Escola Batista de Bafatá - RECRIANDO SONHOS!

REFERÊNCIA  NACIONAL DE EXCELÊNCIA!



A turma se espremia numa pequena sala de aula, em carteiras toscas de madeira. O ar quente e seco enchia o ar, enquanto a professora tentava manter a atenção das crianças.
- O que você quer ser quando crescer? perguntou a mestra aos alunos de olhos arregalados.
- Eu quero ter um quarto só meu (disse um menino na ponta)
- Eu quero não morrer ao ter meu primeiro filho (disse uma menina tristemente)
- Quero casar e ter muitos filhos (sorriu uma garota bem na frente)
- Quero ser motorista de candonga (van)! Falou o mais ousado da turma.

E as mãos iam se levantando e enquanto as crianças falavam revelavam uma quase completa falta de ambição. Afinal, o que aquelas crianças no interior de um dos países mais pobres do mundo poderiam aspirar? No seu bairro, a única escola até então era um velho container de alumínio onde se tinham aberto janelas e uma peuqena porta.

A professora era Edna Ferreira Dias, missionária dos batistas brasileiros. O ano era 1997. A Escola era uma iniciativa humilde transformando uma casa nativa em escola e clinica médica. Numa sala contígua, outras missionárias, as irmãs Ida Helena e Analita dos Santos davam aulas às outras turmas. Noutra sala ainda, doutor.Joed Venturini atendia os doentes. Assim começou a Missão Batista em Bafatá, no interior da Guiné-Bissau.

O fim do primeiro ano letivo foi dramático, com uma guerra civil estourando na capital e ameaçando toda a leve estabilidade do país. A equipe missionária tinha recebido o acréscimo de Edna Ferreira Dias, mas a certa altura tornou-se impossível continuar. Os obreiros deixaram a escola e o país com o coração apertado. Mas voltaram no ano seguinte e a escola não fechou. Logo as instalações ficaram pequenas demais e outra casa nativa foi usada até que em 2002 passaram para suas próprias instalações construídas com a oferta de um crente fiel no Brasil.

Os anos se passaram. Analita nos deixou porque o Senhor a chamou em 2007 e já goza da glória na presença do Pai. Pr. Joed e Ida Helena tiveram que sair em finais de 2007 para dar seguimento aos estudos dos filhos. Só Edna ficou da equipe inicial.  No entanto, a Igreja fundada em 2000 cresceu e hoje tem 150 membros. Os obreiros da terra, treinados pelos missionários, foram assumindo suas responsabilidades e a escola chegou a 700 alunos com classes de jardim de infância a fim de segundo grau.


O ano de 2009 trouxe a festa de formatura da primeira turma que fez toda a escolaridade no Colégio Batista. Eram aqueles alunos que em 97 não tinham grandes ambições. A formatura mobilizou a cidade. Alguns pais ofereceram até vacas para a festa e a comida foi tanta que tiveram que voltar no dia seguinte à festa para terminar de comer tudo. Durante um mês não se falava de outra coisa na cidade. Nunca haviam presenciado uma cerimônia tão bela!

Aquelas crianças que em 97 tinham perspectivas tão limitadas agora eram jovens com novos sonhos. Na capital submeteram-se às provas para a entrada nas faculdades (equivalente ao vestibular no Brasil). E os resultados surpreenderam! Dos 20 formandos da Escola Batista de Bafatá, 98% ingressou na faculdade, sendo metade do sexo feminino (o que é muito raro acontecer na Guiné-Bissau).
 

A primeira aluna aprovada passou com louvor para Medicina! No total 8 alunos passaram para Medicina, 2 para Economia, 2 para Enfermagem, 1 para Farmácia e 1 para Pedagogia, 1 para informática, 1 para jornalismo, 1 para administração, 1 para Sociologia. Apenas dois alunos não tiveram condições financeiras de estudar na capital, pois só há faculdades em Bissau.    Antes da Escola Batista, primando a  excelência no ensino, estes alunos do interior simplesmente não teriam condições de competir por essas vagas, pois só os da capital entravam nas faculdades.

Por dois anos seguidos a Associação Islâmica de Bafatá reconheceu o trabalho da Escola Batista entregando-lhe um prêmio de excelência pela sua contribuição para o desenvolvimento da região, mas o melhor ainda estava por vir.

Nesse momento estão sendo desenvolvidos vários projetos empreendedores na Escola Batista, que conta com 692 alunos do jardim ao 11º ano, entre os quais a implantação de Pepes nas aldeias, apoio às escolas filiadas, campeonatos desportivos e sonha-se até mesmo com uma Faculdade Batista!

A Escola Batista recriou os sonhos, abriu as fronteiras das possibilidades, deu vida a uma região empobrecida e esperança para inúmeras famílias que não encontravam perspectivas para o futuro de seus filhos. Afinal, o evangelho é isso! Possibilitar nova vida, nova dignidade para o homem, nova visão do futuro.

A Escola da Missão Batista é hoje referência nacional sob a direção do Professor Demba Canté e da missionária Edna Dias. E continuará crescendo mais ainda com o apoio da missionária pedagoga Adriana Justino, que se juntou à equipe em setembro de 2009.


A Obra de Missões é também isso!


Soli Deo Glória.

(artigo baseado em depoimento de nossa amiga e colega Edna Ferreira Dias)

Meus Natais Inesquecíveis!

O mundo ocidental vive um momento de frenesi  na época de Natal.  Todos querem comprar presentes, roupas novas,  fazer uma ceia em grande estilo, reunir ao máximo os parentes e amigos, afinal, é festa! É Natal!

Sozinho com meus pensamentos procuro me lembrar dos natais passados e tenho que fazer grande esforço para recordar o que comi e o que vesti na ocasião.  Curioso, essas coisas não me marcaram a lembrança,  porque  isso realmente não é o mais importante!  No fundo, nós nos lembramos mais dos natais de quando éramos crianças, não é mesmo?  E nestas lembranças não entram as roupas e as comidas, mas as impressões, os sentimentos, a alegria e o espírito de natal que sentimos então.

Creio que muitos irmãos e amigos lembram-se de um natal que passamos nos Açores, quando meus pais foram missionários na ilha Terceira.  Estava com 12 anos, e minha irmã Lília tinha apenas 8. O salário estava muito atrasado, pois naquele tempo o correio para as ilhas era muito demorado.  Mamãe já havia nos prevenido:
_ Queridos, neste ano não vai  dar para presentes, vamos fazer uma ceia simples e talvez, quando o salário chegar, dê para comprar alguma coisa.  Tenham paciência!

Lembro-me bem que nós, crianças, não ficamos nada satisfeitas e logo fizemos uma reuniào para resolver o problema...mas o que fazer?  Lília, em sua simplicidade de criança apenas disse:
_Vamos orar e pedir pra Deus nos dar um bom natal ?  Eu não quero ficar sem presentes neste natal!
Ok! respondi, vamos orar e esperar o que Deus vai fazer...você ora primeiro e depois eu termino...
E assim cada um de nós orou e pediu a Deus que fosse possível ter um natal, não era preciso muitos presentes, mas em nossa visão infantil  isso era muito importante!    Bem, Deus não nos respondeu imediatamente...e a ceia do dia 24  foi sendo preparada com o frango e purê de batatas, sem refrigerante, apenas suco de laranja...
Próximo das 16 horas  um amigo  americano, que trabalhava na base aérea das Lajes, bateu à porta. Inicialmente, não conseguimos ver seu rosto, pois na frente, havia uma enorme caixa de papelão!
_ Ho, Ho, Ho...Merry Christmas!  Feliz Natal!  Isto é para vocês!  Deus abençoe a todos!
E saiu tão rápido quanto entrou.  Ficamos um tempo sem perceber o que havia acontecido, quando mamãe começou a abrir a caixa e a chorar de alegria.

Dentro havia um enorme peru de natal, com muitas guloseimas acompanhando: refrigerante, bolo instantâneo, cookies de chocolate, nozes, castanhas e caramelos. Havia também roupa de cama, toalhas, livros e para nós...brinquedos!
Bonecas para Lília e carrinhos de corrida espetaculares para mim,  canetas e cadernos, jogos e muito mais coisas maravilhosas!  O peru da ceia rendeu até ao ano novo, de tão grande que era!  Juntos, à volta daquela caixa ríamos e chorávamos ao mesmo tempo. Aprendi que nosso Deus se preocupa com a oração das crianças e para nós esse foi um natal inesquecível!

Muitos anos mais tarde lembro-me de um natal também inesquecível, mas bem diferente, pois foi dos primeiros que passamos em Bafatá, na Guiné Bissau.  Andávamos na rua, no mês de dezembro e ninguém se lembrava que dali a uma semana seria natal.  Numa cidade onde 98% da população é muçulmana não há natal.  Não víamos enfeites nas janelas, nem música natalina  no ar.  No dia de  natal as lojas estavam abertas normalmente, pois não fazem feriado...o que fazer?  Como comemorar o natal numa terra onde nem sabem o que é?

Fizemos de tudo para que em nossa casa tudo lembrasse de maneira marcante o natal.  Ida, Analita e Gabriel desenharam e fizeram enfeites para a sala e conseguimos um pinheiro de verdade no projeto agrícola chinês, próximo à cidade. Foi curioso, porque eles também não se lembravam que era natal, pois a china comunista também não comemorava.  Ida embrulhou várias caixinhas de fósforo e rolos de papel higiênico para compor a base da árvore, que Gabriel insistia em querer abrir, pensando que eram presentes de verdade!

Havia muito pouco o que comprar na feira, mas fizemos o melhor possível! Ida correu atrás e procurou artigos para festejar a ocasiào. A ceia constou de biscoitos, salada de atum e um pequenino frango!   Com o gravador à pilha, colocamos música de natal todo o tempo!  Analita, com sua bela voz cantava e ensaiava um lindo hino.

A noite do dia 24 transcorreu à luz de velas, pois nosso gerador estava danificado! Sentei-me no chão e Gabriel foi sentar-se no meu colo.  Abri um grande livro com figuras e comecei a contar-lhe a história do Natal.  Para nós, os adultos, fiz uma pequena meditação e oramos, rogando a Deus sabedoria para conquistar o povo Fula, que nem se lembrava da vinda do Salvador.

Louvamos a Deus cantando todos os hinos tradicionais que nos lembrávamos.  Eu e Ida chorávamos emocionados enquando Analita cantava "É meia noite...instante augusto é este", meu hino preferido!
Sabíamos que nossas vozes eram ouvidas por toda a rua, pois no silêncio de Bafatá qualquer som é percebido.  De nossa varanda o som repercutia por toda a vizinhança e logo vimos que muitos meninos estavam quietos, escutando as canções na nossa varanda.

É difícil explicar a sensação que sentíamos... sabíamos que éramos os únicos da cidade a comemorar o Natal de Jesus.  Orava e Clamava:
_ Senhor, que um dia muitos desta cidade possam entender o que é o verdadeiro Natal!

Hoje, passados 12 anos deste primeiro natal alegro-me em dizer que neste natal será feriado em Bafatá.  Na feira,  já encontramos árvores de natal e enfeites à venda.  Na rádio o chefe da mesquita local avisa a todos que se quiserem, podem fazer a festa de natal, desde que não tomem bebidas alcoólicas nem comam carne de porco.  Muitas famílias  já comemoram o natal com frango e suco de laranja!  E na Igreja Batista de Bafatá, hoje com 150 membros, as comemorações duram todo o mês, com peças natalinas, cantatas, mensagens especiais e  encontros festivos.

O Senhor é Bom, e  no Natal devemos recordar Sua bondade e Misericórdia!
Desejamos que este natal seja realmente inesquecível!
A todos os queridos amigos e irmãos, um FELIZ NATAL!
     
                                          Joed, Ida, Gabriel e Rebeca   

Jonas: O Profeta que Fundou o Greenpeace!

O profeta Jonas foi, possivelmente, o primeiro que se insurgiu contra o desaparecimento de uma espécie vegetal.  Reagiu de forma dramática e violenta mesmo diante da morte de uma especie de aboboreira e encontramos isso em seu livro no Antigo testamento capitulo 4 versos. Em sua atitude exagerada Jonas deu o mote para uma série de organizações que hoje se espalham pelo mundo na defesa de quase tudo que existe na natureza, desde plantas a animais os mais variados, a água e a ar.

Nestes dias em que a Cimeira das Nações Unidas, em Copenhagen, tenta limitar o dano futuro ao nosso planeta, muito se fala de conservação do ambiente. É claro que o Greenpeace é uma dessas organizações ecologistas, fundada em 1971 no Canada por Bob Hunter, Jim Bohlen, Dorothy Metcalf e Irving e Dorothy Stowe. O Greenpeace conta hoje com cerca de 3 milhões de apoiantes em 41 países e é conhecido por suas intrevenções espalhafatosas que na maioria dos casos acabam em prisão de manifestanrtes e imagens no telejornal da noite. Uma coisa que todas essas organizações tem em comum é a preocupação em preservar a natureza a todo custo.

O Cristão e o Cristianismo não podem ficar alheios à situação do planeta. O Cristianismo não se trata apenas de uma religião que nos prescreve alguns rituais para os domingos. Trata-se de toda uma cosmovisão, ou seja, um modo de olher e entender todos os apsectos da vida à nossa volta. O Cristão tem na Biblia a orientação para se posicionar em relação a cada assunto de modo racional e prático. No que diz respeito a conservação da natureza temos duas posições extremas que como cristãos devemos evitar:
 A saber, a natureza como nossa escrava e a natureza como nossa deusa.

NATUREZA ESCRAVA
A atitude mais comum, hoje em dia, é ver o mundo como um playground,  um quintal particular.  Essa atitude é produto de uma sociedade de consumo que se preocupa com o prazer que advém de mais e mais produtos consumidos. Nessa linha de pensamento, não interessa o que gasto ou como gasto, ou  mesmo que dano isso causa à natureza, desde que seja o melhor para mim.

O homem que vive assim nem sequer avalia a situação da natureza e pouco se importa com relatórios alarmistas sobre aquecimento global. Sua atitude é: issso já não será para o meu tempo.  É por isso que se gasta anualmente 8 bilhões de dólares nos EUA em cosméticos, 12 bilhões em perfumes e na europa se gasta 50 bilhões em cigarros e 105 bilhões em bebidas.   Se contarmos que apenas 28 bilhões seriam suficientes para fornecer educação, saneamento, água potável e alimentação a todo o mundo subdesenvolvido, ficamos com muito que pensar. Biblicamente essa atitude está totalmente errada e deve ser combatida.  Nesse sentido o cristão deve estar na linha da frente da preservação da natureza.

NATUREZA DEUSA

Essa é a atitude de muitas organizações ecologistas.  Trata-se de uma visão derivada da teoria da evolução, em que se tem pela natureza um respeito e uma admiração praticamente religiosa. Esses ambientalistas tratam a natureza (florestas, plantas, animais) como se fossem algo de valor transcendental. Lutam pela preservação de uma espeÉcie ameaçada a ponto da violência enquanto são capazes de nem reparar no sofrimento intenso de seres humanos nas mesmas regiões.

É a atitude de Jonas (nosso fundador do movimento de preservação).  Ficou furioso com a morte de uma planta, mas nem ligava ao extermínio de milhares de inocentes em Nínive.  E, por isso, foi repreendido por Deus.  Esta visão religiosa da natureza,  que apela para salvar as baleias e concorda com abortos em massa, luta pela preservação dos gorilas em países onde crianças morrem de fome, sem assistência e se preciso for pressionarão os pais dessas crianças para deixar tudo e cuidar dos macacos!  O Cristão também não pode aceitar essa atitude se deseja viver biblicamente. A natureza é criação e não criadora, é subalterna e não senhora.  Endeusá-la não é a solução,  porque é uma visão contrária ao que aprendemos na Palavra.

PRESERVAÇÃO DA NATUREZA À LUZ DA BÍBLIA

Temos muitas bases bíblicas para cuidar da natureza e preservar nosso planeta. Vejamos:
1) A Bíblia diz que Deus criou o mundo para o homem (Gênesis 1:26).  Somos a jóia da criação e a natureza é nosso presente. Ninguém estraga um presente de valor que recebe, antes o guarda com carinho, por amor ao doador e por valorizar o que recebeu.  Devemos cuidar de tão magnifica dádiva de Deus.

2) A Bíblia diz que Deus deu ao homem a responsabilidade de cuidar da natureza (Gênesis 2:28 a 30). O primeiro homem foi jardineiro. Essa ordem de Deus (de cuidarmos da natureza) não foi revogada. O pecado a tornou mais dificil de ser cumprida, porque afetou a natureza e nos tornou mais egoístas, mas a ordem permanece! O Cristão deve lembrar-se desse mandato.  Muito antes de sonharem com ONG's de preservação, a Igreja teve o cuidado de ensinar a salvaguarda daquilo que o Senhor colocou em nossas mãos.

3) A Biblia nos ensina que a criação sofreu por causa do pecado do homem (Genesis 3:17 a 19 e Romanos 8:20 a 23). Ora, a salvação restaura o homem e um dia restaurará a natureza também.  Por isso, o homem resgatado pelo Senhor e sob a orientação do Espirito Santo trabalha para o resgate da humanidade e da criação e também  luta pela conservação da natureza.

4) A Biblia nos ensina que devemos viver para a Glória de Deus! (I Corintios 10:31 e Colossenses 3:17)  Qualquer pessoa,  mesmo o mais obstinado ateu, se maravilha diante daquilo que podemos ver na natureza.  Degradá-la é estragar aquilo que o Senhor deixou para sua exaltação.  Preservá-la é guardar o testemunho de Deus na criação e trabalhar para que seu Nome seja exaltado.

5) A Biblia nos ensina a amar o próximo como a nós mesmos e isso inclui as próximas gerações (Mateus 22:39). O Cristão não pode viver hoje sem se preocupar com aqueles que virão amanhã.  O Fruto do ES em sua vida exige que demonstre caridade e benevolência para com as gerações futuras, por meio também da preservação desse bem comum, que é o mundo em que vivemos.

Temos então excelentes motivos para estar na vanguarda da luta pela preservação da natureza, porque isso tem bases profundas em nossa cosmovisão.  Em prol disto podemos e devemos trabalhar!  Além das muitas organizações que atuam na defesa do meio ambiente, podemos, individualmente e como família, fazer a diferença adotando 3 princípios simples:

1) Rever as nossas prioridades em compras. Podemos deixar de comprar produtos que poluem e que são fabricados por indústrias poluentes. Podemos diminuir nosso consumo de coisas industrializadas e investir no natural. Podemos poupar em produtos plásticos e outros que se degradam com dificuldade e estragam a natureza. Uma reavaliação de nossa lista de compras certamente ajudará o ambiente;

2) Reutilizar o que temos. Há muitos produtos em casa que podem ser reutilizados poupando a compra de novos objetos e utensilios. A reutilização diminui o lixo e o consumo e ajuda na preservação;

3) Reciclar nossso lixo, tendo o cuidado de separar cartão, plástico e vidros, levando baterias e pilhas usadas para os lugares de recolha ou adubando a terra do quintal com restos orgânicos. A quantidade de lixo se reduziria e muita seria reutilizado.  Recicle e use produtos reciclados, seja criativo e perceberá que o empenho de cada um fará diferença no final!

A preservação da natureza parece um tema tão atual, mas afinal está plenamente contemplado nas páginas da Bíblia. Confirma-se novamente que o Cristianismo tem uma Cosmovisão completa, mesmo para o homem moderno.

O MENINO DO COMBOIO




O comboio corria veloz em passo ritmado, rumo ao Norte
Aqueles que dentro estavam se consideravam com sorte
É que lá fora o vento uivava feroz e cortava a respiração
Já dentro, o clima era gostoso devido à calefação

Uma mãe viajava com seus dois filhos no vagão principal
Formavam uma cena bonita, tocante, quase angelical
As crianças ouviam-na contar histórias com atenção dedicada
E a mãe se esforçava para manter a prole concentrada

A história em pauta era a do natal que se aproximava
As crianças sorviam as palavras com o cuidado que a mãe desejava
Nada perdiam de todos os pormenores da narração deliciosa
E a contadora se esmerava nos detalhes, era mesmo caprichosa

Tão concentrados estavam, que nem chegaram a reparar
Num novo passageiro que lentamente se viera a aproximar
Era um menino de pele morena, olhos escuros, ar assustado
Mas que se achegava devagarzinho, claramente interessado

Então, num susto meio alarmante a filha mais nova o notou
Chegou-se à mãe um tanto apavorada e nela se aconchegou
O menino moreno esbugalhou os olhos e abaixou o rosto
Estava acostumado à rejeição, e a olhares de contragosto

Em sua face curtida do sol, do frio e do vento invernal
Apagou-se a luzinha que brilhara de modo pouco habitual
É que a cena daquela família à sua frente reunida
Parecia a resposta de uma prece tantas vezes oferecida

Mas o olhar assustado, a testa enrugada em desaprovação
Recordara o garoto de sua triste, amarga e injusta posição
Não deveria ter saído da terceira classe onde se escondera
Ele e o pai,que já dormia, vitima de mais uma bebedeira

Antes porém que o menino pudesse se afastar tristonho
A mãe recuperou o ânimo e o chamou com ar risonho
Não gostaria ele de se juntar ao grupo para ouvir continuar
A linda história que a pouco se estivera a contar?

E o menino acanhado, mas com novo alento se aproximou
Timidamente se foi sentando e logo com um sorriso se acomodou
A mãe mantinha a filha no colo e o filho à sua frente
Respirou fundo e voltou à história que não saíra da mente

LER POEMA COMPLETO

Lembranças da Guiné I

"O silêncio que incomoda!"

Muitos amigos e irmãos pedem-me que coloque minhas experiências da Guiné em um livro biográfico.  Inicialmente registrarei em artigos minhas lembranças mais marcantes da Guiné. Creio que ainda não dei por terminada minha carreira como missionário e espero poder ser útil à causa de Cristo por muitos anos.  Tendes aqui o relato de uma de nossas experiências mais marcantes, quando Gabriel, na época com 5 anos, ficou muito doente.

(Este é o relato da mensagem do Pr. Joed Venturini de Souza proferida em agosto de 2007, em Belo Horizonte, MG)

Após o momento da coreografia, um missionário amigo Pr. Joed Venturini, que atua em Guiné-Bissau, pregou sobre um tipo de silêncio que incomoda: o de Deus.

Ele entrou vestido com trajes do povo fula e descalço, como costume daquele povo com o qual trabalha. Antes de ler a Palavra de Deus em Salmo 28 "A ti clamo, ó Senhor, rocha minha, não emudeças para comigo..." , o missionário ficou em silêncio durante 45 segundos e percebeu que os congressistas já estavam incomodados.

Então ele disse: "Vocês já estavam ficando incomodados? Agora, imaginem o silêncio de Deus. É insuportável! Se o Senhor se calar, quem vai guiar nossos passos, quem vai nos consolar nas horas de aflição? Nós precisamos que o Senhor fale conosco! Mas o silêncio da igreja também é insuportável para Deus. Se nós nos calarmos, quem irá falar do amor de Deus? Quem irá interceder?"

O missionário falou do poder da oração intercessória, que rompe o silêncio, como exemplo de uma forma concreta de se fazer missões.  A seguir, o Pr. Joed contou uma experiência vivida no campo quando seu filho, Gabriel, estava muito enfermo e começou a interceder pela sua cura.
Como médico, dr. Joed havia ministrado a Gabriel  todos os medicamentos a seu alcance e nada surtira efeito. A cada dia Gabriel definhava, já não podia levantar-se da cama nem para ir ao banheiro e gemia baixinho com as dores, a febre e o corpo enfraquecido.  Perdera muito peso e não conseguia se alimentar.

Ele orou: "Senhor eu não estou preparado para perder o meu filho. Eu não vou agüentar se alguma coisa acontecer ao meu filho..." e clamou para que o Senhor curasse Gabriel. Em Bafatá, na casa vizinha, sua esposa e as duas missionárias também oravam e clamavam de joelhos por Gabriel. 

Milagrosamente, na manhã seguinte Gabriel começou a melhorar e depois de dois dias estava completamente curado!

Dois anos depois, ao chegar ao Brasil, uma irmã quis saber o que acontecera com Gabriel, pois ela tivera um sonho em que o nome do filho do missionário vinha à sua mente e ela, então, começou a interceder por ele. Sentira um peso de morte sobre a vida de Gabriel. Telefonou a outras irmãs que logo começaram a orar e só pararam quando o peso de desfez. Compararam as datas do acontecimento e elas coincidiram! Elas estavam intercedendo por Gabriel!

Com essa experiência o missionário reforçou a importância e o poder da intercessão dos irmãos, mesmo longe dos campos.

"Não há honra maior do que levar o Evangelho de Cristo aos povos que estão perdidos"
Joed Venturini

POSTADO POR ALABASTRO

Cristãos elaboram a Declaração de Manhattan

SUBSCREVA A
DECLARAÇÃO DE MANHATTAN


Diante da crescente pressão da cosmovisão moderna sobre a igreja de Jesus os cristãos tendem a se encolherem e a se refugiarem em trincheiras. Há porém aqueles que entendem que nosso melhor contributo é responder com clareza, razão e ciência às alegações das filosofias modernas que querem calar o Cristianismo.  Um grupo de eminentes figuras de vários quadrantes do mundo cristão (Católico, Ortodoxo, Protestante e Evangélico)  reuniu-se para elaborar uma declaração nesse sentido, defendendo a cosmovisão cristã diante de ataques externos.  Esses líderes emitiram a  Declaração de Manhattan no dia 20 de Novembro de 2009.

A todos aqueles que clamavam por uma reação digna dos cristãos digo que agora é o momento de nos manifestarmos e respondermos aos que menosprezam e tentam refrear nossa fé e nossas liberdades.
O texto foi subscrito por 152 lideres religiosos que incluiram reitores e professores universitários, pastores de igrejas evangélicas, arcebispos católicos e primazes ortodoxos.  Dos nomes mais conhecidos entre os batistas estarão J.I Packer, Josh MacDowel, Phil Maxwell. Jack Graham e James Dobson. 
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SONHO DE DEMBA (VERSÃO REVISADA)

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Edição com Letra Gigante para facilitar a leitura do E-Book. http://www.scribd.com/joed_venturini