V de RESSURREIÇÃO!

Sou cristão. Admiro a Páscoa (festa judaica) e amo sua história de libertação. Mas, como Cristão, não comemoro a Páscoa, festejo sim, a Ressurreição de Jesus que é o marco maior do Cristianismo. E festejo de modo especial o V de Ressurreição… Atenção! Não é erro gramatical! Ressurreição é essencialmente VITÓRIA e por isso falo do V.

Jesus é o personagem mais incontornável da História. Mesmo o maior céptico terá que admitir que é extraordinário que um homem que viveu numa obscura aldeia, de uma região empobrecida, numa das províncias mais insignificantes do Império Romano há 2 mil anos ainda tenha tantos atractivos em nossa era tecnológica.

Jesus teve um ministério publico de apenas cerca de 3 anos. Limitou-se a uma estreita faixa de território no oriente médio. Não escreveu livros, não dirigiu exércitos, não foi governante, nem artista, nem atleta. Foi um mestre itinerante no seguimento do que era próprio de seu povo e sua cultura. Seus discípulos não eram homens com formação mas simples pescadores e gente do povo. No entanto, ninguém divide mais que Jesus. Ele continua a ser o principal alvo de livros, filmes, peças artísticas e discussões as mais diversas.

O nascimento de Jesus foi único. Suas palavras foram as mais profundas de sempre. Séculos de escrutínio e comentário não esgotaram a análise do que ele disse. Seus milagres foram presenciados e documentados, foram inequívocos e os relatos que deles temos nos foram deixados por testemunhas oculares e não gerações posteriores. Sua morte foi a maior injustiça que o mundo já viu. Mas Ele teve o poder de transformar o símbolo mais abjecto de tortura no maior ícone mundial. O símbolo mais usado e conhecido do planeta.

Porém, é a ressurreição de Jesus que confirma e coroa tudo o que ele disse e fez. As duas teorias mais comuns na negação da ressurreição não suportam uma análise séria dos dados que temos. Uma diz que ele não morreu, a outra que seu corpo foi roubado. Ora, sua morte é mais que evidente. Ele foi submetido aos açoites romanos (que matariam a maioria dos homens) e depois a um esforço violento (transportar a cruz) e a crucificação tendo sido pregado no madeiro. Negar que isto o levou à morte é um ato de vontade e não de raciocínio. Médicos e analistas têm estudado o caso exaustivamente e a conclusão é sempre a mesma: Jesus morreu na cruz!

O furto pelos discípulos foi a teoria inicial daqueles que tinham presenciado sua morte e não podiam negá-la. Mas, os discípulos que tinham fugido covardemente e se escondido durante a crucificação não teriam força para enfrentar a guarda romana. Eles foram os primeiros a duvidar da ressurreição e a questioná-la. Não teriam ousado morrer martirizados por uma farsa. Mais de 500 pessoas viram o Cristo ressurrecto e muitos chegaram a comer com ele. Ninguém roubou o corpo de Jesus e nem Ele ficou num sepulcro escondido em Jerusalém. Naquele domingo, Ele saiu da sepultura vivo outra vez.

A ressurreição fica assim como marco maior do Cristianismo. Nosso Mestre está vivo e seu levantamento da sepultura naquela manhã de domingo foi a vitória plena:

Vitória sobre as forças da natureza.
Ele foi colocado num sepulcro especial fechado com uma rocha que precisava da força de muitos homens para remover. As mulheres sabiam que não poderiam tirá-la e se preocupavam com isso. Mas ao chegarem ao local viram que um terremoto a removera. A ressurreição mostrou uma vez mais a vitória de Jesus sobre a natureza que Ele evidenciou tantas vezes em sua vida em curas e maravilhas.

Vitória sobre os poderes humanos políticos e religiosos.
A poderosa Roma se aliara ao sinédrio na morte de Jesus e na guarda de seu túmulo. A ressurreição mostrou que o Senhor tinha poder sobre todas as forças humanas de sua época. Ele já referira a Pilatos que só não se libertava porque não queria, pois tinha legiões de anjos à sua disposição. Ele provou isso ao sair da sepultura deixando a guarda como que morta.

Vitória sobre a morte. O último inimigo.
O homem não foi feito para morrer e por isso mesmo luta contra a morte que vê como tragédia maior. O pecado trouxe a morte, o medo da morte, o pavor do desconhecido. Jesus trouxe a vida, a garantia da salvação, a tranquilidade na passagem a outra esfera de vida. Ele, o primeiro a ressuscitar plenamente (até então só havia ressuscitação e nova morte posterior) nos garante a nossa ressurreição, destrói o pavor da morte e nos prepara para uma passagem que é descrita na palavra como dormir no Senhor.

Vitória sobre as circunstâncias.
Quando tudo parecia perdido, quando tudo adquirira o mais negro tom e o mais amargo sabor, surge a maior vitória, a maior bênção a maior alegria. Na vitória de Jesus lembramos que em nossas vidas muitas vezes tudo se parece com a sexta-feira da paixão mas nessas ocasiões é bom lembrar que o domingo está chegando. O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã.

Ressurreição para nós é Vitória.
Em minha casa, quando criança, minha mãe sempre nos acordava no domingo de Páscoa com as palavras: "Ele vive!"
Alegre-se comigo meu irmão! ELE VIVE!

Jesus, o Solucionador de Problemas

O homem acordou lentamente, à medida que o sol ia entrando pela janela da humilde casa junto ao Mar da Galiléia.  Sentiu o ar fresco vindo da praia trazendo o cheiro de peixe que os pescadores tinham apanhado de madrugada e a barriga deu sinal.  Sentou-se no velho catre e ainda tonto, percebeu aquele vazio próprio da fome incomodando.

Veio-lhe à mente o dia anterior quando também sentira  fome depois daquela longa caminhada para ir ver o rabi de nazaré. mas o homem era mesmo milagreiro e com 5 pães e 2 peixinhos alimentara uma enorme multidão. Ele também comera. Comera bem e matara a fome. Mas este era outro dia e a fome apertava novamente...

Este episódio, tirado da imaginação, é apesar disso, provável e mesmo garantido.  Aqueles a quem Jesus alimentou voltaram a ter fome no outro dia.  O cego e o leproso curados tiveram que procurar trabalho, porque não podiam mais depender da beneficência pública.  Zaqueu teve que se explicar aos seus superiores, porque já não podia roubar nos impostos e o discípulo zelote teve que lidar com a ira de seus antigos correligionários.  Jesus curava, libertava, alimentava e ensinava.  Nesse ministério resolvia muitos problemas, mas não todos.  Em vários casos, sua atuação levantou outros problemas, como nos casos do moço rico ou de Nicodemos.  Jesus não era, na verdade,  um solucionador de problemas!

Hoje, há uma forte tendência na igreja para apresentar Jesus como aquele que vai resolver todos os nossos problemas.  Há pastores que, na hora do apelo e diante da "necessidade" de verem resultados, fazem qualquer tipo de convite e um dos mais comuns é exatamente esse: _Venha pra Jesus que Ele vai resolver a sua vida!

Quem não quer isso? Quem não tem problemas para serem resolvidos?  Quem não gostaria de ver suas questões tratadas por um passe de mágica? A única dificuldade é que essa mensagem e esse apelo não fazem parte do verdadeiro evangelho, desvia a fé e prejudica a Igreja.

Ver Jesus apenas como um solucionador de problemas coloca o foco da atenção no homem e não em Jesus. Tira a glória do Senhor e dá um valor errado a criatura quando o foco da mensagem da cruz é a graça e o amor do Criador.

Ver Jesus como solucionador de problemas coloca o foco nos problemas e não no pecado que é regra geral a origem deles. fala das consequências (problema) deixando de lado a causa (pecado) e impede uma verdadeira resolução da situação do homem.

Ver Jesus como solucionador de problemas coloca o foco no alivio imediato da crise em vez de enfatizar a salvação eterna.  Um alivio momentaneo pode até ajudar, mas o que o homem precisa é resolver sua questão para a eternidade.

Jesus não se apresentou como o solucionador de problemas. Ele era o Messias de Deus, o enviado com a missão da salvação da humanidade.  Problemas, por mais graves que sejam, são passageiros comparados com a situação do espirito afastado de Deus. 

O foco de Jesus era o homem como um todo, a sua completa restauração ao estado de comunhão com Deus onde então sim, poderia se tratar de problemas de forma séria e profunda e não apenas passageira.  Diante da fratura da alma humana Jesus não receitava ligaduras rápidas, ele propunha a cirurgia radical que resolveria a situação.

Precisamos fugir da visão superficial de Jesus como um mero solucionador de problemas. Devemos evitar a todo custo proclamá-lo como tal.  Nosso ministério (na semelhança do de Cristo) não deve ser voltado apenas para o apagar de incêndios ou resolver crises pontuais. Visamos a alma, e o espirito! Visamos o homem como um todo. Devemos apontar para a renovação do ser por inteiro numa comunhão prática e diária com Deus que leva à maturidade.

Esse cristão maduro terá, no Senhor, a capacidade de lidar com suas dificuldades, mas não como um dependente emocional de soluções rápidas às crises da vida.

MINHA PRINCESINHA QUERIDA!

Nosso filhos crescem rapidamente e enquanto temos tempo devemos compartilhar nossos sentimentos. Compus este poema durante os muitos dias chuvosos em que fui buscar minha filha à escola e podia ver sua alegria, pulando e brincando com as amiguinhas. Também sempre me emociona ver sua alegria quando nos reencontramos ao fim do dia. Esta é uma singela homenagem à minha princesinha loira.

LER POEMA

Matando Missionários

A noticia triste chegou às igrejas provocando surpresa e alguma revolta. A familia missionária inteira tinha se perdido. Mortos sem apelação, em pleno campo de atividade.  Depois de anos de trabalho árduo e dedicado, morriam para a obra sem deixar sucessores. Logo surgiram várias vozes reclamando de tal situação. Como aceitar a eliminação de uma família tão valiosa? Como substitui-los depois de tão grande perda? Como encontrar os culpados? As respostas eram poucas. Só o que se sabia e era fato consumado é que alguém tinha matado os missionários...

Este episódio não se refere a nenhuma familia missionária particular e ao mesmo tempo a várias. Não estou falando de nenhum atentado perpetrado por um fanático religioso. Tampouco falo da morte fisica de missionários no campo. Estou falando da perda de obreiros para a obra. De familias inteiras que seguiram um dia para o campo cheios de expectativas e por vários motivos foram na prática, mortos no trabalho. Falo de obreiros que voltam ao seu país de origem para desaparecer da história de missões e por vezes até da vidas das igrejas. Alguém está matando missionários...

Quem está matando os missionários? Os culpados são membros de igrejas, alguns são até líderes em suas denominações. São igrejas e crentes que matam missionários por suas atitudes, desinteresse e falta de amor cristão. Eis algumas das armas usadas em tais assassinatos:

1) Sustento Inadequado ou Atrasado
A Bíblia é clara, desde o Antigo Testamento, ao falar da honra devida aos obreiros e de seu salário correto. Os sacerdotes tinham sido protegidos com leis que lhes permitissem uma vida condigna já que se dedicavam á obra do Senhor. No Novo Testamento novamente há várias menções disso. A Igreja devia cuidar de seus pastores e missionários. Apesar disso ainda há hoje na igreja aqueles que desprezam o trabalho no ministério e que entendem que pastor e missionário tem mesmo é que ser pobre e passar necessidade.

Se um missionário chegar a uma igreja vestindo uma roupa melhor é escândalo. Onde já se viu um obreiro bem vestido? Como é que seus filhos têm tênis de marca? Obreiros têm que aparecer com roupa usada, gasta, remendada talvez, mas limpinha. Essa mentalidade mata missionários!

Muitos obreiros têm sofrido porque suas igrejas não levantam um sustento condigno. Gostam de dizer que o missionário deve viver pela fé. Mas o que a palavra diz é que o justo viverá da fé. Não é só o missionário. O estimado irmão que despreza o ministério também quer ser chamado de justo? Então também deve viver da fé.

O missionário pode viver com salário abaixo do minimo, pode se sustentar como der, pode criar os filhos em condições dificeis, pode receber o salário sempre atrasado.  Essa atitude mata missionários porque lhes tira as condições de concentração no trabalho. Você conseguiria se dedicar ao seu trabalho se tivesse dúvida sobre se a familia vai ou não comer no fim de semana? Já ouvi muita gente criticar pastores e missionários por perderem os filhos para o mundo. Estou certo de que esses líderes terão suas responsabilidades. Mas não esqueçamos que em muitos desses casos esses filhos se perderam porque igrejas e crentes mesquinhos não deram sustento condigno aos obreiros levando a que seus filhos crescessem revoltados. Estão matando missionários...

Hoje há muita preocupação quanto à aposentadoria. Quem tem posssibilidade faz uma aposentadoria privada para segurar o futuro. Mas ainda existem obreiros, pastores e missionários que nem a aposentadoria normal tem. Conhecemos muitos casos de servos de Deus que, por culpa de suas igrejas, vivem hoje em grande aperto, numa velhice dificultada por falta de visão e amor cristão. Estão matando missionários!

Já vi com meus olhos a atitude de muitos na hora de dar um presente ao missionário. Roupa usada, sabonete de terceira qualidade e pasta de dente de marca desconhecida. E ainda acham que estão fazendo muito! E ainda acham que o missionário deveria ficar muito feliz!?  Esse tipo de mentalidade está realmente matando missionários!

2) Exigência Inadequada de Resultados
Se há uma coisa que mata é a comparação injusta. Desde sempre que aprendemos a cobrar resultados humanos de um trabalho que é Divino, resultados materiais de um trabalho que é espiritual. Comparamos missionários pelos resultados em termos de batismo, convertidos, número de membros de suas igrejas, trabalhos novos implantados. Há relatórios que são exigidos e que se baseiam unicamente em números. Isso tem matado muitos missionários.

Precisamos entender que cada campo é uma realidade própria. Cada obreiro tem seu perfil e temperamento. Comparar um obreiro que trabalha com povos animistas já devidamente evangelizados com outro que faz trabalho pioneiro entre muçulmanos é forçar uma situação não apenas injusta mas irracional. Há campos que estão maduros em termos de evangelização e outros onde ainda se estão tirando pedras.

Durante décadas houve trabalho missionário na região leste da Guiné-Bissau, com resultado aparentemente nulo. Os povos muçulmanos ali não se convertiam. As missionárias que ali ministravam davam testemunho exemplar e choravam diante do trono de Deus por almas. Mas nada viram... Quando chegamos lá e pudemos ter a alegria de plantar uma igreja em apenas 5 anos, não foi porque fossemos melhores, mas porque um trabalho fundamental fora feito. Paulo plantou, Apolo regou e Deus deu o crescimento (I Corintios 3:6).

Boa parte do trabalho espiritual de um missionário e pastor passa por coisas que não têm medida, como a oração, o jejum, meditação na palavra, testemunho de vida e de familia. Devemos aprender a respeitar os servos fiéis que pagam o preço da perseverança para ver alguns resultados. Paulo plantou muitas igrejas, mas em Atenas a hora não era chegada e alí ele não deixou igreja e teve aparentemente pouco sucesso. Vamos deixar de lado as comparações, as exigências inadequadas. Há que avaliar os obreiros sim mas isso requer mais que números em um formulário. Pelo bem dos campos e da obra deixemos de comparações, deixemos de matar missionários.

3) Férias Exaustivas
Todo mundo gosta de férias. Durante as quais descansamos, nos distraimos, conhecemos outras realidades ou simplesmente fazemos aquilo que mais gostamos, além de dormir mais que o habitual. Todo mundo sonha com as férias. O missionário por outro lado sonha com o fim das férias!!  Conheci mesmo missionários que ficavam em verdadeira crise de nervos quando as férias se aproximavam.

Férias para o missionário é sinônimo de trabalho dobrado, viagens desgastantes, noites mal dormidas, inquéritos intermináveis e separação familiar. Os missionários são, em regra, submetidos a um programa inclemente de promoção missionária em que viajam para lugares desconhecidos, ficam em casas de pessoas desconhecidas para falar em igrejas que muitas vezes nada sabem deles e onde alguns pastores nem estão muito interessados num missionário que poderá desviar as ofertas que ele precisa para a construção do novo templo.

Posso parecer um pouco cáustico nessa descrição, mas acredite, sei de primeira mão do que estou falando. Tive muitas férias assim... É verdade que encontramos famílias maravilhosas e casas que nos recebem como principes. É verdade que há igrejas interessadas e pastores que amam a obra. Mas é verdade também que nas férias o missionário fica longe da familia, dorme cada noite num lugar diferente e enfrenta auditórios diferentes seguidas vezes, para falar sempre a mesma coisa. No fim, está esgotado e aí é hora de voltar ao campo e trabalhar duro, pois afinal acabou de ter seu tempo de férias... Depois de alguns anos deste regime ainda se admiram com a afirmação que estão matando missionários.

Soluções:
Não quero terminar esta reflexão com nota negativa. Podemos e devemos salvar nossos missionáriuos dessas armas de exterminação de obreiros. Nem será assim tão dificil.

De que precisamos para mudar esta triste realidade?
»1º de salários dignos desse nome, que permita aos missionários se concentrarem na obra em vez de no sustento, que cheguem a tempo e horas e que se façam acompanhar de algum incentivo ocasional;
» 2º de avaliações mais condizentes com a missiologia, que deixem de lado comparações numéricas, respeitando a realidade de cada missionário e mais baseadas em vida e testemunho que em estatisticas;
» 3º de férias de verdade, onde o obreiro tem tempo com a familia para descansar, relaxar e recarregar as baterias. Que a promoção fique para outra época, dentro do tempo de trabalho do obreiro porque é na verdade trabalho e do pesado.

Que estas idéias possam auxiliar nossas igrejas, obreiros e líderes a rever certos conceitos porque na verdade está na hora de parar de matar missionários.

EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Café com bolo de micro-ondas

Obrigado, Léo,  pelo lindo presente em forma de artigo. 
Nos emocionou e animou, pois amizade sincera é coisa rara hoje em dia. Valeu! Que Deus te abençoe e ilumine teus passos por onde quer que andares.
Leiam este  artigo publicado por nosso amigo Leonardo G. Martins.
EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ: Café com bolo de micro-ondas

Amnésia Espiritual

Naquela manhã vovô acordou estranho.  Não sabia onde estava, não sabia quem nós eramos, não sabia que idade tinha ou em que ano estávamos. Vovô estava com amnésia pós-traumática.  Acabáramos de viver o terremoto do 1º de janeiro de 1980, de 9 graus de intensidade, que devastou a Ilha Terceira nos Açores e meu avô Edmundo Venturini vira a destruição maciça que afetara a ilha . Ficou tão chocado com a tragédia que reagiu com uma amnésia que graças a Deus foi apenas temporária. Uma semana depois ele já voltara ao normal. Mas aqueles dias foram suficientes para perceber como é trágico esquecer.
A Amnésia é um quadro patológico, uma doença. Esquecer é normal, mas só até certo ponto. Todos nos preocupamos quando a idade vai avançando e começamos a esquecer as coisas, porque pode ser sinal de deterioração das funções cognitivas e isso assusta. Mas em termos espirituais temos sofrido de amnésia individual e coletiva e o esquecimento espiritual não é menos grave que o cognitivo. Vejamos algumas áreas em que temos apresentado avançados sinais de amnésia espiritual:

1) Esquecendo as bênçãos
Este tem sido um dos pontos em que nossa amnésia tem sido mais flagrante: o esquecimento das bênçãos de Deus. Basta surgir um problema no horizonte e logo toda a memória das bençãos passadas é varrida de nossas mentes. Parece que cada nova dificuldade tem a capacidade de nos fazer esquecer de todas as vezes que o Senhor nos livrou.

Uma das principais razões pelas quais o Senhor estabeleceu as festas para Israel nos livros da lei era para que o povo pudesse se lembrar periódicamente das bençãos e vitórias do passado. Quando Jeosafá ficou paralizado diante da enormidade das tropas que vinham atacá-lo recobrou forças orando e lembrando das vitórias antigas (II Cronicas 20:5 a 12). Quando Elias fugiu de Jezabel em depressão julgando-se o último crente o Senhor mandou que regressase pelo seu caminho porque isso traria á sua mente as conquistas do passado recente (I Reis 19:15). O salmista vez por outra faz menção da necessidade de lembrar das maravilhas de Deus (Por ex. 78:35 e105:5).

O Apóstolo Paulo instigou os crentes a dar graças em tudo (I Tessalonicenses 5:18) porque isso agrada ao Senhor. Esquecer as bençãos traz grande prejuizo para a vida espiritual e precipita a noite da alma. Lembrar de como o Senhor tem sido bom, por outro lado, consola, fortalece e dá ânimo para continuar. Precisamos vencer essa amnésia e viver na alegria da recordação de como o Senhor nos tem abençoado, livrado e guiado. Ebenezer, até aqui nos ajudou o Senhor.

2) Esquecendo os Mandamentos
Cada vez mais pretendemos deixar de lados os mandamentos do Senhor. Gostamos de referir que vivemos debaixo da graça não da lei e que por isso os mandamentos não nos tocam. Mas a verdade não é bem essa. O Senhor foi bastante claro ao dizer que "aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama, e aquele que me ama será amado de meu Pai e eu também amarei e me manifestarei a ele" João 14:21. Ou seja, a manifestação clara de Deus e Jesus nas vidas dos discipulos está vinculada à sua lembrança e consequente obediência dos mandamentos.

O Senhor não aboliu a lei no sentido que a tornou desnecessária. A lei continua sendo básica. O cristão sabe no entanto que a lei não salva e não deve ser o seu peso que nos motiva e sim a gratidão, o louvor e a vontade de servir o Mestre. Mas a lei de Deus continua presente e eficaz. Se os homens cumprissem os 10 mandamentos por exemplo, teriamos resolvidos mais de 90% dos problemas da humanidade.

Fala-se muito entre os crentes sobre a dificuldade em conhecer a vontade de Deus como se ela fosse um mistério dificílimo. Ora, o segredo está no ensino de Jesus. Se queremos conhecer a vontade de Deus, ou seja, se queremos que ELE se manifeste claramente a nós, temos que obedecer seus mandamentos. Na Palavra temos 90% daquilo que Deus quer para nossas vidas. Se conhecermos e vivermos tudo isso o que falta nos será revelado sem dificuldade. O complicado é querermos viver pela nossa cabeça e depois querer que o Senhor se revele na hora em que precisamos.

Devemos resgatar os mandamentos. Não quero dizer com isso que vamos passar a reler Levítico para cumprir as regras do tabernáculo. Estou falando do ensino claro do Mestre, de suas orientações para a vida como as do Sermão do Monte. Ali não temos apenas beleza e profundidade, temos prática para a vida do crente. Temos manifestado crescente amnésia no que diz respeito a esses mandamentos e depois não sabemos porque andamos meio perdidos. O Senhor disse para não julgarmos e nós jugamos; Ele disse para não tomarmos vingança e nós planejamos retaliações; Ele abominou o divórcio e nós achamos que é prática normal; Ele condenou a luxúria e nós o chamamos de mal menor... etc. Que amnésia terrivel! Só pode dar em confusão.

A vida cristã existe numa dinâmica de fé e obediência. São as duas pernas sobre as quais andamos. Cremos e obedecemos. Como no velho e sábio hino "Crêr e Observar tudo quanto ordenar, o fiel obedece ao que Cristo mandar".

3) Esquecendo o Testemunho
Hoje somos capazes de discursar por horas sobre vários assuntos. Futebol, Politica, Moda, Televisão, Cinema, Vida de gente "famosa", crises internacionais, catástrofes naturais. Mas quando o assunto é Jesus parece que nossa bagagem acaba. Ficamos mudos, envergonhados, embaraçados. Sofremos de uma grande amnésia no que toca ao testemunho.

Jesus chamou-nos para uma manifestação clara de fé. Enviou-nos como testemunhas do que vivemos com Ele (Atos 1:8). Talvez tenhamos vivido tão pouco com Ele e por isso temos pouco a falar dEle. Ele disse claramente que quem o confessase diante dos homens teria seu galardão na confissão do próprio Cristo diante de Deus (Mateus 10: 32). O contrário também seria verdade.

Pedro instou os crentes a estarem preparados para a todo momento responder sobre a razão da esperança que há em nós (I Pedro 3:15). Os crentes de Antioquia foram os primeiros a ser chamados de Cristãos exatamente por seu testemunho (Atos 11: 20 e 26). Se nós fossemos os crentes de Antioquia como ficaria conhecida a Igreja de Cristo? Igreja Internacional da Neutralidade? Igreja Mundial do Bom Senso? Igreja da Tolerância Total?

O testemunho de Jesus só pode fluir normalmente quando vivemos com Ele. O discípulo não consegue evitar falar do Mestre. Não é algo piegas, ou desagradavel. Trata-se de Vida. É o testemunho de algo que mudou nossa vida. Quando ouço certas pessoas falando de um tipo de dieta ou de uma nova forma de meditação como tendo alterado suas existências fico me perguntando onde está o testemunho Cristão. Vivamos com o Senhor. Deixemos seu amor e sua graça inundar nossos dias e então deixaremos de lado esta amnésia de testemunho.

4) Esquecendo da Honra
O último tipo de amnésia que quero mencionar é a amnésia da honra devida. A Igreja tem sido ingrata e mostrado rápido esquecimento daqueles que a servem fielmente. É triste verificar que muitas vezes no mundo, em empresas ou trabalhos seculares, há mais reconhecimento pelo serviço prestado do que em muitas congregações. Vemos isso nas vidas de pastores idosos esquecidos, missionários abandonados e líderes deixados de lado após sua força para o trabalho diminuir.

Mas a Palavra declara que devemos a "quem honra, honra" (Romanos 13:7). Paulo dizia aos Tessalonicenses para que "acatassem com apreço os que trabalaham entrevós e os que presidem e vos admoestam e os tenhais com amor em máxima consideração por causa do trabalho que realizam" (I Tessalonicenses 5:12 e 13) e em Hebreus lemos "obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles" (13:17).

Nossa amnésia tem se mostrado nos salários tristes de alguns pastores, na aposentadoria miserável de outros, no abandono de obreiros que serviram em campos distantes das igrejas das capitais em lugares dificeis na pátria e no mundo e que após se gastarem na obra vivem no esquecimento sem que se saiba de suas vitórias e lutas ou se mostre honra ao seu labutar.
Vencer esse esquecimento está em nosso poder. Honrar a quem merece é um principio cristão que ficou estabelecido em muitas culturas ocidentais. Não deixemos nós, a Igreja de Jesus, de o fazer valer.

Conclusão:
Amnésia é doença que tem tratamento. Suas consequências podem ser trágicas e por isso o tratamento é intensivo. Podemos e devemos estar atentos aos pontso de amnésia espiritual combatendo o mal na sua raiz. Sejamos agradecidos ao Senhor e recordemos suas bençãos, Lembremos e obedeçamos a seus mandamentos, vivamos com Ele nosso dia a dia de tal modo que nosso testemunho flua e honremos aqueles que tem trabalhado pela causa em nosso meio de modo digno. Assim fazendo alegraremos o coração do Senhor.

O SERMÃO QUE PRECISAMOS!

Ouço falar de crise ministerial, mas o que vejo é um aumento do número de pastores nos bancos das igrejas. Antigamente eram comuns casos em que um pastor tinha que dar assistência a várias igrejas. Hoje vemos uma igreja com vários pastores assistindo ao culto. E não estou falando de pastores aposentados, que já fizeram seu trabalho e agora descansam de um ministério abençoado. Falo de jovens pastores, de homens ainda na flor da idade que se acumulam em igrejas quando há falta de líderes em outros lados.

Com a inflação de pastores veio a necessidade de agradar. Quando o individuo tem a oportunidade de pregar tem que aproveitar bem a chance. Tem que agradar o auditório ou fica sem hipotese de voltar. Temos assim uma crescente tendência para ouvir discursos que divertem e agradam. Devem ser curtos (para não cansar), alegres (para não deixar o povo em baixo), motivadores (para preparar a semana) e agradaveis . Mas serão esses os sermões que precisamos? O que tem faltado em nossos púlpitos? Reflitamos um pouco nas caracteristicas do sermão que precisamos:

1)Bíblico
O sermão que precisamos tem que ser baseado na revelação escrita de Deus. A tendência moderna é fazer discursos de auto ajuda, baseados em ciências humanas, citando autores e filósofos atuais, sugerindo técnicas psicológicas recentes e deixando de lado a Palavra. O texto bíblico é citado como "desculpa" ou apenas para concordar com os pontos do pregador, mas um estudo sério e sistemático da Bíblia não é feito.

Precisamos voltar à Palavra. É ela que traz vida, que transforma, que regenera. A fé vem pelo ouvir da Palavra e não outras coisas. Paulo já enfatizava a necessidade de fugir de argumentações meramente humanas e se concentrar na cruz, no evangelho. Precisamos regressar as palavras do Mestre, à segurança de Jesus.  Ele não fazia sugestões, não fazia especulações ou propostas. Fazia afirmações eternas começando com "Na verdade vos digo..."

O sermão que precisamos tem que ser retirado da palavra porque sua verdade é eterna e eficaz. Não podemos usar a Bíblia para defender nossos pontos de vista. Isso é o que fazem os criadores de heresias. Temos que estudar a Palavra, ir fundo nela, meditar sobre seus conceitos, principios, ensinos e exemplos e tirar então as lições que vivificam. O pregador deve sempre se arguir: Esta mensagem é realmente bíblica ou a tirei de meus próprios pensamentos e idéias? Lembremos de algo fundamental:  a Palavra de Deus (contrastando com outros tratados religiosos) não apenas nos ensina sobre a verdade mas nos capacita para vivê-la.

2) Inspirado
O sermão que precisamos é fruto de um tempo de comunhão com o Pai. Vem do céu para o povo de Deus. Surge da meditação na palavra e na situação da igreja. O pregador tem que conhecer o texto biblico e a situação de seus ouvintes. Nesse contexo, e em oração e busca, o Senhor revela o que tem para seu povo. Esse sermão é inspirado e eficaz.

Preocupa-nos ver jovens pregadores ansiosos sobre o que pregar, procurando estudos na internet, questionando como é possível ter sempre mensagens novas. Aquele que medita na palavra tem sempre novidade do Senhor.  A riqueza da Bíblia é inesgotável. Mas a procura tem que ser no lugar certo. Não é possível pregar o sermão de outro. Para ser válido, tem que primeiramente ser próprio do pregador, ser parte de sua vivência com Deus. Pode até acontecer de ouvir outro pregar e então me apropriar das verdades citadas a ponto de vivê-las e então pregar sobre isso. Mas nesse caso, o sermão não é plágio, é apenas comunhão de experiências com Deus.

Sermões inspirados são aqueles que falam ao povo. Que no seu término nos dão a sensação de que estivemos realmente em contato com o céu. Suas palavras, apesar de humanas, vão além do escopo da carne e entram na realidade do Espirito e então sim, temos sermões que fazem a diferença nas vidas.

3) Relevante
O sermão que precisamos tem que ser atual, relevante aos ouvintes. Podemos pregar a Bíblia, mas por vezes o fazemos de modo tão desligado da realidade dos ouvintes que aquilo que falamos nada representa para eles. De que serve ouvir e conhecer profundamente sobre a realidade e gente que viveu a milênios se isso nada me diz? Para que gastar espaço em meu cerebro com informação sobre acontecimentos de séculos atrás se isso não vai me ajudar hoje?

Há que perguntar: como vivem os ouvintes? O que marca suas vidas? Que aspectos são importantes em sua realidade? Quais suas perguntas? Quais seus dilemas? O sermão de algum modo responde a uma pergunta,  mas que pergunta?  Se me dou ao trabalho de responder a uma pergunta que não estão fazendo, estou na verdade perdendo meu tempo.

Isso significa que além de gastar tempo com a palavra, o pregador precisa gastar tempo com as ovelhas. Saber que tipo de situações estão dominando seus dias e ocupando suas noites. Conhecer os problemas, dilemas, questões. Só assim o estudo da Bíblia lhe trará as respostas que o povo precisa e quando respondemos as perguntas que estão sendo feitas o rebanho quer ouvir, quer saber, pede mais.

4) Prático
Muitas vezes ouço um bom sermão, na medida em que foi um bom discurso.  Foi bíblico e parece inspirado. O pregador falou de coração, mostrou vivência do que proclamou e até procurou falar aos problemas dos ouvintes. Mas quando o sermão acaba fica aquela pergunta desagradavel: e agora? O que faço com tudo isso? Como aproveito esse ensino? Como o posso usar para de modo direto ajudar em meus problemas?

Imagine que vai ao médico. Ele o observa, faz as peguntas certas e no fim lhe dá o diagnóstico seguro. O que você tem é isso! Ótimo, e agora?  Agora vai para casa e medita nisso, pensa em sua situação e reflete sobre seu diagnóstico... O que você diria? Que médico mais maluco! Onde já se viu diagnosticar e não prescrever?  O que queremos é uma receita. O que precisamos é saber como tratar da doença. De nada me serve um diagnóstico sem a cura.

Há sermões assim. Dão o diagnóstico correto, mas não falam da cura, não apresentam uma solução viável e o crente sai frustrado convicto de que há um problema mas sem saber como resolvê-lo. Ora o sermão que precisamos tem que ser prático. Tem que dizer o que fazer. O ouvinte atento deveria saber dizer na saída do culto exatamente o que pode e deve fazer com tudo o que ouviu.

Concluindo:
O sermão que precisamos mais que entreter deve nos comover, mais que informar deve nos transformar, mais que motivar deve nos regenerar. Não deve ser passatempo ou obrigação religiosa. Não é diversão ou palco para divulgação pessoal. O sermão que precisamos vem de Deus, para nossas necessidades, orienta, guia, exorta, aconselha, consola e até motiva. Trás-nos mais perto de Deus, leva-nos a um maior envolvimento com o Senhor pede uma mudança de atitude para mais perto daquilo que devemos ser e mostra de modo prático como obter tudo isso. Que o Senhor inspire seus servos a pregarem mais sermões desses para o bem de seu povo.

OSCAR 2010...HOLLYWOOD X BÍBLIA

Com a aproximação da entrega anual dos prémios Oscar de cinema, a mídia vai nos enchendo cada vez mais de noticias sobre os filmes, os atores, as atrizes, os realizadores e suas vidas. Se porventura não vimos os respectivos filmes que concorrem aos prémios nos sentimos meio deslocados, ou mesmo fora do mundo. Você ainda não viu o filme tal?... Imagine que falta de atualidade!

Essa questão não é tão lúdica como poderia parecer a principio. Essa industria é chamada de entretenimento mas a muito que deixou de ser algo que ocupava apenas os tempos livres. O cinema e a TV moldaram as novas gerações e ditam as regras para a vida moderna alterando tradições e modificando a cultura. Hollywood emite opiniões sobre todos os assuntos da vida desde o que comer, o que vestir a como ver a vida, com quem se relacionar e como. O cinema e a TV se auto proclamaram detentores da verdade. "Se está na tela então deve ser verdade!" E nesse intervalo nossa sociedade se degenerou e perdeu conceitos como honra, dignidade e valor.

Para o Cristão nada deve escapar ao crivo da Palavra Sagrada que cremos ter sido enviada por Deus. Cremos que a Biblia foi inspirada por Deus a homens escolhidos e que desse modo temos acesso à revelação da vontade do Senhor para a nossa vida e para a vida na terra de um modo geral. Devemos por isso confrontar tudo com a palavra e verificar a validade daquilo que se diz e ensina. Vejamos então o que diz Hollywood em comparação com o que diz a Biblia:

1) CREIA EM SI MESMO!
Filmes e desenhos animados bombardeiam as mentes a todo momento com  essa mensagem simples e  inocente, mas  perigosa de que o homem deve ser auto suficiente: "Creia em você mesmo", "escute seu coração" , "Olhe para dentro de si e encontrará o que precisa". O refrão se repete tanto que passou para músicas populares, dizeres em camisetas e publicidade. A mensagem é antiga. A serpente já a usou no jardim há muito tempo procurando dizer ao homem que não precisa de Deus, que se basta sozinho, que só precisa de ter um pouco mais de auto confiança e tudo dará certo. "Seja forte, creia em seu potencial, siga seu coração e tudo vai dar certo". Será? A geração que cresceu ouvindo isso e pondo isso em prática nos levou onde estamos hoje, num mundo cada vez mais egoista e sem sentido.

Em contrapartida a Bíblia diz "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa" Atos 16:31. Em vez de olhar para dentro o salmista dizia que "elevo os meus olhos para os montes... o meu socorro vem do Senhor que criou os céus e a terra" Salmo 121: 1 e 2. Cuidado com o coração porque " enganoso é o coração mais que todas as coisas e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jeremias 17:9. "O que confia no seu próprio coração é insensato" Provérbios 28:26, porque " o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor" Provérbios 16:1. Por isso a palavra instrui a buscar a Deus. "Faze-me Senhor conhecer teus caminhos, ensina-me tuas verdades. Guia-me na tua verdade e ensina-me..." Salmo 25:5. E isso acontece por meio do conhecimento da própria Palavra porque "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho" Salmo 119:105.

Avaliamos o valor de um caminho pelo destino a que nos leva. O caminho proposto por hollywood tem levado a uma geração deprimida, sem verdadeira auto estima, sem razão de viver, viciada em todo tipo de prazer e sem direção. A Palavra de Deus por outro lado, continua sendo fonte de segurança e direção para milhões porque é em Jesus que temos salvação e na Bíblia que temos edificação.

2) O SEXO É O PRINCIPAL ALVO DA VIDA!

Segundo Hollywood o sexo é a principal razão para a vida humana. Os personagens dos filmes vivem para o sexo. Ele é visto como elixir da eterna juventude e é sempre bom desde que os dois participantes consintam. O sexo fora do casamento é apresentado como perfeitamente normal e na maioria dos casos mais satisfatório que o que existe dentro do casamento. Nesse sentido a fornicação e o adultério são perfeitamente normais. A condizer com essa mensagem muitos dos atores e atrizes vivem licensiosamente trocando de parceiro com frequência o que é visto como saudável e exótico, leia-se desejável.

A visão bíblica é radicalmente oposta. Segundo a palavra Deus criou o homem e a mulher bem como o sexo para dentro do casamento, por isso "deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne" Genesis 2:24. Na Igreja primitiva o casamento e o sexo no casamento eram valorizados tanto que " digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula pois Deus julgará os impuros e adulteros" Hebreus 13:4. Logo o homem é instado a não adulterar nos 10 mandamentos ("Não Adulterarás" Êxodo 20:14).  Paulo lembra que " qualquer outro pecado que uma pessoa cometa é fora do corpo mas aquele que pratica a prostituição peca contra o próprio corpo" I Corintios 6:18. E o apóstolo escreveu isso a uma igreja que ficava numa das cidades mais licensiosas da história humana.

A Bíblia incentiva a que o homem seja fiel e goze a vida dentro da fidelidade. "Alegra-te na mulher da tua mocidade... saciem-te os seus seios em todo tempo e embriaga-te sempre com as suas caricias" Provérbios 5:18 e 19. Os próprios estudos realizados entre a população revelaram que as pessoas mais realizadas no campo sexual não são os solteiros que vivem em aventuras sexuais, mas os bem casados. Num estudo realizado com milhares de casais os niveis mais altos de satisfação foram encontrados em mulheres casadas que eram religiosas. Isso não deveria surpreender porque, na verdade, a relação fisica é muito mais completa quando existe ligação real na alma e no espirito.  A Bíblia rebate Hollywood e sai ganhando sempre!

3)DIVÓRCIO É NORMAL E MESMO DESEJÁVEL!
Um dos maiores responsáveis pela destruição dos casamentos e das familias tem sido a midia. O cinema e a TV mostram uma fantasia corrupta a respeito do divórcio. Apresentam o casamento como o fim do divertimento e a vida conjugal como uma prisão. Milhões tem sido levados ao divórcio por verem nas telas os seus personagens favoritos fazendo isso e se dando muito bem. Os seriados gostam de mostrar mulheres casadas como escravas domésticas sem prazer e sem alegria. Que grande mentira do inimigo do homem que Hollywood continua pintando com cores maravilhosas.

A verdade prática está, no entanto, com a palavra de Deus que diz "o que Deus ajuntou não o separe o homem" Mateus 19:6 porque " o Senhor odeia o divórcio" Malaquias 2:16. Com isso não estamos sendo legalistas e afirmando que nenhum divórcio tem base para acontecer. Há situações de violência e degradação em que o divórcio pode ser necessário. Mas essa é a exceção que confirma a regra. Na prática a esmagadora maioria dos divórcios surge por causa do que Jesus chamava a "dureza dos corações".

Como médico e como pastor sei os efeitos nocivos de um divórcio na vida do homem e da mulher, para não falar da desgraça que isso representa para os filhos. A mentira de Hollywood é perniciosa e maligna, pois milhões que a aceitaram provaram que, na verdade, não passava de ilusão. A Bíblia é clara e o homem deve aprender a seguir as instruções do Criador. O casamento precisa ser encarado com mais seriedade porque é sagrado. Dentro do casamento o homem e a mulher podem encontrar a relação mais bela e satisfatória da vida. Defendamos esse valor e combatamos o mal.

LER MAIS:

A agenda de hollywood continua moldando muitos de nossos pensamentos, senão pense:
-ROUBAR É GLAMOROSO?
-MENTIR É PROVEITOSO?
-O HOMOSEXUALISMO É SINAL DE MODERNIDADE?
-VENCER É TUDO?  ODEIO OS FALHADOS?

Responda:
Sente-se influenciado pelo que vê nos filmes e séries televisivas?
Conhece alguém viciado em TV? 
Consegue controlar o que vê na telinha? 
Como avalia seus conceitos de vida?
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