10 Mandamentos para Criar seus Filhos



Quando começa a educação de uma criança? Eis uma boa pergunta. A resposta vai variar. Há quem ache que começa quando vai para a escola. Outros que talvez só mais tarde quando compreende o mundo. Ou talvez cedo quando já fala. Há os mais radicais que diriam que começa no berço. Ou talvez comece mesmo quando escolhemos alguém com quem fazer o maior compromisso da vida – o casamento. Quando escolho meu casamento estou preparando a base para a criação de meus filhos porque sua educação deve começar antes de eles nascerem na preparação e depois logo que estão em nossos braços. O Senhor instava os pais de Israel a serem mestres da lei e a instruírem seus filhos desde muito cedo e em todo lado.
A Ordem de Deus era: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” Deuteronômio 6:4-9. Lembremos alguns bons princípios para a criação dos filhos.

1.    Atenda as Necessidades de seu Filho: esta é das regras mais simples e que mais facilmente temos a pretensão de cumprir. Estamos a falar de necessidades físicas como alimentação, abrigo e agasalho, bem como necessidades na área da saúde e educação. Mas o segredo deste mandamento está na palavra “Necessidade”. Por exemplo: precisamos atender a necessidade de alimentação, o que não é a mesma coisa que lhes dar de comer aquilo que querem ou pedem. Bons pais atendem ao que é necessário. O que seu filho precisa de comer? O que precisa de vestir? O que precisa de aprender? E há outras necessidades importantes como as de afecto, aprovação, carinho e encorajamento. (Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos… Mateus 7:11)

 
2.    Participe da vida de seu filho: para isso precisa compreender o que se passa em sua vida, e que muda ao longo dos anos e do crescimento. Precisa entender o melhor possível o mundo de seu filho e sua realidade para desse modo poder participar de seus planos. Talvez isso implique sentar no chão e brincar quando é criança, ir aos treinos quando é maior, acompanhar a viagens quando cresce. Não fique de fora só dando dinheiro.
 
3.    Não provoque a Ira: uma ordem específica de Paulo a todos os pais. Podemos despertar uma ira correta em nossos filhos com relativa facilidade e isso prejudica o relacionamento e a vida com Deus. Por exemplo: sendo incoerentes ou dizer algo e fazer diferente (diz que deve vir a igreja mas você mesmo não vem); quando somos irónicos (traz a igreja mas depois fala mal das pessoas); quando mentimos; quando mostramos favoritismos em casa; quando não cumprimos nós mesmos as regras que estabelecemos como fundamentais para a casa. (E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, Efésios 6:4)

4.    Ensine as coisas certas: por vezes achamos que as coisas certas entrarão na vida de nossos filhos como que por magia, mas não é assim. Eles não irão simplesmente saber as coisas. Temos que ser nós a falarmos delas e a explicarmos como é. Isso significa coisas diferentes em épocas diferentes da vida. Pode significar ensinar a comer quando tem 2 anos, a falar correctamente a língua quando tem 4 ou 5, a brincar com educação quando tem 6 ou7, a explicar o que é sexo e suas consequências quando tem 9 ou 10, como se faz um bom trabalho de escola quando se tem 12 ou13, como se prepara um orçamento familiar aos 15, etc. Mas não deixemos que eles aprendam na rua. Saibamos de algo que é universal: se nós não ensinarmos a nossos filhos em casa, irão aprender com outra pessoa. Quem você quer que ensine seu filho? (Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6)
 
5.    Converse com seu filho: se quer cumprir o 2º mandamento, de fazer parte de sua vida, então tem que falar com eles. Tem que dialogar. Ouvir o que tem para dizer e contar e os nossos filhos sempre terão algo para contar. Pode não nos parecer coisa de maior importância mas é para eles e se os amamos deverá ser para nós. Quando abrimos tempo para isso damos a nossos filhos o senso de valor. Mostramos que podem contar connosco e que não precisam se fechar em mundos paralelos. Há casas em que vivem muitas pessoas e todas sozinhas. Não vamos permitir que seja assim em nossos lares. Podemos e devemos fazer de nossas casas locais de boa conversa e nossos filhos precisam saber que podem nos trazer qualquer problema ou situação que os ouviremos e estaremos lá para eles.
 
6.    Ensine a seus filhos a Palavra de Deus: Somos os primeiros professores de Bíblia que eles devem ter. Podemos e devemos traze-los a Igreja, mas devemos começar por ser nós a mostrar a eles o valor da Palavra. Vamos ler a palavra com eles (culto doméstico é um lugar ideal para isso) contar as histórias da Bíblia, explicar o que sabemos e ajuda-los a entender o valor que a Palavra tem para nós e deve ter em suas vidas. (E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Deuteronômio 6:6-7)
 
7.    Ore com e por seus filhos: Nada é mais poderoso que a oração. Sabe com quem nossos filhos aprendem isso? Connosco. Se não aprenderem em casa vai ficar bem mais difícil. É em casa que devem aprender a levar seus problemas a Deus. É no lar que vão começar a ter a alegria de perceber que podem ter suas orações atendidas. É com os pais que vão sentir que a presença de Deus se manifesta de muitas maneiras e em muitos lugares. Ensine-os a orar pela escola, pelos amigos, pelas crises da vida, pela família e pela igreja. E ore por eles. Peça protecção, sabedoria, força para não se deixarem levar, um futuro honesto, um casamento feliz. (Apelo para o movimento mães que oram)
 
8.    Discipline seu filho: A nossa sociedade vai perdendo seus valores e principia. As leis vão pervertendo a própria palavra de Deus. É a própria Bíblia que nos ensina a disciplinar nossos filhos. Hoje a lei já quer nos impedir de usar o correctivo que as crianças tanto precisam. Por causa de excessos cometidos por alguns a lei se aplica a todos. Na verdade não impede os infractores mas ajuda a criar uma geração de jovens sem medidas, sem limites, sem fronteiras, que acham que tudo é permitido e que sua liberdade vale mais que a do seu vizinho. Mas como pais cristãos que amam a Palavra de Deus devemos saber corrigir nossos filhos. Quando pequenos precisam de uma palmada de vez em quando. À medida que crescem podem aprender a arrazoar, mas precisam de disciplina, de limites e por vezes de castigos para aprender a viver num mundo que não se compadece como nós pais o fazemos. Deixar de disciplinar nossos filhos é receita certa par um futuro triste e que trará muitos dissabores e eles e a nós. (O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o disciplina. Provérbios 13:24)
 
9.    Dirija palavras de Aprovação (publica e privada): Nossos filhos precisam tanto e palavras de aprovação como de pão. Eles se alimentam espiritual e psicologicamente de palavras de apreço e reconhecimento. Se as receberem em casa não precisarão mendigar essas palavras na rua e se encantar quando o inimigo as oferecer com segundas intenções. Quantos rapazes foram desviados para o mal porque não tinham uma palavra de apoio em casa até que o mal lhes disse que eram bons nisto ou naquilo? Quantas moças se perderam porque nunca ouviram em casa que eram bonitas até que um qualquer lhes falou de seus belos olhos? Devemos aprender a valorizar nossos filhos pelo que são e pelo que fazem. Isso é parte da educação de que precisam. Valorizados em casa sentiram tranquilidade na vida e em qualquer meio que estejam.

10.  Dê Independência: Nossos filhos precisam aprender a fazer as coisas sozinhos e a crescer. Inicialmente isso implicará em algumas quedas e dores, mas será para o bem deles. Quando pequenos, temos que deixa-los aprender a andar sozinhos e não podemos segurar suas mãos para sempre ou não aprenderão. Mais tarde poderá ser a bicicleta. Depois pode ser aprender a lidar com seu dinheiro, a ser responsável por alguma actividade na casa. Mais tarde ainda será a saber que horas chegar em casa. Não podemos estar com eles as 24 horas. Mas se os criarmos com amor e aprovação, se lhes dermos ensino e atenção, se os disciplinarmos e encaminharmos para o Senhor, um dia teremos que lhes dar a liberdade de escolher e teremos que descansar que farão a escolha certa. Nunca deixaremos de orar e de pedir. Nunca deixaremos de ter algum receio e medo. São nossos bebés, nossos filhotes. Mas dar-lhes liberdade faz parte do processo de ajudá-los a crescer.

Nossos filhos são tesouros preciosos que Deus nos deu por um pouco de tempo. Invistamos neles com carinho para a Glória do Senhor e será nosso melhor e maior investimento de todos.

 

Um comentário:

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

gostei muito. aliás, ouvir quem vai à frente, é sempre muito útil.

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