Terminando Bem : "Combati o bom combate"


Com triste regularidade ouvimos o comentário: “e ele tinha tido um ministério tão bom... tinha começado tão bem”. Parece que na vida ministerial é bem mais fácil começar bem do que terminar bem. Porque será que obreiros que foram uma bênção tão grande em seu trabalho têm dificuldade na hora da saída? Porque tantos obreiros se arrastam para além do tempo que deviam? Isso é verdade em várias áreas ministeriais e em missões também.
A obra missionária por definição é acabável! Um dia o missionário segue em frente se quiser continuar sendo missionário (Paulo será provavelmente o nosso exemplo clássico). E porque há missionários que não saem? Há vários motivos:
·       Medo de regressar a seu país depois de muitos anos fora sabendo que dificilmente encontrará lugar para atuar

·       Dependência financeira da instituição em que serve e o receio de não ter sustento se sair

·       Zelo excessivo pelo que conseguiu, por vezes um trabalho pioneiro, onde há medo de deixar para outros que terão o mesmo amor ou a mesma dedicação e não farão do jeito certo

·       Visão pastoral, o missionário passou a ser pastor e nesse caso o trabalho nunca acaba

·       Falta de visão nova e de novos desafios que permitem que murche onde está

·       Por vezes há simplesmente uma adaptação tal ao campo que não faz sentido deixar essa nova pátria para voltar a seu país de origem.

Mas aqui não queríamos tratar apenas da saída do missionário, mas da saída ministerial, do completar da obra, seja num certo lugar seja na vida ministerial. Levar o chamado até o fim e poder dizer como Paulo que acabei a carreira e guardei a fé. Olhemos para alguns exemplos de reis no AT que começaram bem mas terminaram mal e tiremos lições disso:

          Saul (Desobediência)
Saul foi o primeiro rei de Israel. Escolhido em tempos de crise e numa hora de aflição. Encaixava perfeitamente na visão que o povo tinha de um rei. Era alto, bonito, poderoso e começou de modo exemplar. Foi cheio do ES e derrotou os amonitas de modo cabal evitando ainda vinganças excessivas que teriam manchado o início de seu reinado. Tinha ainda a grande vantagem de ter o sábio Samuel como conselheiro particular. Mas a verdade é que poucos se lembram de tão belo início tão desastroso foi seu fim. Porque terminou mal?
No caso de Saul a falha foi simples e clara desobediência. I Samuel 15:3 contêm uma ordem clara e específica. Saul inventou, quis “melhorar” a ordem de Deus e caiu da graça perdendo a presença do ES (16:14). No resto de seu reinado há uma sucessão de tolices, invejas, temperamento descontrolado, violência e precipitações que culminam com a consulta de uma feiticeira e um suicídio triste, mas o começo do declínio foi a desobediência.
O Senhor fala. Ele fala claramente. Ele chama, orienta e designa. Nosso chamado é para obedecer e não discutir ou embelezar ou tentar inventar ou melhorar. Gaste tempo ouvindo. Identifique claramente o que Deus lhe pede e obedeça e não correrá o risco de terminar mal.

          Salomão (Métodos e Alianças Humanos)
Quem começou melhor que Salomão? Força e Poder, Riqueza e estabilidade. Recebe a pergunta e a oportunidade que fazem os mitos e as lendas. Ele viveu o sonho da lâmpada de Aladin, na versão perfeita. E passou no teste. Além de tudo o mais que recebeu teve a dádiva de uma sabedoria única. Construiu o templo, expandiu o império, fortaleceu seu povo, levou Israel ao apogeu. Mas na sua morte deixou um povo amargurado, revoltado, dividido e pronto para a separação que seria a semente do exílio. O próprio Senhor se voltou contra ele e anunciou o desastre (I Reis 11). Como foi possível cair tanto?
No caso de Salomão, apesar de toda a sua sabedoria, a queda veio pela utilização de métodos e alianças mundanos. Ele quis seguir os costumes da época e dos povos, casamentos políticos com princesas estrangeiras e a aceitação de suas respectivas práticas religiosas. Essa era a prática de então, era o método mundano. Era assim que se comportavam os reis poderosos do oriente e Salomão aceitou as alianças, entrou de cabeça no método e trouxe para Jerusalém todo tipo de abominação cultual de seu tempo. Permitiu e participou de sacrifícios demoníacos trazendo maldição a sua vida, família e a seu povo e a terra.
Não podemos fazer a obra de Deus com os métodos do mundo. Hoje há muita pressão para o uso do marketing, da psicologia de manipulação de massas, da administração de empresas, publicidade e gestão, no trabalho de Deus. Encontraremos autores devotos sugerindo a adaptação de muita coisa do mundo e nesses escritos domina o pragmatismo, ou seja, a coisa funciona. Logo, se funciona vamos usar...Pode até “funcionar”, mas não é sabedoria de Deus e o levará ao buraco mais cedo ou mais tarde. Não podemos começar na força e sabedoria do ES e depois seguir nas pegadas do mundo e achar que tudo dará certo. Com Salomão não deu.
        Asa (Saúde)

Asa é um rei pouco falado, mas seu reinado começou com um desafio tremendo vindo da Etiópia (II Cro. 14). Asa foi fiel e buscou ao Senhor obtendo uma vitória marcante. De seguida fez uma reforma religiosa memorável em Judá (II Cro. 15) e foi muito abençoado por isso. No fim do seu reinado porém vai fazer aliança com a Síria usando os tesouros do templo recebendo uma repreensão dura do profeta Hanani e perdendo a confiança.
A falha de Asa teve a ver com problemas físicos. Ele ficou doente e em vez de buscar ao Senhor confiou nos médicos e acabou perdendo a sua fé. Ele se deixou encher pelo medo diante da fraqueza física e acabou levando seu reino para uma situação de vassalagem a Síria.
A doença é sempre um desafio. A doença debilitante e a idade avançada podem trazer ao obreiro uma sensação de fraqueza e incapacidade que pode ser usada pelo inimigo para deprimir e trazer amargura. A Tentação para ficar vivendo no passado, nas glórias do ministério anterior, podem fazer desse servo um estorvo em vez de uma bênção. É preciso caráter firmado em Deus para enfrentar mesmo essa fase com alegria e a paz de Cristo. Mas isso é possível e temos visto testemunho de crentes que avançam até o fim da vida de modo alegre e resoluto não deixando de dar graças e servindo de inspiração mesmo na doença ou na velhice.
          Uzias (Orgulho)
Este rei teve o reinado mais longo (52 anos) e de uma prosperidade notável devolvendo a Judá uma riqueza que só fora vivida com Salomão. Será o último rei a ter esse sucesso. Durante a vida de seu maior conselheiro, Zacarias, Uzias foi um rei sábio e excelente administrador levando a terra a se tornar forte e bem gerida (II Cro 26). No entanto ele vai terminar seus dias, isolado da família e amigos, vivendo em total sofrimento devido a lepra. Sua morte marcará uma crise nacional profunda e o inicio do fim de Judá e foi um momento marcante para a vida de Isaías. Como caiu assim?
No caso de Uzias foi o velho e conhecido orgulho. Ele se deixou encher de orgulho por causa do sucesso de seu reinado e resolveu fazer o que não era de sua conta. Quis oferecer incenso no altar (II Cro 26:16) uma prerrogativa dos sacerdotes, e foi atacado por Deus com lepra como punição. Uzias desrespeitou os limites do seu chamado e de seu ministério e isso lhe custou muito caro.
Há líderes que prosperam de modo marcante e vêm seu trabalho abençoado com uma frutificação que não é normal. Por vezes se enchem de orgulho com isso e esquecem seu chamado. Passam a achar que podem fazer de tudo com sucesso e abraçam áreas de ministração que não suas (politica, assistência social, empresas e outras). Na grande maioria dos casos o orgulho se mostra fatal para o ministério. A humildade é sempre o caminho do servo.
          Josias (Guerra errada)
O último bom rei de Israel. Reinou ainda criança, presidiu a uma reforma religiosa baseada na descoberta dos livros da lei que deu a Judá um fôlego de sobrevivência que já parecia impossível (II Cro 34). Foi inspiração para homens como Jeremias e talvez Daniel. A Páscoa que ele dirigiu em Jerusalém foi tal como não se via desde os tempos de Samuel. Seu coração humilde e sua determinação de fazer a vontade de Deus lhe valeram bons anos de paz e bênção.
Mas Josias se envolveu na guerra errada. Não sabemos se ele tinha alguma aliança com o rei da Assíria, mas verdade é que o Faraó Neco se levantou contra a Assíria. Ele ainda mandou mensagem a Josias para que não lutasse (II Cro 35) mas Josias foi teimoso e insistiu. Foi morto e com ele terminou a pequena chance que Judá ainda tinha de sobreviver. Essa guerra não era dele. Não fora chamado a ela, foi avisado para não se envolver, mas não soube ler os sinais e perdeu a vida numa luta que nem era sua.
Há líderes que resolvem usar seus ministérios para lutas que não são suas, que não são o chamado da igreja e se perdem e aos seus nessas lutas. Alguns usam seus púlpitos e trabalho para combater o catolicismo, a maçonaria, a disney ou alguma posição politica. Outros se envolvem em ministérios variados mas que fogem daquilo que a palavra nos mostra como a função principal do pastorado ou do ministério (palavra, oração e aconselhamento/discipulado). Não estamos com isso dizendo que temos que temer ou fugir de guerras ou lutas e nem que devemos aceitar passivamente os erros que encontramos. O que lamentamos é a falta de discernimento que faz de um ministério toda uma plataforma de luta por algo que não é o verdadeiro chamado do Senhor. No caso de Josias foi fatal. Em outros também tem sido.

Lembremos a importância de planear até mesmo a saída do ministério levando em consideração estes pontos essenciais:
·       Defina seu chamado

·       Persevere em obediência nas áreas em que foi chamado

·       Use os métodos de Deus e não do mundo

·       Esteja atento ao orgulho

·       Cuide de sua saúde, mas se adoecer confie no Senhor

·       Discirna o tempo de sair ou de mudar

·       Confie ousadamente em Deus para as mudanças

·       Ore pela bênção de terminar bem

 

MISSÃO ARRISCADA: "Joga o teu pão sobre as águas..."


Atualmente, vivemos num mundo de escolhas múltiplas. Há sempre duas ou mais opções a fazer. Quando se fala sobre uma vida de riscos também há opiniões diferentes. Há aqueles que nos dizem que não é possível viver realmente sem correr riscos. Há outros que dirão que a vida é exatamente uma longa caminhada em que procuramos evitar todos os riscos possíveis. E há as empresas de seguros que se oferecem para nos compensar pelos riscos vividos.

Jesus foi uma daqueles que não temia arriscar. Em sua vida e ministério, Ele fez várias opções que nos deixam perplexos e se revelaram bastante arriscadas. Pensemos nas mais evidentes.

Jesus veio ao mundo abdicando de uma demonstração de poder absoluto como poderíamos esperar do Todo Poderoso criador do universo. Ele veio como um bebê, dependente em tudo de sua mãe. Desde esse momento e ao longo de toda a sua vida, Ele viria a demonstrar uma clara opção pelo caminho do amor. Jesus se recusaria a ganhar os corações através da força, do poder ou do medo. Resistiu às tentações satânicas de andar pelos atalhos da fama e das manifestações maravilhosas para trilhar o caminho da conquista pelo amor. Ao fazê-lo, o mestre correu o tremendo risco de ser rejeitado.

Nossa visão de Deus não aceita facilmente um Deus rejeitável. Teríamos preferido ver mais aparato, mais fogos de artifício, mais músculos. Na verdade, nos identificamos com os judeus que esperavam um messias militar, um conquistador armado, um líder irresistível.

Mas Jesus não foi e não é irresistível. Ele optou pelo amor e este não pode ser forçado, tem que ser doado voluntáriamente. Uma das características mais conhecidas do amor é justamente a possibilidade de ser negado. Durante a vida de Jesus no mundo muitos o rejeitaram e ainda hoje multidões ouvem sua mensagem e tornam as costas. Foi o risco que Ele correu ao optar pelo amor.

Jesus escolheu um ministério que incluía uma grande ênfase social. Os rabis de seu tempo eram essencialmente professores. Jesus era mais que isso, curava os enfermos, expulsava demônios e alimentava multidões. Nunca pareceu confiar que isso fosse resultar em muitas conversões, pois não se deixava enganar pelos entusiasmos passageiros da multidão.

Apesar disso continuou curando, aliviando o sofrimento e alimentando o povo. Ao fazer tal escolha o mestre correu o risco de ver pouco retorno de seus investimentos. Afinal, Ele gastou tanto tempo em curas, exorcismos e atendimentos à multidão, e esta no fim gritou: Crucifica-o!” Para nossas mentes modernas isso parece pouco lucro para tanto investimento.

No Getsemani, Jesus confirmou sua decisão pela cruz porque na verdade não havia outro caminho para a salvação da humanidade. Por mais que a idéia do calvário o atormentasse, Ele avançou para a cruz convicto de que era essa a vontade do Pai. Já avisara seus discípulos que esse seria seu destino, que para isso viera ao mundo. Diante de tantas outras possibilidades que se abriram em seu ministério, Jesus morreu como um criminoso e ao fazê-lo correu o tremendo risco de ser considerado um perdedor.

Ele morreu abandonado, sozinho e vilipendiado por seus acusadores e pela multidão que o aclamara 5 dias antes. Em qualquer avaliação racional foi um enorme fracasso. Tanto talento desperdiçado! Uma vida tão rica, uma mente tão brilhante, um carisma tão especial, morto aos 33 anos de idade como um pária da sociedade.

Depois Jesus ressuscitou, para provar que suas reinvindicações eram reais. Ele era realmente quem dizia ser. Era o Filho de Deus. Era Deus feito homem e vivendo entre nós. Mas, por que não apareceu ao sinédrio? Por que não fez uma visitinha a Pilatos ou a César? Por que o maior milagre de todos, a definitiva prova de sua divindade, foi presenciada apenas por uns poucos e simples seguidores? Por que Ele ascendeu aos céus logo depois? Não poderia ter ministrado até aos 50 ou 70 anos?

Essas perguntas, mais uma vez, trazem dificuldade à nossa capacidade de raciocínio lógico e nos mostram o quanto a fé cristã está longe da razão humana. Jesus ressuscitou, mas logo ascendeu, e ao fazê-lo, nas palavras de Philip Yancey, correu “o terrível risco de ser esquecido”. Deixou o ministério nas mãos de um grupo de pescadores fujões que menos de dois meses antes tinham desertado. Ele deixou a responsabilidade do surgimento da Igreja sobre os ombros dos discípulos, e ao fazê-lo, correu o terrível risco de que falhassem.

Os riscos de Jesus foram especiais porque Ele era especial. Deus sabia que eram riscos necessários. A situação se torna mais complicada quando lembramos que o mestre disse: “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a vós”. Os primeiros discípulos e todos os missionários ao longo da história e em nossos dias aprenderam, por vezes de forma bastante dura, que os riscos que Jesus correu em seu ministério são os que precisamos correr hoje.

Jesus fez a opção pelo caminho do amor. Os missionários também são chamados a fazê-lo e por isso ficam vulneráveis. Sonhamos em ser missionários poderosos, que entram em choque com as trevas, vencendo triunfalmente o mal e salvando etnias inteiras de uma vez, para descobrirmos que lutamos para aprender a fazer as compras diárias numa língua estranha. Somos chamados à encarnação em culturas diferentes das nossas e nos sentimos crianças incapazes de entender os gestos mais simples ou as palavras mais fáceis.

Não é em poder sobrenatural e manifestações vistosas que fomos chamados a ministrar, mas em fraqueza, debilidade, vulnerabilidade. E vivendo em amor, entre povos esquecidos, corremos o risco de sermos rejeitados. Experimentamos, muitas vezes, a ingratidão e traição, além da falta de compreensão. Ouvimos histórias de missionários que deram suas vidas inteiras ministrando para depois serem expulsos, presos, torturados e até mortos. O padrão é conhecido? Sim! Foi o risco que o salvador correu, e que todos os missionários precisarão seguir.

Jesus ministrou socialmente e os missionários são chamados a fazê-lo também. Milhares de obreiros têm gastado suas vidas em escolas, hospitais, orfanatos, dispensários e clínicas apenas para descobrir que correm o mesmo risco que Jesus correu. O risco de verem pouco retorno para seu investimento.

Mas Jesus não ajudou o próximo com intuitos propagandistas. Ele não era proselitista e nunca deixou de fazer o bem porque o retorno era pequeno. Ele ajudava porque era assim sua natureza. O missionário ajuda, cura, trata, alimenta, ensina, auxilia, liberta, porque essa é a essência da vida cristã: o amor a Deus que se manifesta de forma prática em amor ao próximo. Mesmo que haja o risco do baixo retorno, o missionário continua sendo bênção.

Jesus escolheu a cruz e o risco de ser considerado um perdedor e cada missionário que vai para o Campo sabe o que é isso. Quantas carreiras brilhantes deixadas para trás, quantas habilidades artísticas esquecidas, quantos títulos e cursos superiores “enterrados” em áreas remotas, quantos milhões de dólares em salários preteridos. Missões é, por excelência, um “perder a vida” na visão do mundo.

O missionário corre o risco de ser considerado um perdedor pelos que só valorizam o status, a fama e as realizações visíveis. Trabalhando para um Reino que não é deste mundo, o obreiro não tem muito a mostrar aqui na terra, mas acumula tesouros no céu. Sim, correm o risco de serem chamados de perdedores, mas seguem os passos do Mestre.

Jesus subiu ao céu deixando a responsabilidade da Missão com seus discípulos. Correu o risco de ser esquecido e de que seus seguidores falhassem. Os missionários também correm esse risco. Ao treinarem os obreiros da terra, ao passarem o bastão da liderança, e enfim, ao voltarem às suas terras, cansados e entrados em anos, correm o risco de serem esquecidos. Esquecidos pelos de sua terra que se acostumaram a ouvir falar dos obreiros como personagens distantes de um conto meio irreal.

Os missionários regressados são peças raras e, na maioria das vezes, não se sabe onde recolocá-los. Foram esquecidos em sua terra. E esquecidos serão em seu país de adoção, pois o coração humano é pouco propenso à gratidão e esquece com uma rapidez desconcertante.

Assim como Jesus, os missionários correm o risco de que seus discípulos falhem. Os obreiros da terra que foram treinados poderão dar conta do recado? Conseguirão levar o trabalho adiante? A igreja nascente, frágil e pequena, sobreviverá? São essas as angústias que o missionário leva em seu coração e fazem parte do risco de passar adiante. Foi um risco que Jesus correu. Os missionários são chamados a corrê-lo também.

No entanto, nossa meditação não acaba aqui. O tom final tem que ser necessariamente positivo, pois, se os missionários correm o risco de serem rejeitados pelos homens, podem ter a certeza do amor maravilhoso e da graça eterna de nosso salvador.

Se correm o risco de verem pouco retorno terrestre de suas labutas, podem ter a convicção de que o justo galardão os espera no céu e que ainda nesta vida, a providência divina não faltará.

Se correm o risco de serem chamados de perdedores por um mundo calculista, sabem com garantia que para o Pai são filhos queridos e um novo nome celestial os aguarda.

Se correm o risco de serem esquecidos por seus compatriotas e companheiros aqui na terra, têm como seguro que nosso Senhor nunca os deixa e um dia ouvirão de seus lábios : “Bem está servo bom e fiel... entra no gozo de teu Senhor”.


Ser um missionário cristão é viver em paradoxo e transitar em meio a riscos, mas benditos são os riscos que nos aproximam do Senhor. Muito mais arriscado seria correr o risco de nunca O conhecer.

Tio João passou-se!

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Pais e mães honrados!




 
Ser pai e ser mãe foi, durante muito tempo, um dos alvos mais importantes de uma vida. Em muitas culturas, ter um filho definia uma mudança clara de status. Nessas culturas, enquanto não se tinha um filho, a vida não estava completa. Mas nossa sociedade egoísta e narcisista vem mudando isso também. Hoje encontramos muitos casais que apesar de uma vida estável, e recursos abundantes, decidem não ter filhos.

Vivemos o tempo do síndrome de Peter Pan e da Bela Adormecida. Ele não quer crescer, não quer amadurecer. Quer continuar a gastar dinheiro com seus “brinquedos” e continuar a brincar com os colegas. Não deseja responsabilidades e nem cargas para carregar. Filhos seriam um problema. Ela também não quer mudar muito. Ama sua silhueta juvenil, aprecia seu peso atual e não quer mudar de guarda-roupa. Que um castelo encantado e um príncipe charmoso de serviço e ter filhos estragaria quase tudo.

Por outro lado, vemos casais que até vão tendo filhos, cada vez em menor número, mas que querem levar suas vidas exatamente como ela era antes das crianças nascerem. Parece que não entenderam que ser pai e ser mãe traz mudanças, exige sacrifícios, muda prioridades, altera percursos, modifica horários e acrescenta deveres e responsabilidades. A consequência é que temos crianças criadas pelas creches e pela TV. A professora do jardim e a TV são as mestras de boas ou más maneiras e os pais pouco mais fazem que os levar e trazer da escola e providenciar refeições, roupas e canais de TV suficientemente cativantes.

Daí que precisamos urgentemente de pais e mães. Pais e Mães que entendam os filhos como uma dádiva preciosa de Deus. Que olhem para seus filhos como um presente único mas também uma responsabilidade singular. Pais e mães que compreendam que são representantes do Senhor no lar, que servirão de exemplo vivo para seus filhos, do que Deus é e faz. Pais e mães que olhem para a criação de seus filhos como uma das prioridades da vida e como algo de que darão contas a Deus. Que percebam nas vidas de seus filhos a oportunidade maravilhosa de ser bênção especial e única.

O Senhor criou a família com pais e mães. Os filhos, sejam eles crianças, adolescentes ou jovens, precisam de ambos, pais e mães. E o Senhor criou essa família para ser a base da sociedade e a escola maior de formação. Progenitores não são responsáveis apenas pela vida física, mas também pela vida social, psicológica e espiritual de seus filhos. Têm a capacidade e a responsabilidade de dar a seus filhos tudo isso, na dependência de Deus. Pais e mães que o façam serão lembrados com alegria, gratidão e ação de graças. Pais e mães assim serão dignos do mandamento que diz: Honra a teu pai e a tua mãe para se que prolonguem teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
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Como entender o livro sagrado do Islão?  Origem dos costumes e tradições islâmicas. O que o Corão fala sobre os Cristãos?  Quais são os nomes de Deus? Estudo comparativo entre textos da bíblia e do Corão.  Este manual tem servido de apoio e inspiração para muitos que desejam compreender melhor o Islão e entender a cosmovisão muçulmana. LER MAIS

SONHO DE DEMBA (VERSÃO REVISADA)

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