Se um
missionário for trabalhar entre os Fulas, ou Fulanis, da África Ocidental,
poderá ter a certeza de estar a evangelizar um povo não alcançado. Posso falar
disso com conhecimento porque trabalhei entre eles por 12 anos e plantei uma
igreja em território Fula. Mas o que isso quer dizer? O que significa dizer que
os Fulas são um povo não alcançado? Há cristãos Fulas? Sim! Pela graça de Deus há.
Há Igrejas entre Fulas cuja maioria é formada por esta etnia e respeita seus
costumes e cultura? Sim! Pela graça de Deus há. Então porque são um povo não
alcançado? Porque o número de crentes e de igrejas é muito pequeno e não tem
condições de encarar o desafio da “nação” Fula. Ao todo, os Fulas serão cerca
de 40 milhões em 17 países da África Ocidental. Não temos a noção de quantos
cristãos existirão entre eles, mas serão na casa das centenas, espelhados numa
vasta região. Há necessidade de alcance desse povo em todas as áreas. Há
necessidade de missionários de todo tipo e perfil. Missionários de longo prazo.
Missionários de carreira que se dediquem a aprender língua, cultura e que
passem pelo menos 10 anos a trabalhar para plantar uma igreja que se possa auto-propagar.
Como os Fulas há ainda muitos povos não alcançados no mundo.
O que dizer
das grandes nações não alcançadas? Índia e China? A carência é grande, mas a
realidade em termos de evangelho também é diferente. Na Índia há 1 bilião de
pessoas, mas há mais de 25 milhões de cristãos evangélicos. Há estados na Índia
quase sem cristãos, mas há estados como Arunachal Pradesh, Kerala, Goa ou
Manipur em que os cristãos são mais de 25% da população, em Mizoram são 87% e
em Nagaland serão 90% da população. Isso significa que há desafios tremendos
mas também uma igreja nacional forte para fazer o trabalho (estamos usando
dados seguros e fiáveis fornecidos pela Intercessão Mundial, Operation World) . Na China, os números
são difíceis de confirmar, mas fala-se em mais de 100 milhões de crentes. A
Igreja nas casas é um movimento diverso mas poderoso. O desafio da China é
tremendo mas há toda uma força nacional para fazer o trabalho. Os Missionário
nesses contextos serão, em sua maioria, formadores de liderança e capacitadores,
mais do que plantadores de igrejas. Há grande necessidade, mas também há uma
igreja nacional para fazer a obra e com a qual se pode e se deve trabalhar.
O Brasil tem
uma realidade diferente. Segundo as estatísticas, os evangélicos no Brasil
serão mais de 50 milhões. Mesmo que muitos desses sejam nominais e muitas
dessas igrejas não sejam muito fiéis na pregação de um evangelho puro, ainda
assim teremos uma força nacional evangélica enorme. E o que isso significa? O Brasil
é um país alcançado? Sim! O que quer dizer que não precisa de evangelização?
Não! Há muitas necessidades no Brasil. Bolsões de grande resistência, povos
indígenas por alcançar, centros urbanos extremamente carentes. Será o Brasil um
campo para missionários de outras nações? A Igreja brasileira precisa de
missionários de fora? Não deveria, mas ainda precisa. Há áreas para melhorar,
há treinamento a ser feito, há regiões mais remotas onde a igreja teima em não
ir. E o Senhor da seara envia para onde quer. O Brasil não será prioridade
missionária e poderá ter uma igreja responsável pela sua nação, mas ainda assim
beneficiará de obreiros certos em áreas específicas para abençoar o país.
E a Europa?
Será campo missionário? Não é a Europa um continente cristão? Não são os cristãos
71% da sua população? Precisaria a Europa ainda de missionários? Não será esse
povo uma gente já conhecedora do evangelho? Se voltarmos aos números teremos
que dizer: Não! Olhando para a realidade do evangelho, sabemos que a África tem
17,7% de evangélicos, a América do Norte 26,8%, a América Latina 16,7%, a Ásia 3,5%
e a Europa 2,5%. É o continente com menor percentagem de crentes no mundo! A
verdade dos números parte nossos corações. Denominações inteiras têm na Europa
o número de crentes que as igrejas grandes no Brasil contam em seu rol. A
maioria das igrejas conta com algumas dezenas de membros, muitas vezes já
idosos e sem forças para o trabalho.
A igreja na Europa está em sofrimento e por vezes nos cuidados intensivos. Países que foram enviadores de missionários são hoje campo fértil para o Islamismo, as religiões orientais e o ateísmo. Templos são vendidos para fazer bares, igrejas fecham as portas regularmente por falta de gente e de pastores. Na República Checa, onde nasceu o grande movimento missionário morávio os evangélicos são 0,7% da população. Na Holanda, berço dos baptistas, contamos hoje com cerca de 10 mil membros na União Batista. E esta é uma convenção batista “forte”, porque em Portugal somos pouco mais de 4 mil, na Áustria 1.600, na Bélgica 1.200, na Finlândia 1.100, Na Suíça 1.030, na Eslovénia 120, Na Lituânia 250, Na Bósnia 200 (dados da Aliança Batista Mundial.
O que queremos mostrar com isso? Que, à semelhança da pequena igreja entre os Fulas, a igreja na Europa não tem força para caminhar sozinha. Que a igreja no velho continente precisa de ajuda em todas as áreas. Que a Europa ainda é um campo missionário.
A igreja na Europa está em sofrimento e por vezes nos cuidados intensivos. Países que foram enviadores de missionários são hoje campo fértil para o Islamismo, as religiões orientais e o ateísmo. Templos são vendidos para fazer bares, igrejas fecham as portas regularmente por falta de gente e de pastores. Na República Checa, onde nasceu o grande movimento missionário morávio os evangélicos são 0,7% da população. Na Holanda, berço dos baptistas, contamos hoje com cerca de 10 mil membros na União Batista. E esta é uma convenção batista “forte”, porque em Portugal somos pouco mais de 4 mil, na Áustria 1.600, na Bélgica 1.200, na Finlândia 1.100, Na Suíça 1.030, na Eslovénia 120, Na Lituânia 250, Na Bósnia 200 (dados da Aliança Batista Mundial.
O que queremos mostrar com isso? Que, à semelhança da pequena igreja entre os Fulas, a igreja na Europa não tem força para caminhar sozinha. Que a igreja no velho continente precisa de ajuda em todas as áreas. Que a Europa ainda é um campo missionário.
Não queremos
diminuir a necessidade de nenhuma região do globo nem minimizar os esforços de
qualquer obreiro em qualquer região. Nosso objectivo é apenas despertar a igreja
para a realidade da missão na Europa e a urgência de alcançar os europeus para
o verdadeiro evangelho de Jesus.
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