pecado mortal na igreja

ALERTA!!
PECADO MORTAL NA IGREJA EVANGÉLICA !!?
           Joed Venturini de Souza
Como é do conhecimento geral, a Igreja Católica Romana definiu os pecados mortais, aqueles que são mais graves e que podem por si só levar à condenação.


Os pecados mortais são sete, a saber: homicídio , adultérios, prostituição, roubo,consumo de drogas, pedofilia e corrupção, certo? Não! Por mais horrível que seja esta lista, ela não representa os pecados chamados mortais. Talvez você se assuste se lhe disser que eles estão bem e prosperando na Igreja. Não se assuste! Veja a lista! Os pecados mortais são: orgulho, ira, inveja, preguiça, gula, avareza e luxúria. E, repito, estão bem e prosperando na Igreja.


A noção de pecado mortal já existia antes do cristianismo. Acredita-se que foi o monge grego Evágrio de Ponto (345-399) o primeiro a estabelecer uma lista inicial das oito paixões que condenavam o ser humano.
O papa Gregório VI modificou a lista para sete pecados e Tomás de Aquino estabeleceu a lista final. Mais tarde,Peter Binsfeld relacionou os pecados mortais com seus respectivos demônios, sendo que Asmodeus seria o demônio da luxúria, Belzebu o da gula, Mamon da avareza, Belphegor da preguiça, Azazel da ira, Leviatã da inveja e Lilith o demônio do orgulho.



Olhando esta lista assusta-nos ver que ela representa características que são, muitas vezes, desculpadas na igreja. Aqui reside um dos maiores problemas dos pecados mortais. Não sendo tão "feios", eles são mais "desculpáveis". É comum considerarmos o orgulho como personalidade forte, a ira como temperamento quente, a avareza como prudência financeira, a inveja como ambição, a preguiça como falta de ânimo, a gula como apetite saudável e a luxúria como algo próprio do homem latino.



Não é essa a avaliação bíblica. Estes pecados são, na verdade, comuns, e muito perniciosos, pois preparam o terreno para a condenação do homem, e é sempre bom lembrar que Deus vê o coração e não apenas as ações. Pensemos então nesta lista:


ORGULHO
Trata-se da vaidade, soberba, pensar mais de si mesmo do que convém. O livro de provérbios condena o orgulho insistentemente
(Provérbios 6:17; 8:13; 16:16). Jesus censurou os fariseus exatamente pela sua soberba (Mateus 23:6), ensinou que devíamos fugir dela (Lucas 14:8-10) e deixou claro que a oração orgulhosa não chega aos céus (Lucas 18:9-14). Paulo coloca o orgulho na lista de perversões do homem mundano (Romanos 1:30). Um exemplo clássico da vaidade é Nabucodonozor, que foi derrubado por Deus exatamente no momento em que declarava seu orgulho (Daniel 4:30).



Contrariando a visão bíblica, o orgulho é hoje incentivado no mundo sob a forma de auto-estima. O homem moderno deve se impor, mostrar que é o melhor (mesmo que não seja), esconder suas fraquezas (mesmo que muitas) e aparecer o mais forte e seguro. Essa é a liderança que o século presente aprecia.  E , infelizmente, a Igreja vem aceitando este modelo. Vemos hoje líderes em nossas igrejas (e muitos crentes também) que se comportam com extrema soberba e que são, muitas vezes, elogiados e valorizados por isso! O que diria o Senhor Jesus neste contexto? O ORGULHO É PECADO E PRECEDE A QUEDA!



O cristão é instado a ter a visão correta de si mesmo. Somos criados por Deus, salvos pela graça e amados pelo Senhor. Como filhos do Pai, somos herdeiros do céu, abençoados com a presença do Espírito Santo e dotados espiritualmente. Mas somos ainda pecadores, tudo o que temos é benção de Deus e sem ELE nada podemos fazer. A Bíblia deixa claro que Deus honra e exalta o humilde e a verdade é que quanto mais perto do Senhor estivermos, mais consciência teremos de sua grandeza e da nossa pequenez.



LUXÚRIA
É a malícia e sensualidade que contamina a mente dominada pelas paixões e que se manifesta num olhar impuro, cheio de intenções pouco dignas. No Antigo Testamento o culto a baal prosperou em Israel pela força da luxúria. Foi a estratégia que Balaão usou quando todas as maldições falharam (Números 25). Jesus condenou a luxúria colocando-a em pé de igualdade com o adultério (Mateus 5:27 a 32) e Paulo a colocou nas listas de depravação humana e das obras da carne (I Coríntios 6:10 e Gálatas 5:19). Dois personagens marcantes da Bíblia mostram a força da luxúria.


A humanidade sempre valorizou a força e a sabedoria. A Bíblia diz que Sansão foi o homem mais forte que já existiu e Salomão o mais sábio. Ambos caíram por causa da luxúria de seus corações. Isso deveria ser suficiente para nos alertar para a gravidade desse pecado.


A luxúria é vista com naturalidade pelo homem moderno e é até mesmo exaltada. "Homem que é homem é aquele que se vira para apreciar a passagem de uma bela mulher." Esse entendimento não leva em conta que a atitude do homem cheio de luxúria o assemelha a um animal no cio, tirando-lhe a superioridade racional e equiparando-o aos bichos. Parte-se do princípio que o homem não consegue controlar suas emoções. A luxúria é maligna porque desvirtua o ser humano reduzindo-o ao irracional e tornando a mulher um mero objeto de desejo desenfreado. Como Cristo ensinou, a luxúria precede o adultério e à prostituição, sendo o combustível de toda indústria pornográfica.



A Igreja deveria lidar com esse pecado com seriedade! As pesquisas feitas revelam que os cristãos evangélicos (e mesmo os pastores) estão no mesmo nível da população em geral no que toca à utilização de pornografia dentro e fora da Internet! Este não é um pecado menor. Ele visa o controle da mente e a partir daí o domínio de toda a vida. A Luxúria é vencida exatamente no nível dos pensamentos. Como Paulo ensinava, precisamos levar nossos pensamentos cativos a Cristo, derrotando toda malicia e sensualidade (II Corintios 10:5).



Esta questão diz respeito à vontade e a hábitos. Podemos decidir por ocupar a mente apenas com o que é de Deus e o que tem dignidade. Podemos optar por negar a visualização de tudo o que é maligno e isso inclui controle total da TV, Internet e mídia em geral.   Poluir a mente com lixo só poder levar a resultados trágicos! Lembremos de Sansão e Salomão, não há homem, por mais forte ou sábio que seja, que consiga se manter de pé se der lugar à luxúria em sua vida.


IRA
Falamos aqui essencialmente do descontrole do temperamento que levanta reações desproporcionadas para eventos corriqueiros. É a raiva incontida, o ódio injustificado, a fúria desprovida de razão, a incapacidade de manter-se sob controle nas questões diárias.


Os livros de sabedoria do Antigo Testamento falam da tolice da ira descontrolada (Provérbios 14:17, Eclesiastes 7:9). Jesus comparou a ira ao homicídio, colocando ambos na mesma dimensão aos olhos de Deus (Mateus 5:21 a 26). Paulo colocou a ira na lista das obras da carne em Gálatas 5:20.


Exemplo clássico de ira é do rei Herodes, que destruiu sua família por medo de ser derrubado do trono e mandando matar todas as crianças pequenas de Belém. Saulo de Tarso, em seu zelo mal orientado, é outro homem de ira que em seu ódio levou a destruição à igreja de Jesus.


A visão mundana da ira varia entre temperamento esquentado e força de vontade. Há quem se preocupe em controlar a ira, mas a visão geral é de que se trata de algo natural, sendo, na maior parte das vezes, até positiva. É comum encontrar quem se orgulhe de sua ira e a defenda, pois segundo muitos, "há coisas que só funcionam mesmo é no tranco!" O manso é considerado tolo, passivo e com sangue de barata.




Na visão cristã, o autocontrole é fruto do Espírito Santo.   O cristão não é um fraco, mas aprende a canalizar e controlar a força. A ira leva a pessoa a falar o que não deve e a fazer o que não pode. Ela leva as pessoas a reagirem de modo contrário à sua verdadeira natureza. Tira a razão mesmo daquele que age em justiça. A vingança, vista como obrigatória pelo mundo, é (segundo a Bíblia) de Deus, porque só Ele julga corretamente.






Devemos também lembrar que a maior parte das nossas manifestações de ira são fruto de impaciência e egoísmo. Muito raramente nossa ira é justa, como a de Jesus. A Ira justa é dirigida contra a injustiça e o mal. A nossa ira é dirigida contra pessoas que entendemos que violaram nossos direitos e nos prejudicaram de alguma maneira.
Exemplo que fala por si mesmo é a ira que demonstramos no trânsito quando julgamos que alguém nos ultrapassou indevidamente ou ainda mais tolamente, a ira que despejamos sobre um juiz de futebol que entendemos ter prejudicado nosso time. Antes de nos irarmos, a primeira pergunta deveria ser: Por que? Por que estou irado? É egoísmo? É por impaciência? Há justificação além dos meus interesses pessoais? De acordo com nosso Mestre, serão os mansos que herdarão a terra!




INVEJA
É o sentimento de desejo pelo que é de outro. Aquela insatisfação que enche o coração por querer algo que não se tem. É aquela tristeza ao ver o sucesso alheio por sentir que não conseguimos obtê-lo. A inveja mina a alma de tal maneira que tira a alegria de viver e torna a pessoa amarga e desequilibrada. A palavra é clara sobre esse pecado.


O livro de Provérbios condena a inveja (3:31; 14:30; 24:1) que é mencionada nos dez mandamentos sob a forma de cobiça (Êxodo 20: 17).  Jesus ensinou os discípulos a não invejar a posição dos outros (Marcos 10:42 a 45) e Paulo colocou esse pecado em suas listas funestas (Romanos 1:29 e Gálatas 5:21).  


Um exemplo conhecido de inveja na Bíblia é o caso do Rei Acabe. Apesar de ser rei e possuidor de riqueza em terras e bens foi dominado por profunda melancolia quando invejou a vinha de Nabote (I Reis 21).  A inveja o levou ao homicídio de Nabote, disfarçado de julgamento religioso. Também o caso de Ananias e Safira (Atos 5) tem sua raiz na inveja que eles sentiam pela aprovação que os outros crentes estavam recebendo na Igreja em Jerusalém.


O materialismo desenfreado da era moderna, com seu consumismo voraz, justifica a inveja e a estimula como ambição positiva.   A filosofia consumista promete, inclusive, felicidade e sucesso aos mais invejosos ou melhor dizendo, ambiciosos.   Há poderosos canais da mídia que de dedicam a mostrar a vida dos famosos, os artistas e atletas profissionais, desenvolvendo assim uma inveja a nível planetário, sempre na perspectiva de "se eu tivesse aquilo..."   Os canais de propaganda vivem disso e a população endivida-se na expectativa de provar as teses do marketing que oferecem vida longa e todo o imaginário em forma de máquinas, bebidas energéticas ou comprimidos.




A virtude cristã que se opõe à inveja é a satisfação, irmã gêmea da gratidão.   A capacidade de ser grato pelo que se tem desenvolve uma satisfação abençoada, que lança fora a inveja, a cobiça e o ciúme e traz realização para a vida.   Assim, sendo gratos e satisfeitos, podemos, inclusive, nos alegrar com os sucessos alheios e apreciar, sem malícia, tudo o que há de bom na vida, na certeza de que o nosso Deus é Jeová-Jiré, o Deus que providencia para as nossas reais necessidades.




PREGUIÇA





É o marasmo da falta de ânimo e vontade.   A constante desvalorização da ação, conjugada com a falta de incentivo para o trabalho.  Trata-se de uma falha de caráter daquele que se contenta em ser sustentado por outros na constante mesmice dos dias inativos.   O livro de provérbios é pródigo em chamar a atenção do preguiçoso e inclusive dá-lhe o exemplo da formiga (Provérbios 6:6; 13:14; 19:15; 21:25; 22:13; 26:15 e 16).   Jesus deixou claro que os preguiçosos não podem ser seus seguidores (Lucas 9:62) e Paulo ensinava que aquele que não trabalha não deve comer (II Tessalonicenses 3:10 a 12).




Um caso clássico de preguiça foi o de Davi, que resultou em grande prejuízo. Em tempo de guerra ele permaneceu preguiçosamente em Jerusalém e dormiu uma longa sesta.   Ao levantar-se sucumbiu à luxúria (desejando a mulher de Urias) e tudo isto o levou ao adultério e assassinato.


A psicologia moderna gosta de dar nomes sofisticados à preguiça e justifica a falta de vontade de trabalhar como sintoma de várias patologias, entre elas a ansiedade, distúrbio bipolar e depressão.   O mundo idealiza e sonha com o estado de eterna preguiça. As eternas férias, onde poderemos fazer o que quisermos... Aquele que já não precisa trabalhar e pode se dar ao luxo de "viver de sombra e água fresca" é considerado um felizardo!  
A aposentadoria é um alvo ansiado, porém, raramente traz o que o indivíduo esperava.
A visão negativa do trabalho idealiza a indolência e despreza aquele que "ganha o pão de cada dia com o suor de seu rosto".




O cristão é chamado à diligência. O trabalho dignifica e, ao contrário do que muitos afirmam, não é produto do pecado.   Adão recebeu seu trabalho antes mesmo de pecar. Recebeu a tarefa de cuidar do jardim e ele sentia-se feliz por realizá-la.  No céu não estaremos sentados, dormindo em cima das nuvens, como é a visão caricata.   O céu será um lugar de atividade onde realizaremos aquele trabalho que nos alegra o coração e nos traz prazer.   Deus criou o homem para ser útil, para ser bênção e para o louvor da sua glória.   Logo, ecoando as palavras do sábio dizemos: "Tudo o que vier às mãos para fazer, faze-o conforme as tuas forças" (Eclesiastes 9:10).

GULA
Apetite desenfreado. O comer muito além da necessidade do organismo e que hoje resulta em obesidade para uma fatia considerável da população mundial. A gula, como tantos outros pecados, é o desvirtuar de algo bom que Deus nos deu. O Senhor criou o homem com a capacidade de saborear as coisas e perceber milhares de gostos diferentes. Isso era para ser benção. O inimigo tornou isso em maldição levando o homem a se transformar num verdadeiro porco. Basta ver os concursos que aparecem na TV e Internet onde jovens e adultos comem estupidamente como se fossem animais e ainda ganham prêmios por sua animalidade quando milhões passam fome


Na Bíblia temos um exemplo de resistência ao espírito de gula em Daniel e seus colegas que evitam a mesa de Nabucodonosor para comerem frugalmente e são por isso recompensados pelo Senhor (Daniel 1:8). Jesus ensinou que não devemos nos preocupar com o que comer e beber (Mateus 6:25) e Paulo relacionou glutonaria e bebedice na lista das obras da carne.


A Gula é um pecado que o mundo não reconhece. Criamos churrascarias e pizzarias rodízio exatamente para comer ao exagero e competir com nosso vizinhos e familiares e nos gloriarmos em quantos pedaços de carne ou de pizza somos capazes de ingerir. A gula é vista mesmo como uma característica masculina de valor, e o homem que é capaz de grandes ingestões é louvado por isso. Revivemos assim os banquetes romanos em que havia um vomitorium, lugar para se vomitar logo após a refeição, dando assim ao individuo a capacidade de voltar à mesa e começar tudo de novo.


A Palavra nos diz que o corpo é templo do Espírito Santo. Trata-se de hipocrisia vergonhosa criticarmos os fumadores e bebedores de álcool porque degradam seus corpos e então protagonizarmos churrascos da igreja no domingo à tarde onde o crente acabado de sair do culto pode pecar bastante e com a aprovação do corpo diaconal. É tempo de lembrar que a saúde na alimentação é parte do auto controle que caracteriza a vida no Espírito. Não precisamos ser fanáticos de dietas e passar o tempo contando calorias, mas devemos lembrar a moderação, cuidar de nossa saúde, recordar aqueles que não tem o que comer.

Contrariando a gula, o incentivo da Bíblia é o jejum, que não se trata de um artigo reservado aos super espirituais, mas uma disciplina que todo crente deveria usar. Trata-se de uma forma de mostrar ao Senhor nossa valorização das coisas espirituais e uma arma poderosa para contrariar a força do desejo que tenta nos dominar. A prática do jejum fortalece o espírito e a vontade e nos prepara para andar mais de acordo com a vontade do Pai.


AVAREZA

Caracterizada pelo egoísmo, é a atitude do apego ao dinheiro e aos bens materiais que alia a ganância com incapacidade de ajudar os outros. Trata-se de um toque de amargura na alma que nunca está satisfeita e que jamais de abre para o auxilio do próximo.

Na Bíblia há ênfase constante no apoio ao próximo e a lei repetia com freqüência a necessidade de ajudar os pobres, as viúvas, órfãos e estrangeiros (Deuteronômio 24:14 a 22). Os profetas também lembravam que o culto prestado por aqueles que não faziam caridade era desprovido de valor (Isaías 1: 11 a 17). O Senhor Jesus exortou os discípulos sobre o correto modo de dar esmolas e alertava contra a avareza (Lucas 12:15). O Mestre tinha uma bolsa comunitária para o auxilio dos pobres e colocou o amor ao próximo como parte do mandamento principal (Mateus 22:39). A mesma ênfase é dada pelos apóstolos nas epistolas e Paulo coloca os avarentos na lista dos devassos de I Corintios 6:10.

Um exemplo conhecido de avareza é o de Nabal que sendo riquíssimo recusou ajudar a Davi e acabou pagando com a vida. No Novo Testamento temos o caso de Judas que sendo tesoureiro dos discípulos tinha o coração duro e avarento que por fim o levou a trair o mestre.


A avareza é criticada na literatura mundial e caricaturizada no famoso personagem da Disney, o Tio Patinhas. Esse personagem é aliás inspirado no avarento mais famoso da literatura criado por Charles Dickens em seu conto de natal. O inominável senhor Scrooge precisou da visita de fantasmas para descobrir a verdade da vida. Fora da literatura os avarentos são em geral apelidados de sovinas, mão fechada os simplesmente precavidos. A falta de amor ao próximo não é no entanto um mal que preocupe a sociedade moderna.


No âmago de uma análise cuidadosa, veremos mesmo, que o coração avarento governa o mundo e é o responsável pela maioria das injustiças que conhecemos e das políticas malignas que provocam o total desequilíbrio na distribuição da riqueza. É o espírito avarento que permite que em meio a uma crise mundial, executivos de firmas e bancos continuem recebendo prêmios milionários totalmente insensíveis às dificuldades globais. A avareza vai bem mais fundo que um punho cerrado.


Não é preciso ser rico para ser avarento. Até a criança da escola pode começar a desenvolver este vicio fechando sua lancheira ou recusando emprestar um lápis. A virtude cristã que contrapõe-se à avareza é o altruísmo que entende a vida como uma oportunidade de ser benção. "Mais bem aventurado é dar do que receber" (Atos 20:35) é uma expressão do Senhor Jesus que descobrimos fora dos evangelhos. Essa máxima está intimamente ligada à regra áurea que diz que "aquilo que quereis que os outros vos façam fazei-lhes vós também" (Mateus 7:12). Jesus com esse principio inverteu a noção negativista do pensamento judeu tradicional (aquilo que não querem que vos façam não façais aos outros) por uma atitude pró-ativa de benção. Trata-se de ser abençoador proposital, de primeiro grau, premeditado.


O Cristão deveria pensar a vida como um dia após outro vivido em gratidão pelo que temos, louvando e dando glórias a Deus e sendo motivo de louvor nas vidas de outros por meio da benção. Isso começa em casa. Nos mais próximos! Estende-se aos domésticos da fé (igreja) , vizinhos e amigos (Judéia), mesmo os que não gostam de nós (Samaria) e aos campos missionários (confins da terra). Vida assim é o oposto da avareza. Se o pecado do coração avarento é como um buraco negro que suga tudo, a benção do coração altruísta é como um farol que ilumina longe e leva esperança em meio à tempestade.


CONCLUSÃO


Iniciamos este estudo com uma lista de pecados degradantes (homicídio, adultério, prostituição, roubo, consumo de drogas, pedofilia e corrupção). Passamos a outra lista que parecia bem menos grave (orgulho, ira, inveja, preguiça, gula, avareza e luxúria) mas que afinal é a raia da primeira lista. Ninguém começa pela lista de cima. Inicia pela segunda e vai se degradando porque essa é a característica do pecado.


Desejamos terminar com ainda outra lista. Uma lista cristã, bíblica, que se contrapõe aos sete pecados mortais. Podemos chamar de as sete virtudes vitais e seriam: humildade, pureza, moderação, altruísmo, gratidão, auto-controle e diligência. Os sete pecados são mais conhecidos, as sete virtudes são nosso alvo. Os sete pecados infelizmente temos experimentado, as sete virtudes precisamos desenvolver. Não seria útil que nossas escolas dominicais desenvolvessem um currículo para o aperfeiçoamento das sete virtudes vitais? Fica a idéia e o desejo. Viver essas virtudes seria realmente cristão, ou seja, viver como Cristo!


2 comentários:

Anônimo disse...

Ficamos tào preocupados com os pecados "maiores" e "graves" que nem nos lembramos que estes pecados minam a espiritualidade da Igreja, e nào é por acaso que nos sentimos mal em certos cultos... Quando Paulo fala para que cada um examine a si mesmo era pra valer!!!

Helena

Claudio Chagas disse...

Muito boa a explanação dos pecados! Já antecipando o post do sábado quero dizer que a gula é um pecado que tem sido negligenciado. É interessante ver como as produções de TV do Brasil valorizam tanto cenários com mesas fartas. Temos que voltar a falar mais sobre o controle do apetite e como ter uma alimentação saudável, sem excessos. Comer para viver, e viver bem, e não viver para comer sem critério e disciplina.

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