Há propósito no Sofrimento?


Todos apreciamos uma borboleta. Sobretudo as borboletas grandes e bonitas. Algumas mariposas também se tornam muito belas como as da espécie Cecropia, sobretudo a Hyalophora Cecropia. É a maior das mariposas do hemisfério Norte e quando adulta tem asas belíssimas.

Mas como todas as borboletas e mariposas antes de ter asas passa por uma fase de larva em que é um inseto feio rastejante que causa até certa repulsa. Foi criada para ter asas e voar mas inicialmente se arrasta como lagarta e se enrola num casulo onde sobre muito até sua metamorfose se completar. Por vezes acontece de alguém assistir a sua luta no casulo. Percebe toda a dor da transformação, sofre com a dificuldade da lagarta ali fechada e tenta ajudar. Tenta aliviar o sofrimento e dá “uma mãozinha” no processo com ligeiros cortes que facilitem a vida da lagarta. Sabe o que acontece? Se isso for feito as asas não se chegaram a formar e a lagarta sai do casulo com asas disformes que não se abrem e é condenada a se arrastar o resto de sua vida.

Nós fugimos de todo tipo de sofrimento. Criamos analgésicos para as dores físicas e ansiolíticos e antidepressivos para as dores psicológicas porque não queremos lidar com nenhum tipo de dor que possamos evitar. Criamos mesmo toda uma larga indústria de entretenimento onde milhões se perdem por dia evitando enfrentar a realidade de suas vidas e dificuldades. E o resultado? Muita gente rastejando a vida toda. As lutas, dificuldades e sofrimentos podiam e deviam ter-nos ajudado a abrir asas, mas interrompemos o processo e não crescemos. Mas há propósitos para as dificuldades e eles podem ser bênção para nossas vidas. Notemos biblicamente alguns dos mais notórios:
Poda
Jesus falou acerca disto claramente a seus discípulos quando disse: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto”. João 15:1-2. A poda é um processo natural que conhecemos bem por termos muitas vinhas em Portugal. Quando uma vinha é podada ficamos com a impressão que nada sobrou. A planta cheia de folhagem luxuriosa fica com as varas aparentemente vazias e sem beleza. Mas a poda visa a frutificação. A folhagem roubaria a força da planta para dar fruto e sem poda não haveria fruto.
Todos temos muita folhagem. Coisas que apreciamos muito em nossas vidas mas que não permitem a frutificação que Deus quer ver. As dificuldades têm a capacidade de nos fazer focar nas essências e perder muito dessas folhas superficiais e vazias que não deixariam o fruto sair. Obviamente não gostamos da poda. Dói, incomoda, parece levar embora coisas tão boas. Mas depois vemos que os frutos aparecem e percebemos que havia uma razão para podar tanto e tão longe.
Santidade
Sabemos que a santidade é importante para a vida cristã. Mas o Senhor expressou de modo direto que havia relação entre a santidade e as adversidades: Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade”. Hebreus 12: 7 e 10. A adversidade serve assim para nos ajudar a ficar mais perto de Deus e do que Ele é. Será que podemos ver exemplos práticos disso?
Por exemplo. Desejamos amar como Deus ama? Pedimos isso a Ele e o Senhor coloca em nosso caminho uma pessoa bem difícil. Logo reclamamos. Que provação. Que adversidade amar essa pessoa. Mas note bem. Amar os bons é fácil, mas amar os pecadores, os perdidos, os inimigos que o odeiam. Queremos ficar mais parecidos com Ele? Então devemos vencer essa adversidade e amar os difíceis.
Outro exemplo. Sabemos que devemos ter paciência. Oramos por ela. Então vem uma tribulação física. Por meio dela ficamos limitados. E logo reclamamos. Isso dói. Isso não serve de nada. Mas na verdade aquela situação pode nos ajudar a crescer em paciência e nos tornar mais próximos do Senhor.
Ainda outra situação. Queremos mais fé. Oramos por isso a Deus. E como Ele responde? Nos apresenta um desafio tremendo no qual trememos. E clamamos então: passa essa dificuldade de mi, dá-me vitória já. E o Senhor deixa a dificuldade, mantém o desafio para que minha fé se fortifique.
Dependência
Todos sabemos o quanto confiamos em nós mesmos. Essa é a verdade. Confiamos em nossa mente, nosso conhecimento, nossa visão, nossa experiência, nossa força, nosso bom senso, nossa capacidade de vencer, etc. E gostamos de nos orgulhar e falar de nossas capacidades para mostrar o quanto somos capazes. Curioso que a maioria dos doentes que me chegam ao consultório em depressão fazem questão de relatar que não percebem o que se passa porque na verdade eles são bastante “fortes”.
Mas o Senhor disse distintamente: “Sem mim nada podeis fazer” João 15:5. Daí que Paulo ao passar por várias lutas tremendas entendeu que tinham servido para confiar e depender mais de Deus: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos"; 2 Coríntios 1:8-9. Por meio dessa adversidade Paulo se aproximou do Senhor, percebeu toda a limitação das suas muitas capacidades e cresceu em dependência.
Moisés é um exemplo clássico desse princípio. Enquanto príncipe do Egipto ele se achava capacitado para dirigir seu povo. Note bem a reflexão de Estevão sobre o tema: E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras…E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão”. Atos 7:25. Mas enquanto confiou em sua capacidade a única coisa que conseguiu foi se transformar num assassino e exilado político com a cabeça a prémio. Foram precisos 40 anos para perceber que não era nada. Como alguém já disse: Moisés passou 40 anos entendendo que era alguém; mais 40 descobrindo que era um ninguém; e então 40 anos descobrindo o que Deus faz com um ninguém. Mas foi a adversidade que o levou a dependência necessária.
Perseverança
Se há algo que precisamos para vencer nesta vida é de perseverança. Aquela persistência positiva e madura que leva a prosseguir e alcançar as metas valiosas da vida. Mas o homem naturalmente desiste. Prefere a “papinha feita”. Deseja a estrada larga e as coisas facilitadas. E quanto mais evolui tecnologicamente mais acomodado fica. Afinal vivemos na era do controle remoto. Por isso o autor de Hebreus disse: “Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa”. Hebreus 10:36. E onde ganhamos a perseverança? Como ela entra em nossas vidas acomodadas? Por meio das lutas e tribulações: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” Romanos 5:3 e Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência Tiago 1:3.
Exemplos de perseverança e paciência extraordinários nos são dados exatamente por aqueles que passaram por maiores provas. Willian Carey é considerado o Pai do movimento de Missões modernas. No século XVIII ele deixou a Inglaterra para ministrar na India. O primeiro de uma linhagem de milhares de missionários. Suas tribulações foram tremendas. Lutou com falta de recursos, com línguas dificílimas, com filhos doentes e uma esposa que ficou louca.

A certa altura, depois de anos de trabalho as instalações onde trabalhava arderam queimando anos de trabalho de tradução. O que fez Carey? Voltou ao trabalho e ficou conhecido por ter traduzido porções da Bíblia para várias línguas da India. Amy Carmichael, também missionária na India, lutou com a adversidade de ser obreira solteira no século XIX. Perto do fim de sua vida sofreu de doença debilitante que a lançou numa cama mas continuou a ministrar, escrever e dirigir a missão que estabelecera mesmo no leito.

A vida cristã não é um cruzeiro em direção ao céu com direito a pensão completa. É uma caminhada de perseverança. É algo ativo, não passivo. As tribulações nos fazem mais perseverantes e assim nos ajudam na caminhada.
Serviço
Muitas das tribulações que passamos acabam nos capacitando para o serviço ao Senhor. Paulo percebeu isso e explicou aos Coríntios: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus”. 2 Coríntios 1:3-4. Notemos bem as implicações. Segundo o apóstolo, certas adversidades podem acontecer para nos equipar pois por meio delas aprendemos o bastante para ajudar outros e desse modo nos tornamos mais úteis nas mãos do Senhor. Pensemos em exemplos:
Sofrer uma perda é terrível. Seja um amigo, um pai ou mãe e ainda um filho ou filha. Mas quem melhor preparado para ajudar outros nessa hora de que quem já viveu isso e foi consolado e confortado pelo Senhor. Por meio da dor tremenda de perder minha mãe vivi momentos e tive compreensões que me ajudaram a crescer e que tem-me ajudado a apoiar outros de maneiras que nunca poderia antes. Estou dizendo que o Senhor deu um cancro a minha mãe para que eu aprendesse a lidar com isso? Certamente que não. Não é isso que creio. Mas a verdade é que ao passar por essa prova fui capacitado para o serviço ao Rei.
A Igreja poderia ser um celeiro de ministérios de ajuda desde que os crentes entendessem isso. Aqueles que venceram suas lutas e cresceram em suas adversidades poderiam abençoar muitos outros. Imagine grupos de apoio para lidar com divórcio, perda de parentes, luta com o cancro, desemprego, depressão, doenças debilitantes, idade avançada. E muitas outras áreas. Há no meio dos filhos de Deus um verdadeiro arsenal de possibilidades de bênção esperando para acontecer.
Comunhão
Quero terminar com outro propósito fácil de se perceber e que é tão valioso nas adversidades – a aproximação do Senhor em termos de comunhão. Notemos dois exemplos clássicos. No AT temos Jó: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos”. Jó 42:5. Lembremos que Jó era considerado justo e bom. Mas seu conhecimento de Deus era superficial até que viveu seu sofrimento maior. Não foi nada fácil e ele chegou a desesperar. Mas no fim reconheceu que isso o aproximara de Deus.
Paulo dizia o mesmo em outras palavras: E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo”, Filipenses 3:8. Repare que Paulo precisou passar pelas perdas para ganhar esse conhecimento. Foi por meio de situações dolorosas que ele cresceu em sua comunhão e conhecimento do Senhor.
Infelizmente, a verdade humana é que a prosperidade nos afasta de Deus. Nos traz um falso senso de conforto e segurança e paramos de buscar a Senhor e ansiar por sua presença. É por regra em meio as lutas e dificuldades que acabamos por nos aproximar dele e seu sua verdade. É nas lutas que ansiamos por tê-lo e investimos na oração e na procura do Senhor.
Terminemos então com as palavras do apóstolo inspirado pelo ES: “…nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:3-5

Não tenho Vontade de Ler a Bíblia?

Ciganos brasileiros vão ler a Bíblia em sua própria língua

A mãe estava irritada com as notas baixas do filho. O garoto passava a maior parte do tempo vendo televisão ou jogando no computador. A mãe tentara várias estratégias para o motivar mas, aparentemente, nada resultava. Tentara oferecer prémios, tentara ameaçar com represálias. O menino reagia impávido e sereno e quando a mãe perguntava: Filho não vai estudar? A resposta era invariavelmente a mesma: estou esperando que me dê vontade…

Há coisas que fazemos com vontade como comer um gelado, passear na praia, ir a uma exposição de arte de um pintor que admiramos ou a um concerto de uma banda favorita. Há coisas que fazemos por necessidade, como tomar os remédios diários, ir ao trabalho ou fazer exercício. Se esperarmos que nos dê vontade de tomar a medicação, provavelmente, nunca o faremos. Mas, há momentos na vida em que descobrimos que é necessário e precisamos dela, sabemos que sem ela a nossa tensão dispara ou as dores voltam com força.
 Na vida espiritual esta regra também se aplica. Há quem nunca ore porque simplesmente não sente vontade de orar. Vai orar só na hora da urgência, da crise, da fatalidade apenas para descobrir que não sabe orar e que não tem intimidade com Deus. Há quem espere para ler a Bíblia só quando vontade e por isso nunca o faz. Enfim chega o dia em que precisa de direcção do Senhor e então corre para as escrituras mas descobre que as páginas parecem em branco e não fazem sentido. Há quem deixe para vir a igreja só quando bate o desejo e então nunca vem. E quando num dia especial o faz é para perceber que não conhece quase ninguém, não entende bem o funcionamento do culto e não se sente bem como achava que deveria.
Assim como há muitas coisas na vida que devemos fazer independente do nosso desejo, também na vida espiritual precisamos aprender o sentido da disciplina. Oro diariamente, leio a Bíblia e medito todos os dias, participo dos cultos e actividades da igreja porque aprendi que são vida para minha alma e força para meu espirito. É assim que Deus preparou as coisas para acontecerem e é assim que caminho com Ele de modo a enfrentar as lutas e ter vitórias nas adversidades. Não espere pela vontade, meu irmão. Pratique, participe e verá a bênção descendo sobre sua vida.

10 Mandamentos para Criar seus Filhos



Quando começa a educação de uma criança? Eis uma boa pergunta. A resposta vai variar. Há quem ache que começa quando vai para a escola. Outros que talvez só mais tarde quando compreende o mundo. Ou talvez cedo quando já fala. Há os mais radicais que diriam que começa no berço. Ou talvez comece mesmo quando escolhemos alguém com quem fazer o maior compromisso da vida – o casamento. Quando escolho meu casamento estou preparando a base para a criação de meus filhos porque sua educação deve começar antes de eles nascerem na preparação e depois logo que estão em nossos braços. O Senhor instava os pais de Israel a serem mestres da lei e a instruírem seus filhos desde muito cedo e em todo lado.
A Ordem de Deus era: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” Deuteronômio 6:4-9. Lembremos alguns bons princípios para a criação dos filhos.

1.    Atenda as Necessidades de seu Filho: esta é das regras mais simples e que mais facilmente temos a pretensão de cumprir. Estamos a falar de necessidades físicas como alimentação, abrigo e agasalho, bem como necessidades na área da saúde e educação. Mas o segredo deste mandamento está na palavra “Necessidade”. Por exemplo: precisamos atender a necessidade de alimentação, o que não é a mesma coisa que lhes dar de comer aquilo que querem ou pedem. Bons pais atendem ao que é necessário. O que seu filho precisa de comer? O que precisa de vestir? O que precisa de aprender? E há outras necessidades importantes como as de afecto, aprovação, carinho e encorajamento. (Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos… Mateus 7:11)

 
2.    Participe da vida de seu filho: para isso precisa compreender o que se passa em sua vida, e que muda ao longo dos anos e do crescimento. Precisa entender o melhor possível o mundo de seu filho e sua realidade para desse modo poder participar de seus planos. Talvez isso implique sentar no chão e brincar quando é criança, ir aos treinos quando é maior, acompanhar a viagens quando cresce. Não fique de fora só dando dinheiro.
 
3.    Não provoque a Ira: uma ordem específica de Paulo a todos os pais. Podemos despertar uma ira correta em nossos filhos com relativa facilidade e isso prejudica o relacionamento e a vida com Deus. Por exemplo: sendo incoerentes ou dizer algo e fazer diferente (diz que deve vir a igreja mas você mesmo não vem); quando somos irónicos (traz a igreja mas depois fala mal das pessoas); quando mentimos; quando mostramos favoritismos em casa; quando não cumprimos nós mesmos as regras que estabelecemos como fundamentais para a casa. (E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, Efésios 6:4)

4.    Ensine as coisas certas: por vezes achamos que as coisas certas entrarão na vida de nossos filhos como que por magia, mas não é assim. Eles não irão simplesmente saber as coisas. Temos que ser nós a falarmos delas e a explicarmos como é. Isso significa coisas diferentes em épocas diferentes da vida. Pode significar ensinar a comer quando tem 2 anos, a falar correctamente a língua quando tem 4 ou 5, a brincar com educação quando tem 6 ou7, a explicar o que é sexo e suas consequências quando tem 9 ou 10, como se faz um bom trabalho de escola quando se tem 12 ou13, como se prepara um orçamento familiar aos 15, etc. Mas não deixemos que eles aprendam na rua. Saibamos de algo que é universal: se nós não ensinarmos a nossos filhos em casa, irão aprender com outra pessoa. Quem você quer que ensine seu filho? (Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6)
 
5.    Converse com seu filho: se quer cumprir o 2º mandamento, de fazer parte de sua vida, então tem que falar com eles. Tem que dialogar. Ouvir o que tem para dizer e contar e os nossos filhos sempre terão algo para contar. Pode não nos parecer coisa de maior importância mas é para eles e se os amamos deverá ser para nós. Quando abrimos tempo para isso damos a nossos filhos o senso de valor. Mostramos que podem contar connosco e que não precisam se fechar em mundos paralelos. Há casas em que vivem muitas pessoas e todas sozinhas. Não vamos permitir que seja assim em nossos lares. Podemos e devemos fazer de nossas casas locais de boa conversa e nossos filhos precisam saber que podem nos trazer qualquer problema ou situação que os ouviremos e estaremos lá para eles.
 
6.    Ensine a seus filhos a Palavra de Deus: Somos os primeiros professores de Bíblia que eles devem ter. Podemos e devemos traze-los a Igreja, mas devemos começar por ser nós a mostrar a eles o valor da Palavra. Vamos ler a palavra com eles (culto doméstico é um lugar ideal para isso) contar as histórias da Bíblia, explicar o que sabemos e ajuda-los a entender o valor que a Palavra tem para nós e deve ter em suas vidas. (E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Deuteronômio 6:6-7)
 
7.    Ore com e por seus filhos: Nada é mais poderoso que a oração. Sabe com quem nossos filhos aprendem isso? Connosco. Se não aprenderem em casa vai ficar bem mais difícil. É em casa que devem aprender a levar seus problemas a Deus. É no lar que vão começar a ter a alegria de perceber que podem ter suas orações atendidas. É com os pais que vão sentir que a presença de Deus se manifesta de muitas maneiras e em muitos lugares. Ensine-os a orar pela escola, pelos amigos, pelas crises da vida, pela família e pela igreja. E ore por eles. Peça protecção, sabedoria, força para não se deixarem levar, um futuro honesto, um casamento feliz. (Apelo para o movimento mães que oram)
 
8.    Discipline seu filho: A nossa sociedade vai perdendo seus valores e principia. As leis vão pervertendo a própria palavra de Deus. É a própria Bíblia que nos ensina a disciplinar nossos filhos. Hoje a lei já quer nos impedir de usar o correctivo que as crianças tanto precisam. Por causa de excessos cometidos por alguns a lei se aplica a todos. Na verdade não impede os infractores mas ajuda a criar uma geração de jovens sem medidas, sem limites, sem fronteiras, que acham que tudo é permitido e que sua liberdade vale mais que a do seu vizinho. Mas como pais cristãos que amam a Palavra de Deus devemos saber corrigir nossos filhos. Quando pequenos precisam de uma palmada de vez em quando. À medida que crescem podem aprender a arrazoar, mas precisam de disciplina, de limites e por vezes de castigos para aprender a viver num mundo que não se compadece como nós pais o fazemos. Deixar de disciplinar nossos filhos é receita certa par um futuro triste e que trará muitos dissabores e eles e a nós. (O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o disciplina. Provérbios 13:24)
 
9.    Dirija palavras de Aprovação (publica e privada): Nossos filhos precisam tanto e palavras de aprovação como de pão. Eles se alimentam espiritual e psicologicamente de palavras de apreço e reconhecimento. Se as receberem em casa não precisarão mendigar essas palavras na rua e se encantar quando o inimigo as oferecer com segundas intenções. Quantos rapazes foram desviados para o mal porque não tinham uma palavra de apoio em casa até que o mal lhes disse que eram bons nisto ou naquilo? Quantas moças se perderam porque nunca ouviram em casa que eram bonitas até que um qualquer lhes falou de seus belos olhos? Devemos aprender a valorizar nossos filhos pelo que são e pelo que fazem. Isso é parte da educação de que precisam. Valorizados em casa sentiram tranquilidade na vida e em qualquer meio que estejam.

10.  Dê Independência: Nossos filhos precisam aprender a fazer as coisas sozinhos e a crescer. Inicialmente isso implicará em algumas quedas e dores, mas será para o bem deles. Quando pequenos, temos que deixa-los aprender a andar sozinhos e não podemos segurar suas mãos para sempre ou não aprenderão. Mais tarde poderá ser a bicicleta. Depois pode ser aprender a lidar com seu dinheiro, a ser responsável por alguma actividade na casa. Mais tarde ainda será a saber que horas chegar em casa. Não podemos estar com eles as 24 horas. Mas se os criarmos com amor e aprovação, se lhes dermos ensino e atenção, se os disciplinarmos e encaminharmos para o Senhor, um dia teremos que lhes dar a liberdade de escolher e teremos que descansar que farão a escolha certa. Nunca deixaremos de orar e de pedir. Nunca deixaremos de ter algum receio e medo. São nossos bebés, nossos filhotes. Mas dar-lhes liberdade faz parte do processo de ajudá-los a crescer.

Nossos filhos são tesouros preciosos que Deus nos deu por um pouco de tempo. Invistamos neles com carinho para a Glória do Senhor e será nosso melhor e maior investimento de todos.

 

Pai Herói

 

Neste mês em que nos concentramos na família, não nos parece correto falar de mães e deixar de lado os pais. Afinal, eles devem ser base da família e foram chamados por Deus para papéis importantes na formação de seus filhos. Filhos precisam de pais e não somente de mães. Não é a psicologia que diz, é a Palavra de Deus. Filhos precisam de pais e de pais que sejam heróis.
Dizer isso logo traz a mente super-heróis. Homens musculados, de força descomunal que saem por aí voando, prendendo os maus, ajudando os mais fracos e salvando a humanidade de mais um vilão. Como boa parte dos pais não é nem musculosa, nem forte, nem imponente e nem aprendeu a voar, pais heróis pode parecer um tanto complicado. Será que só atletas de ata competição podem ser pais heróis? Não! Definitivamente não!
Pai herói é aquele que ama e honra a mãe. Que não tem vergonha de mostrar aos que escolheu esta mulher por ela ser tão especial e única. Que acarinha, ajuda e ampara a esposa em todas as atividades inclusive domésticas, que não tem medo de ser visto com uma vassoura ou uma panela na mão.
Pai heróis é o que trabalha de forma honesta e dura para providenciar para o lar. Nem sempre no trabalho do qual gostaria, nem sempre no emprego que sonhou, mas mesmo que seja com sacrifício e dor, com luta e persistência, faz o que precisa para dar aos seus o necessário.
Pai herói é aquele que acompanha os filhos. Que senta no chão para brincar, que joga bola com os rapazes e de casinha com as meninas. Que conversa sobre a escola, avalia os amigos, se interessa pelos namoros. É aquele de que não é difícil se aproximar, que arranja tempo para os trabalhos de casa e para ver os programas favoritos de seus filhos. Que se interessa pelos seus interesses para aprender a falar a mesma língua.
Pai herói é aquele que ora pelos filhos e com eles. Que os apresenta sempre a Deus em intercessão, que se aproxima nas horas de dificuldade para compartilhar uma palavra de sabedoria, que chora com os filhos e se alegra com suas vitórias. Pai herói é aquele que leva seus filhos a conhecer o Senhor por meio de seu testemunho e exemplo e não apenas levando a igreja. É aquele que não fala mal da comunidade mas envolve os filhos em obras e apoio e ajuda social.
Pai Herói não precisa voar, mas deve saber orar; não precisa derrotar vilões, mas vence seus vícios; não precisa ter força sobrenatural mas conhece o Deus de Todo Poder. Esse pai, todos nós podemos ser na graça de Deus.

Um Povo, Uma Missão


Quando pensamos naquilo que une pessoas podemos imaginar muitas coisas. Por vezes o que une multidões é bem tolo e passageiro. Por exemplo, o futebol. Porque alguém gosta de uma equipa e odeia outra? Porque se sente imediatamente unido a outra pessoa só por ser adepto da mesma equipa? Onde está a verdadeira ligação? Mas há outras razões pouco profundas. Pensemos na terra de nascimento. As pessoas se conectam só por terem nascido na mesma cidade ou região. Mesmo sem saber se a outra pessoa é digna, ou honesta, ou sequer educada. Basta ser da minha cidade e já achamos que é “gente boa”.

Os Cristãos têm muitas razões para estarem unidos. E essas razões são infinitamente mais fortes do que as citadas. Paulo aos Efésios citava uma lista de razões para nossa união: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.” Efésios 4:4-6.Estamos unidos por ser um só corpo, por termos a mesma fé, o mesmo Salvador, o mesmo Pai Celeste, as mesmas cerimónias rituais em Cristo, a mesma mensagem a transmitir. Mas gostaria de realçar a mesma Vocação.

Já em Efésios 4:1 Paulo falara da vocação ou chamado. A ideia é forte. Fomos chamados, literalmente convocados, convidados, de modo intenso, de modo deliberado. E para que? Para sermos testemunhas do que Deus faz em nós e pode fazer neste mundo. Temos uma mesma missão e isso nos une de um modo que deve ser supremo. Ter a mesma missão significa ter o mesmo propósito de vida, o mesmo alvo a alcançar. Nosso alvo é a propagação do reino de Deus, o crescimento da igreja de Jesus, o ganhar de almas para Cristo.

Devemos sempre lembrar a vertente mundial de nossa vocação e missão. O Senhor não disse que deveríamos ganhar toda Jerusalém e então partir para a Judeia e eventualmente o resto do mundo. Se tivesse sido assim a igreja nunca teria saído de Jerusalém e teria sido esmagada no ano 70 quando a cidade foi destruída. A Ordem de Jesus foi para que seus discípulos fossem testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e até os confins da terra. A missão é simultânea ao mundo todo. Unidos então nessa missão trabalhemos para fazer discípulos no mundo todo.

Vencendo a Depressão


Grandes heróis da fé também sentiram depressão. Como reagir diante da depressão? Um crente pode viver deprimido?

Mensagem: Vencendo a Depressão 

Vencendo a Ansiedade




mensagem: Vencendo a Ansiedade

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