Em todas as culturas do mundo a festa de casamento é a maior de todas as festas
pessoais. O casamento ainda é hoje em dia o acordo ou pacto mais valioso que
existe. Provavelmente porque foi Deus que o instituiu logo no início da
criação. Foi o Criador que fez o casamento e a sua importância continua
mostrando o valor desse pacto e aliança. Nada mais natural então que a salvação
ser mostrada muitas vezes como um casamento entre o Senhor e o seu povo,
aqueles que o aceitam, como prova de um amor maior e de uma aliança única.
Jesus está
em seus dias finais. A oposição chegou ao auge. Os lideres nacionais pretendem
mata-lo e só buscam um modo de o fazer sem levantar a ira do povo. Jesus sabe
disso e lhes responde com parábolas cada vez mais audazes e directas. Nesta que
lemos em Mateus 22 ele vai directo ao ponto. Notemos alguns aspectos
importantes:
A salvação é
assemelhada a uma festa de casamento. Uma celebração de alegria e fartura para
a qual muitos são convidados. Nos tempos de Jesus as festas não tinham data
certa. Eram marcadas e o convite feito em relação a certo tempo e depois havia
que aguardar que as coisas estivessem prontas. A festa fora anunciada no AT ao
povo judeu de modo especial. Agora era a hora. O messias chegara e era preciso
festejar e se alegrarem. Mas… os convidados, de modo acintoso se negaram a vir.
Notar que as
desculpas não parecem más. Havia actividades normais a desempenhar. Havia
negócios e fazendas a ver. Coisas legítimas do cotidiano. Mais coisas comuns
afastam as pessoas do céu do que pecados grosseiros. A maioria que perde a
salvação não é formada por pecadores que mataram e adulteraram ou fizeram
barbaridades. Simplesmente levaram suas vidas sem pensar em Deus, sem ligarem a
Ele e sem responderem a seus chamados. Estavam tão ligados a suas actividades
que deixaram de lado o mais importante e logo, ficaram em divida eterna. Para
Deus era grave o seu desinteresse.
A reacção do
Rei provavelmente é profética em relação a destruição de Jerusalém. Insultar
publicamente um Rei tem seus riscos. A Jerusalém que nega Jesus vai pagar muito
caro e isso nos leva a pensar no que a nossa sociedade tem feito e nos crimes
que comete e como isso um dia terá seu peso em termos de julgamento divino.
Depois
retorna a graça. Os que são chamados a participar da festa não tem a menor
condição de estar numa festa real. São caminhantes estrangeiros ou pobres que
vivem ao relento. É gente que nunca poderia sonhar em entrar no palácio e
assistir ao casamento do príncipe. O fato do Senhor os convocar é especial e
único. Mostra o tamanho da graça de Deus por nós e a forma como nos ama para lá
de nossos merecimentos.
Mostra
também a necessidade da igreja de Jesus sair. Os convidados tem que sem
procurados nas ruas e valados, nos caminhos e estradas. Eles não estão ali
acessíveis a espera de entrar no palácio. Estão longe. Nem sequer sabem da
festa. Não sabem que podem participar ou que podem ser convidados. Estão
alheios a realidade dessa possibilidade. São os servos do Rei que devem sair
para os chamar, para lhes falar da festa e os convencer a aceitar a
possibilidade e traze-los de fato a festa. A Igreja através dos servos de
Jesus, são chamados a sair e trazer os que estão fora para dentro.
Uma nota
final da parábola pode parecer estar fora de contexto mas é de suma
importância. O Rei passa em revista os convidados e nota que um deles não está
trajado de forma correcta. No tempo de Jesus, como em nossos dias, há traje
próprio para a festa e para o cotidiano. Não se vai a uma festa com traje de
trabalho ou roupa de casa. Este convidado está vestido de forma imprópria. Ora,
os convidados foram trazidos das ruas. Eles certamente não tinham roupa
apropriada para a festa. O Rei teve que providenciar. Cada um que chegava era
provido de vestes próprias para a ocasião. O vesti-las era aceitar não somente
o convite mas os termos deste. Reconhecer que não vinha devidamente trajado e
despindo suas roupas aceitar as novas que eram oferecidas.
O convidado
em causa veio a festa. Aceitou o convite ou mostrou interesse em aceita-lo, mas
quis manter-se como estava. Permaneceu com as roupas da rua. Não aceitou a
mudança a mudança necessária oferecida. Com isso desprezou o convite e fez
troça da solenidade. Mostrou-se orgulhoso em sua aceitação sem reconhecer a
graça do convite a sua impropriedade para o mesmo. Teve que ser retirado.
O convite ao
evangelho é como estamos, mas não para permanecermos como estamos. Quem entende
a graça estendida deve entender também seu pecado, a necessidade de perdão e de
mudança de vida que é oferecida na salvação ed e bom grado se submeter a acção
do ES. A graça é completa nesse sentido.
6 comentários:
gostei muito desse texto me esclareceu coisas que há muito tempo não entendia, que Deus abençoe.
Ótimo! Esclarecedor e objetivo, atendendo todas as expectativas em relação a dúvidas e questionamentos.
Uma palavra esclarecedora e abençoadora. Que Deus continue a revelar ao nobre irmão...
Nossa amei o explicaçao dessa parabola, foi uma.resposta para minha vida. Que o Senhor continue te fortalecendo, e toda sua familia e ministerio.
Paz!
Ótima explicação! Deus abençoe.
otima reflexao do evangelho muitos sao chamados para seguir os ensinamenyos de jesus mais poucos aceitam.que deus tenha compaixao dessas pessoas e que elas consigar alcançar a verdadeira conversao.que deus esteja sempre presente na nossas vidas.amem
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