CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO

Há já algum tempo o compositor evangélico João Alexandre lançou uma música que fez furor intitulada "É Proibido pensar". João Alexandre é um daqueles músicos que fazem sempre falta em nosso meio. Suas melodias são ricas e variadas usando múltiplos ritmos e sabores e as letras poéticas, inspiradas e muitas vezes doutrinárias. Na música "É Proibido pensar", João Alexandre se insurge contra um evangelicalismo moderno, onde as ações são artificiais e os crentes são convidados a aceitar sem questionar. Na verdade, há muitos meios onde, realmente, é proibido pensar!

O escritor Clyde Reid verificou o mesmo fenómeno nos Estados Unidos e chamou-o de "Conspiração do Silêncio" a essa atitude de passividade da esmagadora maioria dos crentes quanto a questões fundamentais da fé. Parece que os crentes não querem pensar e não ousam perguntar. O mundo tem, via de regra, uma visão bastante negativa sobre o nível intelectual dos crentes. Em muitos meios, crente é sinónimo de simplório, de ignorante. Uma cultura inibida numa conspiração de silêncio onde é proibido pensar só vai agravar esse quadro. Mas afinal, por que é que não pensamos? Por que é que não perguntamos?

Muitos não levantam questões e não indagam porque temem que os outros os julguem e não os considerem espirituais. Afinal, no coração de multidões, perguntar e crer parecem coisas que se excluem. Se pergunto é porque não tenho fé. Logo, é melhor ficar calado e mesmo que as dúvidas me assaltem ficarei silencioso para não passar por incrédulo.

Muitos não perguntam por medo de que não haja respostas ou de que as existentes os levem a perder a fé. Nesses casos até há vontade de perguntar, de reflectir, mas há também o medo: e se não houver resposta? E se a resposta ainda me deixar pior do que estava antes de perguntar? Prefiro ficar sem questionar a colocar minhas dúvidas e ver minha fé ruir como castelo de cartas.

Muitos não questionam porque não desejam embaraçar lideres que amam, mas que provavelmente não saberiam responder a suas indagações. Vivem duas realidades diferentes, a do mundo cheio de especialistas e mestres em várias áreas e a da igreja com um líder amado e respeitado, mas que na verdade não domina as questões mais recentes. Questionar esse líder, procurar respostas aos dilemas modernos parece impossível. Só traria embaraço e dor. Então é melhor calar e viver com as respostas do mundo.

Muitos não questionam simplesmente porque não gostam de reflectir, não gostam de gastar tempo pensando. Como o povo de Israel lá no deserto, preferem que outro pague o preço de subir o monte e trazer a lei porque isso de meditar, reflectir, pensar, gasta muito tempo e dá muito trabalho. Querem a comidinha feita e servida e se contentam com o que conseguirem.

A questão principal diante disso deve ser: O que o Senhor pensa disso? Será que nosso Deus tem medo de nossas perguntas? Será que ELE se satisfaz com uma prática desprovida de entendimento? Será que ELE se contenta com seguidores limitados numa conspiração de silêncio, temendo as questões e as respostas? Creio que, biblicamente, a resposta clara é NÃO!

De Génesis a Apocalipse o Senhor respeitou e valorizou a reflexão e o debate. Nunca vemos o Senhor repreendendo o homem por perguntar. Nem sempre ELE respondeu, até porque, muitas vezes, o homem não entenderia as respostas. O próprio Jesus reconheceu, em certa ocasião, que seus discípulos não estavam capacitados para suportar as respostas (João 16:12). Por vezes se dá o mesmo conosco. No caso de Jó, por exemplo, o Senhor colocou a ele a situação nesses termos. Jó não podia entender o que se passava na esfera espiritual sendo limitado até na terrena. Mas o Senhor veio a ele, lidou com suas questões, deu-lhe uma satisfação, e o deixou elucidado. O facto de não podermos entender tudo não pode nos fazer desistir de entender o máximo que pudermos.

Paulo elogiou os moradores de Bereia exatamente porque não se deixavam levar por oratória, mesmo a mais inspirada, como no caso do Apóstolo. Os de Bereia questionavam, procuravam, debatiam, reflectiam e conferiam antes de aceitar (Atos 17:11). Isso não foi visto como falta de fé, desconfiança ou incapacidade, mas como algo valoroso e a ser imitado.

Escrevendo aos Coríntios Paulo incita os crentes a fazerem exame de si mesmos, a se questionarem: "Examine-se o homem a si mesmo..." I Cor. 11:28; "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos." II Cor. 13:5. Não fomos chamados a uma fé cega, a uma prática sem raciocínio, a uma vida cristã sem reflexão. Somos convidados a pensar, a questionar, a crescer na graça mas também no conhecimento (II Pedro 3:18) porque o Senhor deseja que todos os homens "cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (I Timóteo 2:4).

Na Igreja de Cristo não pode ser proibido pensar, não pode haver conspiração de silêncio. Precisamos crescer em maturidade, aprendendo a fazer as questões pertinentes, a reflectir em conjunto, a buscar na Palavra as respostas para a Vida. Não tenhamos medo de usar o raciocínio que Deus nos deu. ELE nos dotou dessa capacidade como parte de sua imagem e semelhança. Deseja filhos amados, devotos mas conscientes, dedicados mas inteligentes, espirituais, mas também sábios. Louvemos a esse DEUS maravilhoso e ao nosso fantástico Salvador, o homem mais inteligente que já viveu na terra e sejamos seus seguidores nisso também.

TODOS OS DIAS

TODOS OS DIAS - sexta-feira
Todos os dias quando saio do comboio, na minha estação passo por pessoas que terão rotina certa e que vão pegar o transporte sempre àquela hora. Algumas pessoas acabam por se tornar familiares. A maioria não chama a atenção ou nem as percebemos. Algumas vão se tornando referência por qualquer motivo. Todos os dias vejo certa senhora, sempre bem vestida, com ar de executiva, mas o que me chamou a atenção nela é que sempre, todos os dias quando cruzo com ela pela manhã, está fumando.
LER MAIS

TODOS OS DIAS - segunda-feira
Todos os dias faço o que milhões de pessoas fazem no mundo todo. Levanto-me cedo, tomo meu café e saio para o trabalho. Pego um transporte público, no caso o comboio/trem e vou trabalhar. Costumo pegar sempre o mesmo trem, à mesma hora. Comecei a reparar em coisas que via todos os dias e que tinham algo a me ensinar. Todos os dias há um senhor que pega o mesmo trem que eu. Muitos outros o fazem, mas o que este senhor tem de diferente é que traz sempre o jornal esportivo do dia. Pega sempre o mesmo comboio, senta sempre no mesmo lugar e lê sempre o mesmo jornal.
LER MAIS

TODOS OS DIAS - terça- feira
Todos os dias quando saio da estação do comboio perto do meu trabalho quase sempre na mesma hora, cruzo por várias pessoas cujas faces começam a ser costumeiras. Há um homem porém que me chamou a atenção. Todos os dias o vejo na rua onde passo. Ele teve um acidente vascular cerebral grave e ficou com grandes limitações nos movimentos. Diariamente o vejo se esforçando com as suas muletas, fazendo um sacrifício visível na busca da recuperação. Faça chuva ou sol, frio ou calor, lá está ele se arrastando pela rua. É visível a dor em seu rosto, mas não falha. Sabe que precisa disso para poder melhorar e persevera na sua prática.
LER MAIS


TODOS OS DIAS - quarta-feira
Todos os dias quando chego perto do trabalho passo numa esquina onde fica um vendedor de loteria. Conheço essa senhor há mais de 20 anos. Lembro-me dele de meus tempos de estudante universitário, já na mesma esquina, já no mesmo trabalho. Numa toada de voz típica de vendedor de loteria, usa uma espécie de cantochão em que anuncia:" Ainda hoje há roda, olha a sorte grande, são os últimos números da loteria..." E ouçam ou deixem de ouvir ele continua ali todos os dias com seu anúncio da "sorte grande".   Um desses dias a frase daquele vendedor ficou martelando na minha cabeça. "Sorte Grande!"


TODOS OS DIAS -  quinta feira

Todos os dias quando vou para o trabalho, e por regra quando volto também, passo na frente de um prédio onde algo me chama a atenção. O prédio é comum e nele não há nada de atrativo. Mas, no rés-do-chão (térreo) há uma janela onde colocaram uma almofada macia, de cor bege. Nessa almofada vejo sistematicamente um grande gato preto deitado. Ele tem o ar mais bonachão do mundo. Raramente abre os olhos e se o faz é para olhar de lado com total desprezo pelo que se passa. A vida para ele é uma boa almofada no cantinho de uma janela ao sol.
LER MAIS

TODOS OS DIAS - 1

Todos os dias faço o que milhões de pessoas fazem no mundo todo. Levanto-me cedo, tomo meu café e saio para o trabalho. Pego um transporte público, no caso o comboio/trem e vou trabalhar. Costumo pegar sempre o mesmo trem, à mesma hora. Comecei a reparar em coisas que via todos os dias e que tinham algo a me ensinar. Todos os dias há um senhor que pega o mesmo trem que eu. Muitos outros o fazem, mas o que este senhor tem de diferente é que traz sempre o jornal esportivo do dia. Pega sempre o mesmo comboio, senta sempre no mesmo lugar e lê sempre o mesmo jornal.
LER MAIS

PERGUNTAS DECISIVAS

Dizem que perguntar não ofende, mas todos sabemos que isso é bem relativo.
Há perguntas inocentes e outras que nem sabemos responder. Há perguntas pertinentes e há aquelas que nos deixam embaraçados. E há perguntas que são decisivas.

Essas são aquelas cujas respostas definem quem somos e para onde estamos indo. Pensar nelas é bíblico e cristão já que Paulo instou a que o homem fizesse uma auto análise constante (I Coríntios 11: 28).

Vejamos algumas dessas perguntas e as possíveis respostas cristãs:


1) Que Pessoa ou Produto Você anunciaria com Convicção?


2) Se Todos Vivessem como você o mundo seria melhor?

3) O Caminho de vida que escolhi, onde me tem levado?

4) Por quem você morreria?


Perguntas... talvez um pouco incómodas... mas necessárias, incisivas, decisivas. Pare um pouco o ritmo diário e medite. Responder a estar perguntas fará TODA a diferença.

CONTINUAR A LEITURA

PERGUNTAS DECISIVAS


1) Que Pessoa ou Produto Você
anunciaria com Convicção?

Vivemos numa era de informação e marketing. O sucesso de uma campanha está muitas vezes nas pessoas que a fazem, em quem anuncia. Por isso vemos artistas e jogadores anunciando desde sabonete a macarrão. Na verdade, muitas vezes sabemos que o anunciante provavelmente nem sequer experimentou o produto, serviço ou pessoa que anuncia. Isso parece não ser importante desde que dê seu nome á campanha. Mas e nós? A quem anunciaríamos com convicção?

Vejo cristãos fazendo propaganda de políticos, jogadores e equipes de futebol, produtos para emagrecer, aparelhos de ginástica e medicamentos. Nas igrejas, escolas e trabalhos os crentes são capazes de fazer propaganda de quase tudo. Alguns defendem seus anunciados com fervor falando com desenvoltura e vigor. O que você anunciaria? Seu time de futebol? Seu ator preferido? Sua marca de sabão em pó?

Jesus disse que quem o anunciasse diante dos homens teria seu nome anunciado na presença do Pai (Mateus 10:32). Consegue imaginar a cena? A Glória celestial, os seres maravilhosos e anjos na presença do Senhor em adoração. Você se sentindo substrato de pó de nada e então o Senhor dos Senhores, o Rei dos Reis, aquele que morreu por nossos pecados anuncia seu nome diante de todas as potestades como sendo um redimido, um filho e servo fiel.... Pode haver algo maior ou mais feliz? Creio que está na hora de pensarmos sobre quem anunciamos e porque. Nosso Mestre é o único merecedor de verdade de nossa propaganda.

2) Se Todos Vivessem como você
o mundo seria melhor?

Se todos reagissem como você no trânsito; se todos tratassem seus vizinhos, colegas de trabalho e escola como você; se todos usassem seu dinheiro como você usa; se todos cuidassem da natureza, cuidassem da família e amigos como você; se todos falassem como você, ouvissem como você; se todos fossem como você é, que tipo de mundo teríamos?

Temos a tendência de desvalorizar cada vez mais gestos simples individuais. Somos massacrados pela mensagem mundana que na verdade "não faz diferença". Nossa sociedade é a sociedade do "não estou nem aí". Nossa cultura se tornou individualista, egoísta e voltada para um principio único: a felicidade pessoal. Tudo vale, tudo é aceitável, desde que me seja agradável e me traga prazer.
Nesse mundo a maioria das pessoas vive sem pensar nos outros. Se todos passarmos a viver assim, nem vamos precisar de inferno, pois o sofrimento começará a ser insuportável aqui mesmo e para lá caminhamos. Mas o cristão é chamado a algo diferente. Jesus expressou claramente que deveríamos viver fazendo aos outros aquilo que queremos que nos façam a nós (Mateus 7:12). Imagine só um mundo assim.
Seria agradável porque quero que o sejam comigo, sorriria mais, elogiaria mais, incentivaria mais, seria mais delicado e educado, daria o lugar, cederia a vez, daria presentes, cuidaria da natureza, seria melhor marido, melhor pai, melhor amigo e colega de trabalho... Que mundo hein? Que tal fazermos a nossa parte?

3) O Caminho de vida que escolhi, onde me tem levado?
Se estou onde estou é porque fiz certas escolhas. A vida é pródiga em nos oferecer encruzilhadas e nelas somos chamados a optar, a escolher. Há caminhos óbvios, outros mais difíceis. Há escolhas fáceis, outras bastante complicadas. No fim o conjunto de escolhas que fazemos nos trouxe onde estamos. Temos escolhido bem? O caminho foi o melhor? Deveríamos continuar nessa via?

Muitas vezes na vida fazemos escolhas erradas. Somos pressionados pelo tempo, pela cultura, pelos amigos, pela família. A pressão de grupo é tremenda. Escolher bem não é fácil e ficar firme no meio das críticas também não. Há porém um caminho traçado que é melhor e seu fim é mais que garantido. É porém estreito e apertado. Jesus disse que esse caminho era o ideal (Mateus 7:13).

A colocação do Mestre implicava claramente a opção pela minoria. O caminho estreito não é o mais escolhido, não é o mais popular, não vem sugerindo nas revistas de moda ou de fofoca. É um caminho apertado, estreito, por vezes incomodo, solitário e dado a obstáculos. Mas é um caminho que leva a Deus, ao céu e que nos faz viver a vida da maneira certa. Atenção, amigo! Escolher o caminho é opção nossa. Mas uma vez escolhido não há como escolher o destino. Escolhamos bem.

4) Por quem você morreria?
Há muita gente disposta a morrer neste mundo. Fundamentalistas morrem pela religião, activistas morrem pela liberdade política, aventureiros morrem para vencer barreiras nunca antes ultrapassadas. Vemos gente morrendo todos os dias por coisas em que acreditam. E você? Pelo que morreria? Por quem daria sua vida?
A resposta mais comum é a família. Morreria por minha esposa, por meus filhos. Outra resposta mais comum seria meus amigos chegados. Maximilian Kolbe foi um frade franciscano polonês que esteve preso em Auchwitz. Quando um guarda apareceu morto o comandante resolveu condenar a morrer de fome 10 presos. Kolbe se ofereceu para ir no lugar de Franciszek Gapowniczek porque este tinha família e ele era solteiro. Foi o último do grupo a falecer depois de ter consolado os companheiros continuamente com orações e palavras de ânimo. Foi canonizado pela igreja católica. E você? Por quem morreria?
Paulo deixou claro que para o cristão genuíno a vida e a morte pertencem a Jesus. Se vivemos é para Ele, se morremos é para Ele (Romanos 14: 8). Morrer por Jesus tem sido o desafio de milhares em países fechados ao evangelho ainda em nossos dias. Deveríamos pensar mais nisso. A vida só vale a pena ser vivida se sabemos por quem ou pelo que estaríamos dispostos a perde-la. Viva, mas viva com convicção.


Perguntas... talvez um pouco incómodas... mas necessárias, incisivas, decisivas. Pare um pouco o ritmo diário e medite. Responder a estar perguntas fará TODA a diferença.

COMO REAGIR DIANTE DA INFLUÊNCIA DA TV?

A violência doméstica tem sido minada pela televisão através da disseminação de conceitos como a banalização da violência, Insistência na blasfêmia,Vulgarização do sexo, Glamorização da prostituição, Incentivo ao adultério, Glorificação da homossexualidade e a Desvalorização da paternidade e têm sido estratégicos para um objetivo claro: destruir a família, que é a instituição mais importante da sociedade.

Se a história nos ensina algo é que todas as civilizações e impérios que permitiram a deterioração da família caíram em pouco tempo. Aprendemos pouco com o passado e avançamos rapidamente para o colapso numa sociedade dominada pelo sentido individualista do prazer pessoal como valor acima de todos os outros.
 COMO REAGIR?
Não sou apologista de nos fecharmos em cavernas sem luz ou comunicação. Jesus não pediu ao Pai que tirasse seus discípulos do mundo (João 17: 15). A tentativa de fugir do mal se fechando num mosteiro mostrou não funcionar. O mal vai no coração do homem e penetra as paredes mesmo do mosteiro mais fechado. Mas há que reagir. Há que proteger nossas mentes do assalto do mal, há que prevenir a queda das famílias, há que apoiar nossos filhos na capacidade de discernir e avaliar entre o bem e o mal.
A resposta Cristã está, como sempre, na Bíblia.
Tiramos dela um mandamento,
um princípio e um filtro:
O MANDAMENTO
 "... Levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo..." II Corintos 10:5b. A regra seria simples: Jesus assistiria a este filme? Ele apreciaria esta série? Este material de algum modo me ajuda a estar mais perto do mestre? Isso não implica em ver apenas filmes ou séries evangélicos. Há ainda alguns filmes e séries que podemos ter como interessantes e proveitosos. O entretenimento saudável não é negado na Bíblia. Jesus parou seu ministério para ficar vários dias numa festa de casamento em Caná e foi a banquetes preparados para ele como os dados por Mateus ou o fariseu Simão. Precisamos ter a capacidade de levar aquilo que deixamos entrar em nossa mente passar pela obediência a Jesus.

UM MANDAMENTO
" Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a Glória de Deus" I Coríntios 10:31. Temos repetido neste espaço que a vida cristã precisa permear todo nosso quotidiano. O entretenimento também. Algo que ocupa tantas horas do dia (quantas horas passa na frente da TV por dia?) não pode ficar fora da esfera cristã. A glória de Deus se nota quando vivemos mais perto dEle, quando refletimos a sua semelhança, quando nos tornamos naquilo que fomos criados para ser. Aquilo que gastamos tempo a ver na TV tem nos ajudado nisso? Senão, por que gastar esse tempo assim?

O FILTRO
"Finalmente irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Filipenses 4:8. Faz já algum tempo que minha mãe me deu este filtro. Recebera uma proposta para um trabalho mas tinha dúvidas se seria aceitável para um cristão. Ela sabiamente me respondeu com este texto. Não me disse o que fazer apenas me levou á palavra. Este filtro serve para tudo. Servirá para nossa escolha televisiva também.

CONCLUSÃO
Está na hora de exercitarmos o discernimento, lembrarmos que temos escolha, recordar que no controle remoto há um botão vermelho que desliga o aparelho. Precisamos saber que há vida, entretenimento e lazer fora da TV e que podemos desliga-la inclusive para benefício familiar. Permitir que a TV continue funcionando como esgoto aberto na nossa casa não é alternativa para o cristão que quer seguir a palavra. Vamos escolher bem a programação, ensinar nossos filhos a ser selectivos, usar o mundo da TV em benefício próprio e cortar pela raiz essa violência doméstica.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - A ORIGEM

A Associação de apoio à vítima em Portugal recebe em média 18 pedidos de socorro por dia. Esses pedidos vão desde agressões ligeiras a situações com risco de vida. Sabemos que a violência doméstica sobretudo sobre mulheres e crianças é um problema grave e difícil de ser tratado por causa da vergonha e do estigma social que acarreta. Mas há outro tipo de violência doméstica que tem se tornado comum e que é na maioria das vezes ignora ou até consentido.
Estou falando de uma violência contra a família que entra em casa com o consentimento dos seus membros. Faz um estrago significativo e fica impune exatamente porque foi convidado. Falo de uma violência que é feita contra nossas famílias e que nós pagamos para que aconteça. Acha estranho? Improvável? Pois estamos falando da agressão que nos advém de filmes e series de TV.

Com a degradação das TVs públicas e o advento dos canais privados, era de supor que a qualidade da televisão melhorasse. Na verdade piorou consideravelmente. Os programas que hoje invadem e violentam nossas famílias são tolerados e aceitos como inevitáveis e talvez por isso mesmo causam tanto estrago. Pense comigo no que hoje vemos:

Banalização da Violência
Em poucos minutos assistimos a vários assassinatos, torturas, violações e agressões. Houve um tempo em que os heróis da TV apenas prendiam os bandidos, hoje eles os matam, por vezes com requinte de maldade e nós aplaudimos. Nossa capacidade de aceitar toda essa violência deteriora o discernimento e é responsável, talvez principal, pelo crescimento das agressões em ambiente familiar e escolar. Afinal, se o meu herói favorito o faz, porque não faze-lo?

Insistência na Blasfémia
Repetidamente programas, personagens e situações fazem pouco dos valores cristãos, ridicularizam a fé e blasfemam de Deus e Jesus. Se nós soubéssemos que certa pessoa ou em certo lugar se falaria sistematicamente mal de nossos queridos creio que evitaríamos essa pessoa ou lugar. Mas quando se trata de nossa fé, daquilo que é supostamente nossos bem maior, nosso Deus e Salvador amado, permitimos e pagamos para que palavras, gestos e atitudes blasfemas se repitam em nossa sala de estar. É no mínimo estranho e muito triste.

Vulgarização do Sexo
Cenas que há poucos anos só passariam depois da meia-noite são vistas hoje a qualquer hora. O sexo é apresentado como um vício mundial, um elixir da juventude. Vale para qualquer um, em qualquer ocasião desde que traga prazer. O incentivo a que a juventude use o sexo quando e como quiser entra nas salas de nossas casas e enche a mente e o coração de nossos filhos, sem que haja uma explicação das consequências necessariamente complicadas desses actos.

Glamorização da Prostituição
Vemos hoje na TV uma exaltação da prostituição, que se tornou generalizada. Em vez da degradação que realmente marca essas situações, a TV as mostra como sofisticadas fontes de prazer. As mulheres que se degradam por meio da venda de seus corpos são vistas como pessoas liberadas e modernas, donas de seu destino. Na verdade são escravas de uma situação desprezível da qual sonham se livrar.

Incentivo ao Adultério
Nas séries de TV de hoje o sexo dentro do casamento é ridicularizado e tornado tolo. A mensagem é clara: abaixo o casamento! O adultério é apresentado como natural, desejável e até como algo que pode melhorar o próprio casamento. Séries como "sex and the city" entre outras procuram mostrar que o casamento é algo ultrapassado e o normal e ideal é nos comportarmos como animais no cio que procuram o primeiro parceiro ou parceira agradável ou disponível. Realmente a evolução é verdade, estamos evoluindo rapidamente em direcção aos macacos...

Glorificação da Homossexualidade
Há muito que a TV se tornou plataforma privilegiada do lobby gay. O cinema e a TV foram usados para mostrar o homossexual como ser superior, mais sensível, culto, bonito e inteligente. Os relacionamentos homossexuais são apresentados como de alto nível, com o respeito e carinho que falta à maioria dos casamentos. Curioso, no entanto, que mesmo desprezando todas as convenções e tradições os gays insistam em poder se casar legalmente... A verdade sobre a homossexualidade é tão distinta da sua imagem na TV que nem sabemos por onde começar. A verdade é que se impõem a nossas famílias como fato consumado e, de tanto assistir, acabamos achando normal. Em breve começaremos a ver os pedófilos sendo apresentados como boas pessoas também??

Desvalorização da Paternidade
Programas, filmes e séries, muitos deles especialmente feitos para crianças e em banda desenhada, mostram os pais como tolos, indecisos, incapazes e alvo preferencial de piadas, artimanhas e truques. As crianças são levadas a desrespeitar os pais, mentir a eles e fugir de suas orientações. Tudo isso é feito pelos heróis do filme ou série colocando-os em vantagem sobre os "tolinhos" que ainda acreditam em obedecer aos pais. E nós aceitamos que nossos filhos assistam, por vezes com nossa presença na sala, a programas onde são ensinados a nos desprezar.

Tudo isso tem sido estratégico para um objetivo claro: destruir a família. Afinal é violência doméstica muito mal dissimulada e que minou as bases da instituição mais importante da sociedade. Se a história nos ensina algo é que todas as civilizações e impérios que permitiram a deterioração da família caíram em pouco tempo. Aprendemos pouco com o passado e avançamos rapidamente para o colapso numa sociedade dominada pelo sentido individualista do prazer pessoal como valor acima de todos os outros.

COMO REAGIR?
NA PRÓXIMA SEMANA ABORDAREMOS VÁRIAS SOLUÇÕES PARA ESTE PROBLEMA.

Deixe aqui sua opinião e situações que enriqueçam o debate.
Related Posts with Thumbnails

Manual do Corão - Como se formou a Religião Islâmica

Como entender o livro sagrado do Islão?  Origem dos costumes e tradições islâmicas. O que o Corão fala sobre os Cristãos?  Quais são os nomes de Deus? Estudo comparativo entre textos da bíblia e do Corão.  Este manual tem servido de apoio e inspiração para muitos que desejam compreender melhor o Islão e entender a cosmovisão muçulmana. LER MAIS

SONHO DE DEMBA (VERSÃO REVISADA)

Agora podes fazer o download do Conto Africano, com versão revisada pelo autor.
Edição com Letra Gigante para facilitar a leitura do E-Book. http://www.scribd.com/joed_venturini