Certamente já lhe aconteceu mais de uma vez. Ao longe viu uma pessoa que conhece se aproximando. Sabe que é uma pessoa desagradavel. É o tipo de pessoa que gosta de fazer de conta que são grandes amigos quando na verdade mal se conhecem. Sua falsa intimidade constrange. Seus comentários são sarcásticos e de mal gosto. Suas piadas são sujas e sem graça. Seu hálito é horrível e sua presença o repugna. O que faz? Quase que inevitavelmente foge. Arranja uma maneira de escapar do encontro. Aquela pessoa para você é simplesmente má noticia.
Agora imagine o contrário. Aquela pessoa gentil, de palavra animadora, que sempre o elogia, que parece brilhar a cada encontro, cuja presença é um bálsamo. Aquele tipo de pessoa que realmente ouve o que dizemos, que empatiza com nossas situações, que sabe dar conselhos sábios sem os impor, cuja palavra faz diferença para nós. Aquele tipo de pessoa que nos faz sentir importantes a cada vez que nos encontramos. É uma pessoa limpa, que veste bem sem exagerar e traz consigo um agradavel cheiro de perfume. O que faz? Inevitavelmente se aproxima. Deseja o encontro. Essa pessoa é simplesmente boa nova.
Esta perspectiva tem tudo a ver com o evangelho e sua propagação. Jesus era o Verbo que se fez carne. Ele encarnou, "habitou entre nós e vimos a sua glória". Antes de proclamar a boa nova, Jesus era a Boa nova. A boa nova encarnada. Ele atraía as pessoas e elas se aproximavam dele com prazer. É claro que os hipócritas o adiavam, ou antes odiavam o que deles se percebia quando se aproximavam de Jesus. Mas o povo o amava e dele se acercava com naturalidade e alegria desde crianças a idosos, ricos e pobres, sábios e ignorantes. Sua palavra era única, sua capacidade de amor inigualavel, sua visão daquilo de bom que cada pessoa podia ser nas mãos de Deus, seu investimento mesmo nos casos considerados perdidos. Tudo nele atraía poderosamente. ELE era Boa Nova.
Se há uma coisa que tem prejudicado a Igreja e a proclamação do evangelho é crentes que querem anunciar as boas novas mas que são má nova. Suas vidas, atitudes, palavras e modo de falar, tudo causa afastamento. São desagradaveis, com ar de superioridade de quem diz saber tudo, atitude condenatória que pensa poder julgar e a prépotencia de entender que todos tem que os aceitar como são porque eles são donos da verdade. Grandes ateus e agnósticos tem criticado o Cristianismo (e nesse caso com razão) exatamente porque não tem conseguido ver Cristo ou seus ensinos nesses cristãos.
Vejamos brevemente algo que a Bíblia diz sobre os verdadeiros discipulos de Jesus. Eles devem ser:
1) Sal (Mateus 5:13)
O Sal dá à comida o seu sabor. O mais saboroso prato sem sal fica totalmente sem graça, sem interesse. Os ingredientes mais caros desperdiçados porque faltou aquele toque, pequeno mas fundamental que realça o valor de tudo. O sal preserva, mantém , impede a degradação. Seu valor ainda hoje é muito estimado em várias partes do mundo e há mesmo lugares onde serve como moeda de troca.
O Senhor disse que deveriamos ser sal. Onde estivessemos traríamos sabor, realçaríamos o gosto, impediriamos a degradação, serviríamos de preservante. O Cristão tem que fazer a diferença em seu meio dando-lhe o que o mundo não pode dar. Se nossa atitude for de condenação ou superioridade como poderemos influenciar? Como conquistar a confiança se não soubermos ganhar o respeito? Perguntemo-nos a nós mesmos: dou sabor aos lugares onde vou? Tenho ajudado a impedir a degradação de pessoas e ambientes onde chego?
2) Luz (Mateus 5:14)
Segundo Jesus deveríamos ser luz. Dar côr, brilho, vida onde quer que fossemos. Só com a luz podemos apreciar as maravilhas da criação. Uma das maiores riquezas do homem é ver o nascer do sol quando a terra se enche de luz. A luz permite a orientação, a escolha clara de uma direção segura. Com luz evitamos os buracos, a sujeira, os espinhos. Com a luz vemos as belezas, retiramos as manchas, embelezamos nosso mundo.
O Cristão tem que ser luz. Onde vai reflete a glória de Deus. Onde chega faz realçar as maravilhas da criação. Ajuda a que as pessoas vejam as cores em suas vidas. Auxilia o desorientado, mostra o caminho ao perdido, livra dos buracos o desencaminhado e ajuda na limpeza das vidas. Um Cristão luz será atrativo de um modo irresistivel como uma farol no meio de uma tempestado ou o brilho no fundo de um tunel.
3) Perfume (II Corintios 2:15)
Paulo usou a figura do perfume para falar do crente. Ora perfume é algo que todos gostam. Torna um ambiente agradavel, retira os maus cheiros presentes e faz com que o próprio ar pareça mais respirável. Um bom perfume atrai, seduz, encanta, chega a ser enebriante num bom sentido. Um perfume gostoso faz com que o local fique em nossa memória já que a recordação de cheiros agradaveis perdura em nossa mente e olfato.
Um Cristão genuíno é perfume de Cristo. Onde chega traz um ar novo, limpo, agradavel. Sua presença é gostosa, marcante, suave mas penetrante. Um Cristão perfume de Cristo se torna memorável porque sua presença traz à mente coisas boas, recordações belas e abençoadas. Um Cristão assim atrairá as pessoas a Cristo tão certo como um bom perfume atrái a nossa atenção.
Aplicação: Antes de poder proclamar a boa nova da salvação eu tenho que me tornar a boa nova. A Palavra diz que somos feitos novas criaturas, filhos de Deus, propriedade particular do Senhor, herdeiros do céu. Feitos novos por dentro devemos mostrá-lo por fora. Nossa presença deveria ser desejada e abençoada. Em vez de criticar, elogiar. Em vez de condenar, abençoar. Em vez de rebater, encaminhar. Nossa palavra, nosso ouvido, nossa orientação e conselho, nossa capacidade de amar, deveriam ser de tal maneira desenvolvidos no Senhor que fizessem as pessoas sentir a atração daquele que os amou até a morte. Quye as pessoas possam desejar a minha presença. Que onde eu chegar possa ficar conhecido como boa noticia. Eu, Boa Nova.
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