verificadas até quando suas bases científicas falham, mas o criacionista é ridicularizado mesmo que apresente bons fundamentos na ciência?

Por que será que quando um crime é cometido por um crente logo se acrescenta: "João da Silva, evangélico..." e não se faz o mesmo caso o perpetrante seja católico, espírita ou budista? Por que será que a escola de samba, o baile funk e o terreiro de macumba podem fazer o barulho que quiserem até o sol raiar e isso é chamado de cultura, mas se o culto demorar um pouco mais ou tiver o som mais alto há um processo e o templo corre o risco de fechar?

Por que será que o mundo apela para a tolerância de tudo e de todos, de religiões e costumes os mais diversos, mas quando toca ao Cristianismo se fecha em completa intolerância e preconceito?

Por que será?

Provavelmente é assim porque a tolerância pregada no mundo moderno é na verdade uma indiferença que demonstra falta de princípios, valores e convicções e que quer se isentar de toda responsabilidade. É no fundo uma atitude totalmente negativa de quem não sabe, não quer saber e não se importa minimamente com as consequências. É uma falsa liberdade para cada um se destruir como quiser.

Criou-se o entendimento no mundo pós-moderno que não há verdades absolutas. Que cada um tem a sua verdade e pode viver segundo ela. Nada poderia ser mais falso e prejudicial ao homem. Cada um pode viver a sua verdade, mas não pode forçá-la a ser a verdade. Cada um tem a liberdade para agir como quiser, mas não pode fugir da lei da colheita, que continua inexorável: o que o homem semear, isso é o que vai colher!

O homem é livre para semear milho, mas não pode esperar colher cevada ou feijão. Pode fumar o quanto quiser, mas não pode fugir do risco muito aumentado de ter um câncer. Pode destruir as famílias, mas não pode esperar encontrar crianças mais felizes e jovens mais ajustados. Pode usar as drogas que quiser, mas não é livre para escapar das consequências físicas e mentais das mesmas. Pode ser promíscuo sexualmente, mas não é livre para escapar das DST.

Resumindo: o homem é livre para viver a sua verdade, mas não vai escapar da pura verdade que é verdade quer queiramos ou não e que sempre assim será porque não depende do homem. Logo, em vez de negar a existência da verdade, a atitude mais coerente e inteligente seria procurar conhecer a verdade e experimentar, então, a verdadeira liberdade.

( a seguir: TEMOS QUE REAGIR! )

TEMOS QUE REAGIR!

Diante do discurso hipócrita do mundo, que na prática nos trata com intolerância, não é hora dos cristãos se encolherem e rastejarem para uma trincheira confortável, atrás dos bancos de nossas igrejas. Devemos ter a ousadia de, com educação mas firmeza, declararmos nossas posições, defendermos nossos princípios e anunciarmos a verdade eterna que conhecemos e que faz toda a diferença na realidade humana.

Está na hora de dizermos que Deus é real e ama a todos os homens, mas não aprova tudo que fazemos. Que como cristãos amamos os homossexuais e as lésbicas, mas que eles vivem na contramão da criação, negando o que é natural na experiência humana e que suas "opções" tem consequências graves tanto físicas quanto espirituais. Está na hora de termos a coragem de dizer que a pressão política para adotar o homossexualismo como natural é errada e perniciosa e está ajudando a destruir nossa sociedade, nossa moral e nossas famílias.

Está na hora de afirmar que o casamento é a mais nobre instituição criada por Deus e que a família bem ajustada é a base da sociedade, onde nossas crianças poderão crescer com segurança e nossos jovens encontrarão direção. Está na hora de afirmar que a disciplina parental é urgente, necessária e indispensável. Que as crianças e adolescentes não tem estrutura psicológica e espiritual para mandar em casa e que precisam de pais presentes, amorosos e afirmativos, mas também firmes numa disciplina comedida e numa educação clara. Que nossos jovens precisam de limites para se desenvolver melhor e que aos 18 ou 20 anos os filhos não estão criados ainda e continuam precisando de amor, conselho e orientação.

Está na hora de dizer que toda a pressão do mundo científico em prol da teoria da evolução é baseada em achados duvidosos, muitos deles já desmentidos, e que as afirmações bombásticas com que enchem a mídia é mais golpe de publicidade que verdade científica.
É hora de lembrar que os maiores cientistas da história foram cristãos e que muitos dos mais renomados cientistas da atualidade, nas mais diversas áreas, são criacionistas convictos e que a posição criacionista tem larga base científica e não é o delírio de um bando de religiosos.

Está na hora de dizer que autores sensacionalistas são na verdade apenas aproveitadores que utilizam a figura de Jesus para ganhar dinheiro de forma covarde e mesmo desprezível, inventando estórias e criando falsas teorias quando a verdade histórica de Cristo está muito bem estabelecida. É hora de lembrar que os materiais que temos em mãos sobre a vida de Cristo foram produzidos por testemunhas oculares e que nenhum outro personagem histórico tem tantas provas de sua existência e atuação quanto Jesus de Nazaré.

Está na hora de dizer que o estereotipo de evangélico ignorante e facilmente manipulável e do pastor burlão e sem escrúpulos é isso mesmo, esteriotipos. Que as igrejas evangélicas são abertas e nelas há todo tipo de gente, desde pessoas com ausência de compromisso e total desrespeito aos princípios bíblicos, até crentes verdadeiros e sinceros, que buscam viver como Jesus viveu. É preciso afirmar que nas nossas igrejas há gente simples mas comprometida, bem como toda gama de profissionais como advogados, engenheiros, médicos, professores, mestres universitários e juízes e que a maioria dos nossos pastores são homens sérios que dão a vida pelo bem de seus liderados.

Está na hora de dizer que a Bíblia é a palavra de Deus para o homem. Que para essa fé temos provas práticas e cientificas e que as páginas da escritura tem levado vida a milhões ao longo da história. Está na hora de dizer que os erros de alguns dirigentes da igreja não invalidam seu valor como organização. É preciso lembrar que a igreja que tem servido a humanidade e criado instituições como hospitais, asilos, escolas, universidades, bibliotecas e outros serviços públicos.

Está na hora de dizer que a oração é real e prática, que o Deus verdadeiro ouve e responde as orações e que essa é a experiência vivida por centenas de milhões a cada dia. Está na hora de exigir respeito por nossas convicções e declarar a verdade sobre os sistemas do mundo atual, que só nos levaram à corrupção desenfreada, cobiça sem limite, materialismo alienante, violência desmedida e à crise mundial.

Este não é momento para hesitações e suavidades. É hora de convicção e ousadia. O mundo está perdido e sem rumo e não serão crentes imaturos e titubeantes que o ajudará a conhecer a direção. Somos seguidores daquele que disse ser "o caminho, a verdade e a vida". Precisamos saber quem somos e declarar a fé com a coragem que caracterizou os profetas como Elias. Diante do domínio publico e político de culto a Baal, o homem de Deus ousou se levantar para dizer a verdade. Deus o honrou e até fogo choveu do céu.

Não creio que isso torne a acontecer, mas serão preciso homens e mulheres que possam falar como o profeta:
"Vive o Senhor, na presença de quem eu estou..."
Aqueles que assim viverem irão incomodar, sofrerão intolerância, mas serão os poucos que podem fazer uma grande diferença.
RESPONDA:
NA SUA OPINIÃO, OS EVANGÉLICOS TÊM REALMENTE FEITO DIFERENÇA NA SOCIEDADE? O QUE MAIS PODEMOS FAZER?

COMO VENCER A CRISE? conclusão

2) Autodomínio/ Moderação

A capacidade de controlar os próprios gastos está na raiz da crise mundial. Chegamos no limite do caos, porque a sociedade passou a ser dirigida para o consumo. E por que isto é prejudicial? O consumo aquece a economia, não é? Gera mais empregos? Enfim, quanto mais consumo, mais contribuo para o enriquecimento da sociedade! Mas o consumo descontrolado de milhões gerou o caos!

Nos E.U.A, por exemplo, estima-se que, diariamente, 12 bilhões de anúncios são veiculados. Dentre eles contamos 3 milhões de comerciais por rádio e 200 mil comerciais de TV ("A Igreja emergente", Dan Kimbell, p. 195). Toda esta propaganda é lançada no inconsciente da população, e esta reage com níveis de consumo alarmantes. A cada ano as empresas são obrigadas a apresentarem relatórios de crescimento de vendas, para o qual utilizarão todas as armas de ataque ao consumidor que encontrarem, sem se preocuparem com o limite da sociedade! Conseqüentemente, o crescimento do comércio mundial é estonteante!

No entanto, o Criador nos fez com a capacidade de escolher. O livre arbítrio diz respeito também ao consumo. Antes de comprar deveria ter o poder de raciocinar, controlar as emoções e usar minha vontade para uma decisão correta. Preciso mesmo disto? Tenho condições de comprar neste momento? Posso esperar? Irei realmente utilizar este produto? Pode ser bonito, desejável, interessante, útil e estar num preço incrível, mas isso não significa automaticamente que preciso comprar!

Preocupados com o descontrole orçamental da sociedade, muitos economistas aconselham os consumidores a deixarem de usar os cartões de crédito. Há programas e entrevistas em que especialistas explicam como fazer um orçamento doméstico. Surgem grupos de apoio para consumidores compulsivos e médicos que tratam o problema, pois se tornou uma doença da sociedade atual. Mesmo assim, milhares de pessoas se endividam muito acima da sua capacidade de resposta, por quê? Pela incapacidade de controle, abandono do raciocínio e total falta de moderação.

Algumas medidas práticas para trabalhar o autocontrole e a moderação seriam:. Fazer um orçamento doméstico a sério e permanecer dentro dos seus limites, priorizando os gastos fixos, como aluguel, prestações e contas; e a seguir os essenciais, como alimentação, transporte e educação.
· Avaliar cuidadosamente antes de comprar, fazendo as perguntas básicas, como: _ preciso mesmo disto neste momento? Fazer isto é essencial , principalmente nas compras que envolvem prestações que afetarão o orçamento por muitos meses. Lembre-se: mesmo depois de inutilizado ou colocado de lado, tem o compromisso de pagar as prestações até o fim.
· Lembrar que o supérfluo é isso mesmo, supérfluo, dispensável! Não devemos torná-lo essencial nem prioritário para nossa felicidade!

E é aí que a crise começou a se tornar uma bola de neve, pelo simples fato de desprezarem estas simples regras. Os clientes deixaram de se preocupar com o pagamento das prestações, renegociando dívidas, na esperança de conseguir o perdão através de processos demorados e complicados. Infelizmente, os mais ricos e poderosos deram o exemplo, sempre se julgando no direito de não honrarem seus compromissos. Esse exemplo foi transferido, em escala e exponencialmente para o operário e a vendedora, que na ânsia de aparentarem prosperidade também se acharam no direito de não pagarem suas prestações.

Hoje vivemos as consequências deste descontrole. Somente com uma conscientização e atitudes firmes poderemos recuperar o domínio da situação. Devemos encarar a cobiça como um sentimento a ser vencido e a moderação como uma qualidade a ser desenvolvida. Devemos, a começar em nós, resgatar os valores há muito perdidos como: honestidade, solidariedade, simplicidade e contentamento. Ser, neste sentido, instrumentos de Deus na missão de restaurar o homem à sua dignidade plena. O amor ao próximo é o único caminho para uma humanidade em crise.

Lembre-se : "o sentido da vida não consiste no que fazer dela, mas no que Deus faz com ela". (Ronald Mac Millan)

COMO VENCER A CRISE? PARTE II

Todos os anos a história se repetia. Durante os meses de chuva a aldeia tinha água abundante e os poços estavam cheios. Assim que as chuvas cessavam a situação se complicava. No meio da época seca já não se podia retirar água dos poços, obrigando a população a grandes deslocações para obter o precioso líquido.

Até que um dia surgiu a grande idéia! Construiriam um grande reservatório no meio da aldeia e, na época das chuvas, todos os dias, cada pessoa da aldeia se responsabilizaria por acrescentar um balde d'água ao reservatório. Assim, quando chegasse o tempo seco utilizariam o que tinha sido reservado, facilitando a vida de todos.

Assim foi. O reservatório foi construído e cada um assumiu o compromisso de fazer a sua parte. As chuvas foram abundantes e os poços transbordaram. Mas, como sempre, a seca chegou e o nível de água foi descendo até que a situação ficou crítica. Como planejado, o chefe da aldeia convocou a população para a abertura solene do reservatório. A expectativa era grande! Enfim, a solução que precisavam! Mas, que surpresa!! Quando abriram o reservatório não havia uma gota d'água. O que acontecera? Aos poucos e um pouco envergonhados, os habitantes confessaram sua falha. Cada um esperou que os outros fizessem sua parte e com certeza sua pequena participação não seria necessária, assim poderiam se excusar da responsabilidade, visto que todos iriam contribuir. Mas, como ninguém reservou água, ficaram com sede!

Quando falamos em Crise Econômica Mundial a primeira impressão é que isto pouco tem a ver conosco. Mas, quando percebemos que, afinal, todos somos afetados, chegamos à conclusão que nada podemos fazer para mudar um panorama que é internacional. O que é que "euzinho" pode fazer que faça diferença? Como entendo que meu esforço não é suficiente, deixo de fazer aquilo que poderia. Que sejam os outros que procurem a solução para mudar o rumo das coisas...!

Na verdade, eu sou apenas mais um... Não há muito que possa fazer... Mas, sou 1 ! E posso fazer alguma coisa!! Exatamente pelo fato de ser apenas um e estar limitado no que possa fazer é que preciso pensar bem no que faço. Afinal, é importante, e pode fazer a diferença! Lembremos que todo problema tem uma solução. Toda solução passa por uma ação correspondente. Toda ação tem, obrigatoriamente, uma pessoa por trás dela. E eu mesmo posso ser essa pessoa!!

Diante das grandes histórias de fé, de pessoas que fizeram a diferença, devemos recordar que cada história de fé é única, original. Deus não se repete, ele é tremendamente original! A sarça só ardeu uma vez diante de Moisés e o burro de Balaão não encontrou com quem dialogar no reino animal. Minha história nas mãos de Deus será especial, única e original!

Dito isto, há muito que podemos fazer para reagir à crise que tão de perto nos assusta. Segundo nossa pesquisa, 40% dos blogueiros afirmaram que sentem medo do que possa vir a acontecer no mundo, em suma, sentem medo do futuro! Tendo identificado que a primeira razão da crise está no coração do homem, a solução também terá que sair do coração. A crise se originou na cobiça que hoje domina a mente humana. A solução terá que trabalhar esta questão. Até um autor secular como o espanhol Leopoldo Abadia, em seu best seller "A Crise Ninja", reconhece que " o menos importante nesta crise é a parte econômica. Esta é uma crise de decência. É preciso recuperar os valores que as pessoas esqueceram"( pág. 32 ,revista Focus/pt, edição 512 de 05/08/09 )
Propomos dois princípios bem práticos para combater a crise no âmbito pessoal e familiar que podem ter grande efeito a nível global:

PRINCÍPIO I - GRATIDÃO / SATISFAÇÃO

Na experiência humana, de modo geral, parece que não há nada mais difícil de se aceitar do que a própria vida. Vivemos num estado de inquietação que demonstra uma forte insatisfação com nosso viver. Gastamos muito tempo na vã percepção que a vida dos outros é melhor que a nossa e passamos o tempo a tentar vivê-la, apenas para descobrir , afinal, que não traz satisfação.

Por outro lado, pesquisas médicas chegaram à conclusão que a gratidão é o traço emocional com maior probabilidade de favorecer a saúde e a recuperação de um paciente. O Senhor, nosso criador, já sabia disto e é talvez por isso que deu ao povo de Israel tantas festas comemorativas. Cada festa servia para recordar um evento salvífico de Deus, visando desenvolver a gratidão no coração dos israelitas. A cada festa o povo lembrava que Deus havia providenciado o salvamento e os livrara do mal. A cada comemoração exerciam a gratidão que os levava ao contentamento e ao louvor. Essas ocasiões eram propícias para entenderem que o Senhor nem sempre nos dá o que queremos, mas sempre nos supre com o que precisamos.

Jesus deixou à Igreja o mesmo princípio. Na celebração da Ceia lembramos a maior de todas as dádivas, a Salvação, que nos traz vida eterna. Esta celebração deveria ser um momento pleno gratidão que deveria fluir para toda a vida!

O contrário da cobiça é a satisfação que provém de um coração grato. Não se trata de falta de ambição ou conformismo, nem de simples passividade, mas da capacidade de aproveitar bem o que temos e de sermos felizes com o que nos toca. Pensemos em formas práticas de desenvolver essa satisfação:

A) Criar ocasiões freqüentes para recordar as bênçãos e agradecer. Pode ser durante os cultos domésticos, nas refeições dos domingos ou mesmo registrar em diários pessoais. Seja como for, o objetivo é trazer à luz os motivos de gratidão e se alegrarem com eles.

B) Aproveitar ao máximo os recursos que temos. Quantas vezes trocamos de aparelho de som, computador, celular ou outro utensílio só porque surgiu um modelo mais recente no mercado, quando na verdade, nem sequer aprendemos a utilizar em pleno o modelo que dispensamos. Devemos ser práticos, não nos deixando influenciar pela mídia nem por amigos. Sejamos prudentes!

CONTINUA NA PRÓXIMA QUARTA...

CRISE DURADOURA !

COMO ESCAPAR DA CRISE FINANCEIRA?

Meu melhor amigo perdeu o emprego. Depois de 32 anos de serviço à mesma empresa, viu seu ganha pão desaparecer. Ele e mais 120 colegas estão agora dependentes de fundos do governo para os desempregados. Esta é a situação em Portugal, na maior parte da Europa e Estados Unidos da América. 

A crise não é ilusória.  Ela está aí e veio para durar, independente do que dizem os especialistas em economia.   A palavra crise vai mesmo perdendo sua força e outras mais dramáticas vão sendo usadas para provocar no expectador uma reação mais viva.  Mas o que vem na mente do trabalhador, do pai de família é a pergunta:

Como aconteceu esta crise?
Que acontecimentos precipitaram estes eventos?

Analisando a história do século XX não deveríamos nos surpreender com esta crise. Afinal, nos últimos 100 anos foram várias as situações em que o mundo financeiro tremeu e ameaçou mesmo ruir. Poucos se lembrarão da crise mundial de 1921 ou do crash da bolsa de Nova York em 29 de Outubro de 1929 ou mesmo dacrise pós segunda grande guerra , mas muitos se recordam da crise dos anos 60, relacionada com o petróleo, da crise inflacionária da década de 70 ou da crise asiática, na década de 90 bem como da paranóia do bug do milênio.

Respostas nas áreas econômica e administrativa já foram dadas.  A crise foi devidamente prevista e anunciada.  Não foi surpresa. Era apenas uma questão de tempo para que acontecesse.  Mas, o que esteve por trás do encadeamento dos eventos propriamente ditos? Proponho 3 razões principais:

1) A desobediência da lei de Deus que diz "Não cobiçarás".

O mundo moderno vive de aparências e de consumo.  Não é só ter casa, é tê-la no bairro e no condomínio de luxo.  Não é só ter carro, é ter carro de marca famosa e o mais recente possível, cheio de acessórios que na verdade nem sabemos usar.  Não é só ter roupa, mas ter a marca certa, a cor da moda, o estilista do momento.  O homem moderno cobiça tudo.
Cobiça a casa, o carro, a roupa, a mulher, as férias, os brinquedos do seu vizinho e na sua ganância por viver a vida de outros ele gasta.  Gasta mais do que pode.
Endivida-se para gastar.  Compromete-se com cartões de crédito, iludido com condições de pagamento especiais.  Vive muito acima do que poderia pagar com seu salário.

A quebra desse sistema é inevitável.
A cobiça é o oposto da gratidão
e da satisfação.

O homem vive insatisfeito e em estado de permanente ingratidão. Ele inveja, anseia mais e se enforca conscientemente, sabendo que o fim virá, até mais cedo que seria de supor.   Esta cobiça não é apanágio dos ricos, como alguns gostam de dizer, atinge todas as classes sociais, todas as raças e etnias, todos os países.    Em alguns, talvez , seja mais evidente, porque há mais recursos e os sinais de riqueza são mais notórios, mas é um problema do coração humano e é geral.  Foi a cobiça desenfreada de milhões, alimentada também pela cobiça de uns poucos que controlavam os meios financeiros, que levou a esta crise. O mal está no coração e não serão planos financeiros emergenciais que modificarão o panorama. Os planos virão, mas a cobiça continuará preparando o terreno para novas crises.

2) O total esquecimento da regra áurea que diz que devemos amar o próximo e fazer a ele o que queremos que seja feito a nós.

Isso se manifesta por um lado, pelo modo egoísta e egocêntrico pelo qual vivemos e por outro lado, pelo desperdício trágico que é protagonizado por boa parte da população.
Quando desperdiçamos, esquecemos que há outros que nada têem e que nosso desperdício pode significar a ruptura do sistema que mais cedo ou mais tarde afetará a nós também.
Consumimos sem qualquer preocupação com as gerações futuras ou mesmo com as atuais que são menos privilegiadas. Gastamos apenas conosco, sem olhar ao redor e sem distribuir um pouco do que nos sobra.

Há comida no mundo suficiente para alimentar toda a população, no entanto, milhões passam fome nas mesmas cidades em que as lixeiras já não comportam mais os excedentes dos mais ricos. Há roupa no mundo para cobrir decentemente cada habitante do planeta, no entanto, milhões se vestem com trapos, enquanto muitos lutam com falta de lugar para guardar mais uma roupa comprada que talvez nem venham a usar.

Se o homem olhasse um pouco mais para o próximo, não teria levado o sistema à falência,
porque reduziria gastos, compartilharia mais recursos, reutilizaria muito do que joga fora e o mundo seria um lugar melhor para viver.

3) A crescente onda de ateísmo e materialismo no mundo ocidental.

A principal lei da vida humana é amar a Deus acima de tudo. Fomos criados para a Glória de Deus e devemos viver para Ele. O homem ocidental porém, cresceu com a teoria da evolução  e os filósofos ateístas ditando as regras.
Pode até ser que a maioria diga crer na existência
de um ser supremo, mas na prática vive como se não houvesse Deus.


À falta do Criador o homem coloca-se a si mesmo no pedestal como figura máxima do universo, digno de louvor por sua suposta evolução e senhor absoluto dos recursos que estão à disposição no planeta. Essa cosmovisão dá abertura e justifica a cobiça , que já citamos e à luta pelos bens materiais como alvo da vida terrena. A insatisfação que se segue é anestesiada com diversão, entretenimento e químicos.

O homem sem rumo e sem propósito nào tem como evitar andar de crise em crise, porque desconhece a razão da vida e nào consegue encontrar satisfação.
Um dos pontos que sobressai na negação de Deus e que liga o ateísmo à crise é a visão moderna do trabalho.  O homem atual quer ganhar sem trabalhar. Admira e idealiza os ricos e poderosos que tem tudo sem precisarem se esforçar.   Hollywood imortaliza em filmes os ladrões profissionais, que vivem no luxo à custa do furto dos bens de outros. Isso estimula desde os mais variados tipos de jogos e loterias até o mais sofisticado mercado de valores.  O princípio é o mesmo: ganhar muito de modo fácil! Isto é negação de Deus e do fato de que o homem foi criado para algum tipo de ocupação.   O criador o fez com o propósito de trabalhar e se realizar neste trabalho.  A negação disso é parte da raiz da crise atual como o foi das anteriores.

Planos surgirão para equilibrar as contas mundiais. Alguns países se recuperarão melhor e mais depressa que outros. A economia se restabelecerá e voltará a crescer e o otimismo das bolsas regressará.  Mas a crise vai continuar subjacente.  Ela vai permanecer na sombra do sistema por mais uns anos até ressurgir mais forte.  A solução não está na matemática ou na administração, mas na mudança do coração do homem.
Essa mudança exige reconhecimento do erro, arrependimento e alteração do coração em relação a Deus, através da fé em Jesus.   Isso o homem moderno não quer fazer!

HÁ SOLUÇÃO PARA VENCER A CRISE?


Todos os anos a história se repetia. Durante os meses de chuva a aldeia tinha água abundante e os poços estavam cheios. Assim que as chuvas cessavam a situação se complicava. No meio da época seca já não se podia retirar água dos poços, obrigando a população a grandes deslocações para obter o precioso líquido.
Até que um dia surgiu a grande idéia! Construiriam um grande reservatório no meio da aldeia e, na época das chuvas, todos os dias, cada pessoa da aldeia se responsabilizaria por acrescentar um balde d'água ao reservatório. Assim, quando chegasse o tempo seco utilizariam o que tinha sido reservado, facilitando a vida de todos. 

Então o reservatório foi construído e cada um assumiu o compromisso de fazer a sua parte. As chuvas foram abundantes e os poços transbordaram.  Mas, como sempre, a seca chegou e o nível de água foi descendo até que a situação ficou crítica. Como planejado, o chefe da aldeia convocou a população para a abertura solene do reservatório. A expectativa era grande!  Enfim, a solução que precisavam! 

Mas, que surpresa!! Quando abriram o reservatório não havia uma gota d'água. O que acontecera? Aos poucos e um pouco envergonhados, os habitantes confessaram sua falha. Cada um esperou que os outros fizessem sua parte e com certeza sua pequena participação não seria necessária, assim poderiam se excusar da responsabilidade, visto que todos iriam contribuir.   Mas, como ninguém reservou água, ficaram com sede!

Quando falamos em Crise Econômica Mundial a primeira impressão é que isto pouco tem a ver conosco.  Mas, quando percebemos que, afinal, todos somos afetados, chegamos à conclusão que nada podemos fazer para mudar um panorama que é internacional. O que é que "euzinho" pode fazer que faça diferença? Como entendo que meu esforço não é suficiente, deixo de fazer aquilo que poderia. Que sejam os outros que procurem a solução para mudar o rumo das coisas...!

       Na verdade, eu sou apenas mais um...
    Não há muito que possa fazer...
    Mas, sou 1 !
    E posso fazer alguma coisa!!


Exatamente pelo fato de ser apenas um e estar limitado no que possa fazer é que preciso pensar bem no que faço. Afinal, é importante, e pode fazer a diferença! Lembremos que todo problema tem uma solução. Toda solução passa por uma ação correspondente. Toda ação tem, obrigatoriamente, uma pessoa por trás dela. E eu mesmo posso ser essa pessoa!!

Diante das grandes histórias de fé, de pessoas que fizeram a diferença, devemos recordar que cada história de fé é única, original. Deus não se repete, ele é tremendamente original! A sarça só ardeu uma vez diante de Moisés e o burro de Balaão não encontrou com quem dialogar no reino animal. Minha história nas mãos de Deus será especial, única e original!

Dito isto, há muito que podemos fazer para reagir à crise que tão de perto nos assusta. Segundo nossa pesquisa 70% afirmaram que sentem medo do que possa vir a acontecer no mundo, em suma, sentem medo do futuro! Tendo identificado que a primeira razão da crise está no coração do homem, a solução também terá que sair do coração. A crise se originou na cobiça que hoje domina a mente humana. A solução terá que trabalhar esta questão.

Propomos dois princípios bem práticos para combater a crise no âmbito pessoal e familiar que podem ter grande efeito a nível global:

PRINCÍPIO I - GRATIDÃO / SATISFAÇÃO

Na experiência humana, de modo geral, parece que não há nada mais difícil de se aceitar do que a própria vida. Vivemos num estado de inquietação que demonstra uma forte insatisfação com nosso viver. Gastamos muito tempo na vã percepção que a vida dos outros é melhor que a nossa e passamos o tempo a tentar vivê-la, apenas para descobrir , afinal, que não traz satisfação.

Por outro lado, pesquisas médicas chegaram à conclusão que a gratidão é o traço emocional com maior probabilidade de favorecer a saúde e a recuperação de um paciente. O Senhor, nosso criador, já sabia disto e é talvez por isso que deu ao povo de Israel tantas festas comemorativas. Cada festa servia para recordar um evento salvífico de Deus, visando desenvolver a gratidão no coração dos israelitas. A cada festa o povo lembrava que Deus havia providenciado o salvamento e os livrara do mal. A cada comemoração exerciam a gratidão que os levava ao contentamento e ao louvor. Essas ocasiões eram propícias para entenderem que o Senhor nem sempre nos dá o que queremos, mas sempre nos supre com o que precisamos.

Jesus deixou à Igreja o mesmo princípio. Na celebração da Ceia lembramos a maior de todas as dádivas, a Salvação, que nos traz vida eterna. Esta celebração deveria ser um momento pleno gratidão que deveria fluir para toda a vida!

O contrário da cobiça é a satisfação que provém de um coração grato. Não se trata de falta de ambição ou conformismo, nem de simples passividade, mas da capacidade de aproveitar bem o que temos e de sermos felizes com o que nos toca. Pensemos em formas práticas de desenvolver essa satisfação:


  •  Criar ocasiões freqüentes para recordar as bênçãos e agradecer. Pode ser durante os cultos domésticos, nas refeições dos domingos ou mesmo registrar em diários pessoais. Seja como for, o objetivo é trazer à luz os motivos de gratidão e se alegrarem com eles.


  • Aproveitar ao máximo os recursos que temos. Quantas vezes trocamos de aparelho de som, computador, celular ou outro utensílio só porque surgiu um modelo mais recente no mercado, quando na verdade, nem sequer aprendemos a utilizar em pleno o modelo que dispensamos. Devemos ser práticos, não nos deixando influenciar pela mídia nem por amigos. Sejamos prudentes!

2) PRINCÍPIO II - AUTODOMÍNIO / MODERAÇÃO

A capacidade de controlar os próprios gastos está na raiz da crise mundial. Chegamos no limite do caos, porque a sociedade passou a ser dirigida para o consumo. E por que isto é prejudicial? O consumo aquece a economia, não é? Gera mais empregos? Enfim, quanto mais consumo, mais contribuo para o enriquecimento da sociedade! Mas o consumo descontrolado de milhões gerou o caos!

Nos E.U.A, por exemplo, estima-se que, diariamente, 12 bilhões de anúncios são veiculados. Dentre eles contamos 3 milhões de comerciais por rádio e 200 mil comerciais de TV ("A Igreja emergente", Dan Kimbell, p. 195). Toda esta propaganda é lançada no inconsciente da população, e esta reage com níveis de consumo alarmantes. A cada ano as empresas são obrigadas a apresentarem relatórios de crescimento de vendas, para o qual utilizarão todas as armas de ataque ao consumidor que encontrarem, sem se preocuparem com o limite da sociedade! Conseqüentemente, o crescimento do comércio mundial é estonteante!

No entanto, o Criador nos fez com a capacidade de escolher. O livre arbítrio diz respeito também ao consumo. Antes de comprar deveria ter o poder de raciocinar, controlar as emoções e usar minha vontade para uma decisão correta. Preciso mesmo disto? Tenho condições de comprar neste momento? Posso esperar? Irei realmente utilizar este produto? Pode ser bonito, desejável, interessante, útil e estar num preço incrível, mas isso não significa automaticamente que preciso comprar!

Preocupados com o descontrole orçamental da sociedade, muitos economistas aconselham os consumidores a deixarem de usar os cartões de crédito. Há programas e entrevistas em que especialistas explicam como fazer um orçamento doméstico. Surgem grupos de apoio para consumidores compulsivos e médicos que tratam o problema, pois se tornou uma doença da sociedade atual. Mesmo assim, milhares de pessoas se endividam muito acima da sua capacidade de resposta, por quê? Pela incapacidade de controle, abandono do raciocínio e total falta de moderação.

Algumas medidas práticas para trabalhar o autocontrole e a moderação seriam:

  • Fazer um orçamento doméstico a sério e permanecer dentro dos seus limites, priorizando os gastos fixos, como aluguel, prestações e contas; e a seguir os essenciais, como alimentação, transporte e educação. 
  • Avaliar cuidadosamente antes de comprar, fazendo as perguntas básicas, como: _ preciso mesmo disto neste momento? Fazer isto é essencial , principalmente nas compras que envolvem prestações que afetarão o orçamento por muitos meses. Lembre-se: mesmo depois de inutilizado ou colocado de lado, tem o compromisso de pagar as prestações até o fim.
  • Lembrar que o supérfluo é isso mesmo, supérfluo, dispensável! Não devemos torná-lo essencial nem prioritário para nossa felicidade!
E é aí que a crise começou a se tornar uma bola de neve, pelo simples fato de desprezarem estas simples regras. Os clientes deixaram de se preocupar com o pagamento das prestações, renegociando dívidas, na esperança de conseguir o perdão através de processos demorados e complicados. Infelizmente, os mais ricos e poderosos deram o exemplo, sempre se julgando no direito de não honrarem seus compromissos. Esse exemplo foi transferido, em escala e exponencialmente para o operário e a vendedora, que na ânsia de aparentarem prosperidade também se acharam no direito de não pagarem suas prestações.


Hoje vivemos as consequências deste descontrole. Somente com uma conscientização e atitudes firmes poderemos recuperar o domínio da situação. Devemos encarar a cobiça como um sentimento a ser vencido e a moderação como uma qualidade a ser desenvolvida. Devemos, a começar em nós, resgatar os valores há muito perdidos como: honestidade, solidariedade, simplicidade e contentamento. Ser, neste sentido, instrumentos de Deus na missão de restaurar o homem à sua dignidade plena. O amor ao próximo é o único caminho para uma humanidade em crise.


Lembre-se : "o sentido da vida não consiste no que fazer dela, mas no que Deus faz com ela"


      (Ronald Mac Millan)

Lá , Saudades do céu

                                                                        
 
Onde estou hoje, já estiveste um dia
Onde estás agora, um dia também estarei
Essa esperança me consola e me guia
A idéia de que contigo sempre ficarei

Lá encontrarei o melhor de cada estação
O aconchego do inverno, a alegria do verão
A nostalgia do outono, o romantismo da primavera
Tudo muito além da imaginação ou da quimera

Lá o horizonte será um constante amanhecer
Pois a luz de ti virá em beleza radiante
E Tu serás a fonte de onde vou beber
O alimento será doce, forte, confortante

Lá, saberei razões que nunca conheci
Para onde foi todo o tempo que perdi
O que estava nas montanhas que não escalei
O que ficou atrás das pedras que nunca virei

Lá, o tempo já não fará sentido
Desvendada para mim será toda a verdade
Recordarei o bem há muito esquecido
Em teus olhos verei a eternidade

Lá serei cercado de mensageiros sem idade
Respirarei a paz da tua santidade
De justiça já não terei mais fome
Verei o Rei que sabe o meu nome

E se comparo com este mundo a tua morada
Perdoa, Senhor, a minha mente limitada
É que só conheço aqui esta tua criação
Aceita Pai, te peço, minha humilde adoração

Bafatá, 11/06/2001


Leia Mais Poemas


Related Posts with Thumbnails

Manual do Corão - Como se formou a Religião Islâmica

Como entender o livro sagrado do Islão?  Origem dos costumes e tradições islâmicas. O que o Corão fala sobre os Cristãos?  Quais são os nomes de Deus? Estudo comparativo entre textos da bíblia e do Corão.  Este manual tem servido de apoio e inspiração para muitos que desejam compreender melhor o Islão e entender a cosmovisão muçulmana. LER MAIS

SONHO DE DEMBA (VERSÃO REVISADA)

Agora podes fazer o download do Conto Africano, com versão revisada pelo autor.
Edição com Letra Gigante para facilitar a leitura do E-Book. http://www.scribd.com/joed_venturini