Maria é uma jovem crente, filha e neta de crentes, frequenta a mesma igreja evangélica desde que era bebé, onde seus pais
a apresentaram a Deus. Foi batizada aos 15 anos, porque todas as suas amigas
já haviam sido batizadas e gostava de fazer a felicidade dos seus pais e do
pastor. Neste mês, todos a olharam com admiração e sorriam para
ela. Diziam: Finalmente vai se batizar, estava a ver que nunca mais se
decidia! Já não era sem tempo!
Foi uma boa sensação, a de pertencer ao grupo,
ah! E já podia tomar a ceia! Nunca alguém a acompanhou nem haviam sentado com ela para
falar sobre esta decisão, partiram do princípio que ela já ouvira o suficiente
para entender tudo...
Porém, fora da comunidade da sua igreja
ninguém sabia o que Maria tinha feito. Ela tivera muito trabalho para que
nenhum colega do liceu soubesse o que se iria passar. Não queria passar a
vergonha e ser diferente!
Fazia questão de ir a todas as festas e programações
e quando os pais não permitiam que aproveitasse a noite até de madrugada sempre
podia inventar uma desculpa e “dormir“ em casa de uma amiga, para acabarem o
trabalho de grupo tão importante! Um rapaz do 12º ano começou a conversar com
ela e em pouco tempo já “ficavam” nas festas…o pai não precisava saber…não era
nada sério! Só um namoro sem importância.
O tempo foi passando e o
envolvimento também! Já evitava todas as programações da igreja que não fossem
as obrigatórias, como o culto do domingo…tudo era desculpa para não ir à
igreja…os estudos, uma festa, doenças imaginárias. Por fim Maria completou seus
18 anos! Ia entrar na faculdade e fez questão que fosse um curso bem longe de
casa. Enfim, a liberdade! Nunca mais a apanhavam numa igreja! Talvez no natal e
no dia das mães, só para constar…mas, quando ouve as queixas dos pais diz que
sim, mas depois faz o que bem entende! Afinal, a vida é para ser vivida e deve
ser aproveitada ao máximo!
Em todo o seu percurso nunca pensou que,
talvez, tivesse frequentado tantos anos os bancos da igreja sem ter tomado uma
decisão verdadeira. Jamais reconhecera nem sentira o peso e a dor do pecado.
Durante os anos que se passaram casou-se, separou-se, brigou com toda a família
e tornou-se amarga. Estava sozinha e deprimida. Num momento de desespero
resolve dar uma última oportunidade a Deus. Em prantos, na sua cama, tenta
lembrar das palavras de sua oração infantil até que estas passam a sair do
coração. Inexplicavelmente Maria sente pela primeira vez que Deus está com ela,
sente sua presença consoladora. Fala em voz alta até perder a noção do tempo.
Ao se levantar sente que ainda há tempo de voltar, de finalmente conhecer este
Jesus de quem tanto seus pais falavam. Tantos anos e tanto sofrimento, mas
ainda é possível que Deus faça a transformação que precisa! Finalmente declara:
Eu creio, Senhor!
2 comentários:
Perfeito!
Bênção de Deus. É uma reflexão que deve ser feita por todos, como igreja, como pais...Deus te abençoe irmã Ida.
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