Não interessa se gostamos ou não de futebol. Durante as próximas semanas é só dele que se vai falar. A cada 4 anos é assim. O mundo pára e centenas de milhões acompanham avidamente todas as notícias de seus ídolos e cada movimento dos jogos. Mas quando nos damos ao trabalho de olhar a verdade por trás do mundial não podemos deixar de ficar insatisfeitos.
O campeonato do mundo de futebol se realiza no Brasil. País grande e rico em recursos, mas
com uma das piores distribuições de renda do mundo, onde faltam estruturas de todo tipo. Mesmo as mais básicas, como escolas, hospitais e
centros de saúde. Onde há milhões que vivem em bairros de lata (favelas) e
milhares que habitam as ruas das grandes cidades. Nessa realidade se gastaram biliões para construir… estádios de futebol. Estruturas faraónicas para umas
poucas horas de lazer e desporto ocasional. Construções que na sua maioria ficarão
dentro de um mês desocupadas e sem sentido. Monumentos a má utilização do
dinheiro público. Não é possível ficar contente com esse panorama.
O mundial de futebol chama a atenção para a futilidade de nossa sociedade. Num
pequeno país como o nosso em que a crise domina e milhares estão sem emprego,
pouco mais se fala a não ser de um jovem frívolo e vaidoso que por acaso é um
bom atleta e tem jeito na manobra de uma bola de couro. Ouvimos falar de
orgulho nacional. Ora Portugal tem muito de que se orgulhar em sua história e
na resiliência de seu povo. Temos gente de artes, ciência, literatura e
diplomacia que ocupa posições importantes no mundo. Devemos nos orgulhar do que
merece verdadeiro orgulho. Diante da frivolidade e inutilidade real do mundial
não podemos ficar satisfeitos.
Mas, nossa
maior insatisfação tem a ver com o facto de que o mundial representa apenas uma
pequena parte de toda uma indústria mundial de entretenimento que visa
adormecer, anestesiar o homem moderno. Em meio aos dramas da vida, casamentos
desfeitos, famílias destruídas, empregos precários, crianças mal criadas,
idosos abandonados e uma crescente multidão de deprimidos, somos mergulhados em
diversão e distracção para tirar nossas mentes e corações do que realmente
interessa – Que valor tem a vida? O que fazemos aqui? Para onde iremos um dia?
Como
Cristãos é nosso dever manter a chama profética. No linha dos profetas do
Senhor no Antigo e Novo Testamento somos chamados a avisar, a despertar, a
agitar o mundo ao nosso redor com as verdades necessárias. Somos seres criados
por um Deus Eterno. Somos seres espirituais e o material nunca nos satisfará
plenamente. Precisamos de voltar a comunhão com o nosso Criador e tudo isso só
é possível por meio de Jesus Cristo, sua vida, seu ensino, sua morte e sua
ressurreição. Pode ser que as atenções nestes tempos se voltem para uma bola
mas a igreja precisa continuar a anunciar uma CRUZ!
Nenhum comentário:
Postar um comentário