Seria a Europa ainda um campo missionário? ou O que significa “conhecer” a Cristo?


Um dos princípios clássicos de missões foi estabelecido pelo Apóstolo Paulo, logo no começo da obra de missões, e é o de anunciar a Cristo onde ele ainda não é conhecido (II Coríntios 10:16). Esta será uma das bases para se falar em “povos não alcançados” que se tornou uma das máximas de missões com a definição da janela 10/40 como alvo prioritário de missões. Faz sentido que as organizações missionárias e as igrejas invistam em campos onde o evangelho não é conhecido. Cristo deve ser anunciado onde ainda não é conhecido. Mas essas afirmações levantam algumas questões e uma das mais importantes é a que fazemos no título: o que significa conhecer a Cristo? Até que ponto um ou outro campo pode ser descartado como campo missionário?
Já estive em aldeias na África Subsariana onde as pessoas nunca tinham ouvido a história do natal ou a descrição da crucificação ou a maravilha da ressurreição. Certamente eram um povo não alcançado pelo evangelho. Ali fazia muito sentido ter missionários. Mas, o que queremos dizer quando falamos de conhecer a Jesus? Alguém que sabe que Natal é nascimento de Jesus e que ele morreu numa cruz se categoriza como conhecendo a Cristo? Nesse caso podemos parar de evangelizar o Brasil. Não faz sentido ter uma organização de missões nacionais num país em que mais de 20% da população é evangélica e há pregação contínua na TV e rádio e Internet. O Brasil é um país sobejamente alcançado. Mas será mesmo? Saber que Natal é comemoração do nascimento de Jesus e que ele morreu numa cruz é conhecer a Cristo? Nesse caso boa parte da população muçulmana do mundo estaria alcançada porque sabem quem é Issa (Jesus) e conhecem algo de sua vida. Por essa linha de pensamento também estaria alcançada toda a classe média no Japão, pois têm cultura mais ocidentalizada. China e Índia também serão já alcançados, porque saber do Natal e da Páscoa é conhecimento geral básico mesmo na Ásia. Mas serão eles alcançados? 
E aqui voltamos à questão: o que significa conhecer Jesus? Lembro-me de ir assistir ao filme “Código da Vinci”, uma obra de ficção que inclui pretensos factos históricos. E, no entanto, ao sair do cinema ouvi um casal a conversar e a senhora a dizer com ar muito convicto: “afinal, foi isso que aconteceu!”. Minha surpresa foi enorme ao perceber que ela estava a falar de Jesus, que no filme é representado de modo bem diferente dos evangelhos. Demonstrou não conhecer Jesus. Isso aconteceu em Lisboa, Portugal, um país nominalmente cristão e já evangelizado… ou será que não? 
Na nossa ansiedade por alcançar os que nunca ouviram de Cristo temos tomado decisões em relação a missões que excluem certos campos como a Europa, como se já fossem evangelizados. Mas a grande maioria da população na Europa, apesar de ter um conhecimento superficial da figura de Jesus, nunca ouviu uma exposição clara e direta do evangelho. Não se pode dizer que conhecem a Cristo. Nunca foram expostos à salvação bíblica.
Foi Leslie Newbigin que começou a alertar para a nova realidade da Europa Pós-Cristã como campo missionário. Depois de trabalhar por muitos anos na Índia, ele voltou à Grã Bretanha, uma terra supostamente cristã e ficou perplexo de perceber que seu país se tornara avesso a Cristo e ignorante do evangelho. Ele concluiu que a Inglaterra era novamente um campo missionário. Não é por acaso que a Europa é o continente com a menor percentagem de evangélicos no mundo. Os europeus não conhecem o Jesus das escrituras.
Acresce outra dificuldade. Temos, como cristãos, muita experiência em alcançar culturas e povos não cristãos e pré cristãos. Temos uma missiologia avançada para lidar com a introdução de Cristo para povos que o desconhecem por inteiro. Mas nunca antes o Cristianismo lidou com a necessidade de evangelizar uma cultura pós-cristã. Sabemos falar de Jesus a quem nunca ouviu falar dele. Mas na Europa a sensação é: “Conhecemos Jesus, sabemos o que é o Cristianismo, já o experimentamos e para nós não serve” E diante disso não temos ainda uma missiologia capaz. 
No tempo do Novo Testamento os romanos eram muito liberais em relação a religião. Havia bastante liberdade para praticar fosse o que fosse. Os cultos eram assunto particular. Cultus privatus, algo que é apenas problema seu. Apenas não o imponha a seu vizinho e ficaremos felizes. Nessa realidade o Cristianismo era apenas mais uma religião. Mas tinha a vantagem de ser uma novidade, algo fresco e viçoso, algo nunca antes visto. Foi quando o Cristianismo deixou clara a sua alegação de fé única para salvação que a perseguição surgiu. Se fosse mais uma não havia problema. Alegar ser a única salvadora é que não era aceitável.
Hoje vivemos algo semelhante. A cultura pós moderna se tornou relativista e nesse contexto vale tudo. Mas religião é coisa privada e não se deve impor. O problema é que a fé cristã não é mais novidade mas é vista como retrograda, antiquada, já testada e sem apelação. E sua alegação de ser “a verdade” leva a acusações de fanatismo e intolerância. Essa é a visão que a Europa tem da igreja hoje. E diante disso respondemos: O europeu conhece Cristo? Não! Tem noções históricas, em geral erradas e alguns conceitos vagas, mas não conhece a verdade bíblica e nem o evangelho salvador. Nesse contexto a Europa é ainda, ou novamente, campo missionário? Certamente! E dos mais árduos onde o trabalho é lento e exige persistência e paciência. Necessitamos de uma missiologia para esta Europa pós cristã e de gente com coragem para enfrentar uma sociedade cínica, maligna e avessa a Deus. 
Sim, a Europa é campo missionário.

O PASTOR QUE PRECISAMOS!

CARÁTER OU CARISMA?
A crise tem atingido a Igreja e o Ministério e hoje, mais do que em outros tempos procura-se pastores. Igrejas procuram, ovelhas procuram, até pessoas de fora da igreja procuram. Mas, que tipo de pastor?
Hoje muitas vezes, quando se trata de uma sucessão pastoral os critérios para a escolha de um pastor passam por um bom currículo (leia-se: ter sido pastor de igrejas grandes), fama denominacional, títulos (quanto mais, melhor), pregação agradável, nível salarial aceitável e sucesso no ministério anterior (leia-se: número crescente de membros na igreja anterior). Mas será que é isso que precisamos num pastor? Pensemos naquilo que realmente fará a diferença no reino espiritual:

1)Compromisso com Deus
Precisamos de um pastor que tenha, acima de tudo, um compromisso com o Senhor. Um homem com uma vida de oração marcante, que conhece o jejum e a intercessão, que separa tempo para ouvir o Grande Pastor em primeiro lugar. Normalmente as igrejas não contabilizam as horas de oração que seu pastor gasta por semana, mas esse deveria ser o primeiro critério de seleção.

Poderemos notar esse compromisso na formação da agenda: esse pastor é do tipo que marca as coisas porque há espaço na agenda ou ora primeiro antes de aceitar novos compromissos? Decide a linha ministerial por livros de sucesso no mercado ou depois de um tempo de busca do Pai? Enfatiza o uso de técnicas sociais na vida da igreja ou dá importância à oração da congregação? Prega de acordo com os temas da moda ou daquilo que tem convicção que o Senhor lhe mandou?

Se procurarmos bem, saberemos onde achar essas respostas. Não virão no boletim da igreja, nem possivelmente da liderança da igreja. Há que procurar mais perto, na esposa, filhos, amigos, vizinhos, funcionários da igreja que convivem no dia a dia com o homem de Deus . São esses que conhecem seu comportamento sob pressão. São esses que o vêem quando as luzes estão apagadas. São esses que nos poderão confirmar ou não o compromisso do homem com seu Senhor.

2) Compromisso com a Palavra
Precisamos de um pastor que tenha um compromisso vivo com a Bíblia. Que a veja como o livro de Deus, inspirado pelo Espírito Santo, enviado pelo Senhor como revelação direta de seu Ser e sua vontade para a vida humana. Esse compromisso tem que se mostrar na prioridade do estudo e meditação da Palavra. Um pastor que não tem tempo para ler a Bíblia está em maus lençóis.

O compromisso bíblico se revela da vida e na pregação. Numa vida pautada pelas orientações bíblicas, que faz decisões baseadas nos princípios da Palavra, que tem as prioridades definidas pelas escrituras e que não condescende para agradar. Mas também numa pregação em que a Palavra é central. Estamos cheios de sermões/ discursos de auto- ajuda, que falam de tudo e de todos, que usam técnicas de psicologia e outras ciências sociais mas que não alimentam porque não saem da revelação escrita.

Um pastor bíblico corre o risco de ser considerado um tanto retrógrado, um quadrado ou antiquado, mas trará à vida de seu rebanho o alimento verdadeiro que refrigera e dá orientação segura para as escolhas do cotidiano.


3) Compromisso com a Família
Precisamos de um pastor que saiba colocar seu casamento e sua família na ordem certa das prioridades do ministério. A Bíblia nunca pediu o sacrifício de matrimônio e de filhos no altar do ministério. Um casamento feito na orientação divina é o maior apoio para um pastor dedicado. Os filhos são benção de Deus e não empecilho para a ministração. Os que compõem a casa do pastor são seu primeiro e mais precioso rebanho.

Quando Paulo orientou a Timóteo na escolha de líderes para as igrejas, deu ênfase na família.  Deveriam ser maridos e pais cujo testemunho pudesse servir de base ao ministério. Perdemos a confiança quando vemos pastores cujas esposas não aguentam ouvir seus sermões e filhos que preferem o mundo à igreja. Um compromisso com a família é relativamente fácil de verificar. Veja seu casamento, entreviste seus filhos. O que têm a dizer sobre o pastor? Esse não tem sido um dos critérios muito procurados, mas é biblicamente um dos mais importantes no pastor que precisamos.

4) Compromisso com as Ovelhas
Precisamos de um pastor que entenda o que significa cuidado pastoral. Antes de ser benção no púlpito há que ser benção nas casas, no escritório, nos contatos pessoais. É aqui que muitos pastores se perdem. São ótimos de púlpito diante das multidões, mas não têm tempo para o discipulado e o acompanhamento. Pastores só serão pastores quando as ovelhas perceberem seu cuidado.

Precisamos regressar às décadas passadas para conhecer os pastores de então. Não é que não os encontremos hoje, mas é mais difícil. Hoje os pastores são avaliados por critérios públicos e a maioria das coisas que realmente fazem o pastor que precisamos são bem particulares como oração, estudo da Bíblia e aconselhamento. Pastoreio pode até acontecer do púlpito, mas acontece mesmo é nas conversas individuais, no discipulado, nas visitas e nas horas de aconselhamento.

Conclusão: Recentemente um seminarista me entrevistou acerca do ministério e o que seria mais importante, carisma ou caráter? O simples fato de precisar fazer a pergunta me entristeceu. Não deveria ser óbvio? Parece que não. Na vida ministerial (e em tudo o mais também) o caráter tem primazia sobre qualquer tipo de carisma. Caráter sem carisma pode fazer um grande ministério. Talvez pouco notório, mas seguro, valioso, agradável a Deus. Carisma sem caráter pode até levantar muita poeira, mas será só isso mesmo, poeira.

Caráter é vida, carisma é Show. 
Caráter é fundamento, carisma é decoração. 
Caráter é constância, carisma é explosão.
Caráter é fruto de comunhão com Deus, princípios claros e perseverança no caminho.
Carisma é genética, temperamento e muitas vezes manipulação. Junte os dois com base no caráter e poderá ter um grande líder, mas prefira sempre o caráter ao carisma.
... 
Quando tudo for pesado e avaliado, as luzes da festa estiverem apagadas e cair o pano, quando chegar a hora de uma avaliação real e duradoura, o pastor que precisamos é aquele de quem se possa dizer: Era um Homem de Deus!
...

(Se gostou, apreciou ou sentiu empatia com esta meditação saiba que nas próximas semanas falaremos sobre a Igreja que Precisamos, o Sermão que Precisamos e o Louvor que Precisamos)


AMARGURA - Como a Fé na Justiça Divina nos ajuda a vencer a amargura


Os exames da faculdade de medicina eram orais e eram abertos. Muitas vezes assistíamos às provas uns dos outros até por solidariedade. Os exames de Psicologia Clínica foram abertos, e nós vimos as provas uns dos outros. Fiz uma prova boa e respondi com segurança na mesma medida dos demais colegas. Mas, na hora de dar a nota, eles receberam 16 e 17 e eu 12. Veio a revolta. Porque isso? Porque tinha me mostrado cristão e contrariado várias das teorias da professora. Mas eu sabia a matéria e respondera bem. Era injusto receber aquela nota. Era perseguição e prejudicava meu futuro em termos de média e colocação. O que fazer quando isso acontece?
O que fazer quando somos claramente lesados por pessoas más que nos querem mal? E quando somos tratados de forma injusta e recebemos mal pelo bem que fizemos? E quando há evidente perseguição contra nós pelo fato de termos um comportamento cristão? Estamos falando de coisas pequenas comparadas com ataques brutais que muitos irmãos em Cristo sofrem no mundo perseguido. E o que fazer quando os governantes são maus e matam os crentes? O novo testamento foi quase todo escrito sobre esse panorama. E o que nos foi dito? Para vencer a amargura e não deixar que ela nos torne azedos. E como?

Se possível, vivam em paz com todos. Paulo escreve isso a igreja que morava no centro do império e sentia a corrupção de perto. Ele escreve para uma igreja que era perseguida e em breve seria dizimada pela maldade de imperadores loucos. Nesse contexto mais que difícil ele dizia: ”Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12:18. Isso quer dizer que devemos da nossa parte trabalhar no sentido de não dar lugar a inimizades. Se antagonizarmos de propósito não podemos depois dizer que fomos perseguidos. A nossa parte é fazer tudo para ter paz. Essa é nossa parte. E se não funcionar?

Não retribuir mal por mal. A reacção natural é revidar. Essa é a resposta do homem natural e que o mundo entende e aplaude. Mas é outra a regra bíblica. “Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.” 1 Tessalonicenses 5:15. A retribuição só leva a escalada da situação. Quando nos fazem mal a primeira coisa é não retribuir ou estaremos nos colocando no mesmo nível. E então o que fazer?

Dar a outra face. 
Esse foi o ensino claro do Mestre. Jesus não nos deixou palavra filosóficas intrigantes para decifrar. Ele foi bem prático e direto. “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” Mateus 5:38-41. Jesus não vivia um tempo fácil. Estava cercado de gente que se fazia inimiga. Foi perseguido pelos seus e pelos de outras terras e no entanto nos ensinou a ter essa resposta. Essa é a resposta cristã.

Abençoar quando a vontade é amaldiçoar.
 “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.” Romanos 12:14. Amaldiçoar é a reacção da carne, do homem natural que não pensa, não faz nada a não ser reagir como animal. Somos convocados a ter outra resposta e a reagir mais ainda. Não é só a politica de não-violência de Gandhi ou de Martin Luther King, é mais que isso. É fazer mais ainda. É abençoar os que nos querem mal. E como fazê-lo?

Orando por eles
Foi o Mestre quem nos mostrou na prática como fazer pois ele o fez e disse como fazer. Seu ensino foi: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;” Mateus 5:43-44. Abençoamos quando oramos pelos que nos fazem mal e essa arma é tão tremenda porque o inimigo não a pode bloquear. Nem o maligno e nem os que nos odeiam. Não podem evitar que os abençoemos orando por eles. E ainda mais…

Trabalhando para a sua salvação. 
Note o que Paulo dizia fazer pelos que o perseguiam e queriam matar: “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.” Romanos 10:1. A verdadeira vitória contra o mal não é a morte mas a salvação. Queremos derrotar nossos inimigos? A maior derrota para o mal é quando alguém que perseguia o cristão aceita o evangelho. Por isso a história de Paulo é tão marcante. É possível. Deve ser nosso alvo.
Devemos relembrar que estes escritos não vieram de gente que vivia nos EUA em casas de classe média alta com excelente qualidade de vida. Jesus ministrou e amou até morrer em tortura. Paulo escreveu muitas vezes da cadeia. Eles sabiam o que era sofrer mas também o que era serem dirigidos pelo Espírito de Amor de um Deus justo. 

O que nos esmaga muitas vezes é a sensação de justiça que nos apela a agir. Sentimos que temos razão e que o outro não merece perdão e isso nos faz afundar na amargura, na auto comiseração. Mas quem somos nós para exercer justiça? Quem somos nós para falar sobre merecimento? Na verdade o Senhor nos livra do peso terrível de ser juízes e executores. Nos livra de fazer muito mal a nós mesmos e aos nossos na sede de vingança que sempre excede os limites. 

A capacidade para vencer o mal dessa maneira vem de 3 fontes principais: 
O exemplo extraordinário de Jesus. 
Quem sofreu mais do que ele? Quem sofreu mais injustamente do que ele? E no entanto a palavra nos diz: “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” 1 Pedro 2:21-24. E nós recebemos não só o seu exemplo mas a sua capacitação, o seu Espírito em nós a sua mente para ser a nossa. É nele que podemos encontrar a capacidade para viver assim, bem acima do padrão do mundo.

A certeza da Justiça Divina. 
Temos a confiança de que o Senhor, de forma perfeita e perfeitamente justa irá tratar de todas as ofensas, todas as maldades, todas as coisas que nos entristeceram. Jesus nos garantiu essa justiça: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça”… Lucas 18:7-8ª. O Apostolo Paulo reiterou essa certeza aos Romanos: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” Romanos 12:19. Mais tarde, um livro inteiro foi escrito segundo a revelação de Deus para que a Igreja soubesse, em meio a tribulação e perseguição tremenda, que o Senhor faria justiça sobre seus adversários. Eis como é descrita a queda dos maus e inimigos da igreja: “Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.” Apocalipse 18:20. Era alegria porque a Justiça de Deus triunfava.

Mas a última e mais forte razão para termos a atitude que a Palavra ensina é o facto de que nós também recebemos o perdão da nossa ofensa e do nosso mal. 
Nós também merecíamos a pena, o castigo e fomos salvos, libertos, resgatados pelo sacrifício de Jesus. Eis como Paulo colocou essa verdade quando escreveu aos irmãos de Éfeso igreja que logo sentiria o peso da perseguição. “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” Efésios 4:31 a 5: 2

Somos assim chamados a deixar a amargura que nos persegue e que pode nos fazer tanto mal e a confiar na graça e justiça de Deus seguindo o exemplo de Jesus na gratidão pelo seu amor e perdão. Deixemos de tentar ser juízes e executores. Larguemos mão da vingança. Deixemos de carregar o fardo do querer mal e entreguemos ao Senhor. Ele nos capacita para isso. Que o seu perdão possa se tornar o padrão para o nosso. 


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