Sou cristão. Admiro a Páscoa (festa judaica) e amo sua história de libertação. Mas, como Cristão, não comemoro a Páscoa, festejo sim, a Ressurreição de Jesus que é o marco maior do Cristianismo. E festejo de modo especial o V de Ressurreição… Atenção! Não é erro gramatical! Ressurreição é essencialmente VITÓRIA e por isso falo do V.
Jesus é o personagem mais incontornável da História. Mesmo o maior céptico terá que admitir que é extraordinário que um homem que viveu numa obscura aldeia, de uma região empobrecida, numa das províncias mais insignificantes do Império Romano há 2 mil anos ainda tenha tantos atractivos em nossa era tecnológica.
Jesus teve um ministério publico de apenas cerca de 3 anos. Limitou-se a uma estreita faixa de território no oriente médio. Não escreveu livros, não dirigiu exércitos, não foi governante, nem artista, nem atleta. Foi um mestre itinerante no seguimento do que era próprio de seu povo e sua cultura. Seus discípulos não eram homens com formação mas simples pescadores e gente do povo. No entanto, ninguém divide mais que Jesus. Ele continua a ser o principal alvo de livros, filmes, peças artísticas e discussões as mais diversas.
O nascimento de Jesus foi único. Suas palavras foram as mais profundas de sempre. Séculos de escrutínio e comentário não esgotaram a análise do que ele disse. Seus milagres foram presenciados e documentados, foram inequívocos e os relatos que deles temos nos foram deixados por testemunhas oculares e não gerações posteriores. Sua morte foi a maior injustiça que o mundo já viu. Mas Ele teve o poder de transformar o símbolo mais abjecto de tortura no maior ícone mundial. O símbolo mais usado e conhecido do planeta.
Porém, é a ressurreição de Jesus que confirma e coroa tudo o que ele disse e fez. As duas teorias mais comuns na negação da ressurreição não suportam uma análise séria dos dados que temos. Uma diz que ele não morreu, a outra que seu corpo foi roubado. Ora, sua morte é mais que evidente. Ele foi submetido aos açoites romanos (que matariam a maioria dos homens) e depois a um esforço violento (transportar a cruz) e a crucificação tendo sido pregado no madeiro. Negar que isto o levou à morte é um ato de vontade e não de raciocínio. Médicos e analistas têm estudado o caso exaustivamente e a conclusão é sempre a mesma: Jesus morreu na cruz!
O furto pelos discípulos foi a teoria inicial daqueles que tinham presenciado sua morte e não podiam negá-la. Mas, os discípulos que tinham fugido covardemente e se escondido durante a crucificação não teriam força para enfrentar a guarda romana. Eles foram os primeiros a duvidar da ressurreição e a questioná-la. Não teriam ousado morrer martirizados por uma farsa. Mais de 500 pessoas viram o Cristo ressurrecto e muitos chegaram a comer com ele. Ninguém roubou o corpo de Jesus e nem Ele ficou num sepulcro escondido em Jerusalém. Naquele domingo, Ele saiu da sepultura vivo outra vez.
A ressurreição fica assim como marco maior do Cristianismo. Nosso Mestre está vivo e seu levantamento da sepultura naquela manhã de domingo foi a vitória plena:
Vitória sobre as forças da natureza.
Ele foi colocado num sepulcro especial fechado com uma rocha que precisava da força de muitos homens para remover. As mulheres sabiam que não poderiam tirá-la e se preocupavam com isso. Mas ao chegarem ao local viram que um terremoto a removera. A ressurreição mostrou uma vez mais a vitória de Jesus sobre a natureza que Ele evidenciou tantas vezes em sua vida em curas e maravilhas.
Vitória sobre os poderes humanos políticos e religiosos.
A poderosa Roma se aliara ao sinédrio na morte de Jesus e na guarda de seu túmulo. A ressurreição mostrou que o Senhor tinha poder sobre todas as forças humanas de sua época. Ele já referira a Pilatos que só não se libertava porque não queria, pois tinha legiões de anjos à sua disposição. Ele provou isso ao sair da sepultura deixando a guarda como que morta.
Vitória sobre a morte. O último inimigo.
O homem não foi feito para morrer e por isso mesmo luta contra a morte que vê como tragédia maior. O pecado trouxe a morte, o medo da morte, o pavor do desconhecido. Jesus trouxe a vida, a garantia da salvação, a tranquilidade na passagem a outra esfera de vida. Ele, o primeiro a ressuscitar plenamente (até então só havia ressuscitação e nova morte posterior) nos garante a nossa ressurreição, destrói o pavor da morte e nos prepara para uma passagem que é descrita na palavra como dormir no Senhor.
Vitória sobre as circunstâncias.
Quando tudo parecia perdido, quando tudo adquirira o mais negro tom e o mais amargo sabor, surge a maior vitória, a maior bênção a maior alegria. Na vitória de Jesus lembramos que em nossas vidas muitas vezes tudo se parece com a sexta-feira da paixão mas nessas ocasiões é bom lembrar que o domingo está chegando. O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã.
Ressurreição para nós é Vitória.
Em minha casa, quando criança, minha mãe sempre nos acordava no domingo de Páscoa com as palavras: "Ele vive!"
Alegre-se comigo meu irmão! ELE VIVE!
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