Há Lepra na casa!


Issacar ficou chocado quando chegou em casa. Sua esposa o chamou para ver uma das paredes internas da habitação. A casa parecia nova. Na verdade, não a tinham construído. Como muitos outros israelitas eles simplesmente ocuparam uma casa deixada vaga pelos cananitas que fugiam à chegada das tropas de Josué. Mas, na parede interior havia uma enorme mancha esverdeada. Issacar e sua mulher tentaram limpar a mancha, mas ela estava de volta depois de 2 dias e com aspecto ainda pior. Eles não sabiam o que fazer! Tinham vivido em tendas toda sua vida! Essa era a primeira casa que habitavam. Mas lembravam-se da lei que ouviram de Moisés. Era preciso chamar o sacerdote. Era preciso cumprir a orientação de Deus e eles o fizeram (Levítico 14:33 a 53)

Esta era a linha de ação prevista pela lei para situações como esta. O Senhor sabia que iriam encontrar esse problema e já dera instruções claras sobre como agir.
1.       Primeiramente o chefe da casa deveria declarar a praga na casa. Era sua responsabilidade. Ele era o sacerdote do lar e estar atento a essas coisas era sua função. Deus o colocara como cabeça do lar para isso

2.       O sacerdote deveria então ser chamado para examinar a casa e verificar até que ponto a praga havia-se estendido. Ele era orientado por Deus para fazer o veredito

3.       Precedia-se a limpeza inicial e esta não podia ser ligeira. Não era só esfregar as paredes era retirar as próprias pedras que formavam a parede infestada. Tudo tinha que ser retirado. Com lepra não se brincava! Nada podia ficar. As paredes seriam raspadas e o pó levado para longe e novas pedras e reboco colocado. Era trabalho duro.

4.       Havia então que apertar a vigilância porque a praga poderia voltar. A lepra era reincidente. Podia perfeitamente colocar as garras de fora a qualquer momento.

5.       Caso a praga voltasse haveria que derrubar a casa porque seria declarada imunda e imprópria para habitação e contaminaria tudo e todos que estivessem em contato com ela

6.       Caso a praga tivesse sido vencida e a casa pudesse ser declarada limpa haveria que aplicar sangue de expiação sobre ela porque era Deus que a limpava e a limpeza equivalia a salvação que só existe com derramamento de sangue.

Talvez possamos pensar que este texto da lei nada tem a ver conosco. Afinal temos hoje materiais de limpeza mais sofisticados que os dos israelitas e não derrubamos casas só porque aparecem manchas de bolor nas paredes. Mas devemos lembrar que as palavras do Senhor têm sempre aplicação em nossas vidas e podemos associar este texto com as casas e famílias actuais. Vejamos então a aplicação:
(os links em destaque aprofundam o tema)
1.       Assim como era necessário avaliar o estado das casas à procura de sinais de praga, também nós somos responsáveis por notar o surgimento de sinais de lepra em nosso lar. Se um filho tem febre ou aparece com uma tosse persistente isso nos preocupa. Não damos de ombro e simplesmente à espera que passe. Se aparecer sinais de rachadura na estrutura da casa ou sinais de que o apartamento de cima está drenando água para o nosso teto não resmungamos apenas e voltamos às nossas vidas. Então, porque será que, quando aparecem sinais de lepra espiritual em nosso lar, nada fazemos? Há, por vezes, pragas evidentes na casa e os responsáveis (pai e mãe) parecem não notar ou preferem fazer de conta que não viram. Somos responsáveis por isso!

2.       O exame da praga deve ser detalhado e cuidadoso como a lei sugeria. Não pode ser superficial e rápido. É algo sério que devemos ter cuidado em acompanhar. Eis alguns sinais de lepra na casa:






·         Dependência de substâncias (medicação, químicos)

·         Objetos consagrados ao maligno


3.       Há que tirar as pedras que estão contaminadas de modo radical. Medidas superficiais não levarão a limpeza. Uma simples passagem de paninho húmido não dá. Coisas que ameaçam a vida espiritual do lar podem levar a sua declaração como imunda. Queremos perder nossos filhos? Desejamos vê-los nos caminhos do mal? O que é mal é mal e não podemos confraternizar com o maligno. Devemos abandonar e cortar tudo que está alimentando a praga em casa. Toda a família deve estar envolvida. As coisas devem ser entendidas e explicadas de modo a que façam sentido.

4.       Atenção ao ressurgimento da praga. O mal tem uma capacidade de reincidência impressionante. Depois de o reconhecer e tirar não podemos baixar a guarda. A eterna vigilância é o preço da liberdade. A maldade do inimigo é tremenda e nossas famílias são o seu alvo preferido. Ele sempre espera que baixemos a guarda para atacar.

5.       A aplicação do sangue expiatório é fundamental. Não vamos sacrificar animais porque vivemos na era da igreja onde o sacrifício já foi feito de uma vez por todas. Mas temos que aprender a aplicar o sangue de Jesus em nossas famílias. Isso se faz de muitas maneiras, por exemplo mantendo as tradições familiares e costumes saudáveis em família.

6.       Não deixede trabalhar para a salvação de cada elemento da família. Isso é trabalho ativo. Não deixe que os anos passem até seus filhos crescerem. Há alguns pais modernos que não levam seus filhos à igreja ou ao estudo bíblico porque pensam que é errado “obriga-los” e quando crescerem escolherão o melhor, isto é temerário e perigoso. Você os leva ao médico? Leva-os para fazer vacinação? Inscreve-os na escola? Porque? Porque não esperar que cresçam para escolher se querem isso ou não? Porque quer o melhor para eles e sabe que isto é o melhor! Ora o que há de melhor que Jesus? O que há de melhor que sua igreja em termos de comunidade? Não deixe para mais tarde. Ganhe-os para Jesus quando são pequenos e tudo será bem mais fácil! Lembre-se que o inimigo tem muito trabalho para os conquistar desde pequenos.
Assim como fazemos a revisão do carro, a manutenção do computador ou a limpeza periódica da casa, também a família precisa de uma avaliação constante. Os sinais nem sequer são tão difíceis de ver, mas precisamos procurá-los. Não tenhamos medo de enfrentá-los. Temos um aliado fortíssimo em nossa luta contra o mal e na salvação de nossas famílias – o Criador da família. Ele é nosso Senhor e o Senhor de nossas famílias também.

5 comentários:

Anônimo disse...

Me lembrou de pronto da música que cantávamos na EBD:

"O sabão
Lava meu pezinho,
lava meu rostinho,
lava a minha mão!
Mas Jesus pra me deixar limpinho,
quer lavar meu coração!

Quando o mal, faz uma manchinha,
eu sei muito bem,
quem pode me limpar,
é Jesus, pra me deixar limpinho,
quer meu coração lavar."

O que também concorda com seu raciocínio: é melhor levarmos logo nossas crianças à Igreja, assim aprendem logo o que é importante.

Saudades!
Renato Bellan

Joed Venturini disse...

Olá Renato, sim este é o sentido do texto. Muitas vezes nos preocupamos tardiamente com nossa família. Só prestamos atenção quando há um grande problema a ser resolvido, como filhos nas drogas ou fugidos de casa, mas temos que vigiar muito antes e nos prepararmos para os ataques sutis na mentalidade de nossos filhos. Quem desejamos que influencie mais, a TV ou a orientação divina? Depende de nós, desde cedo, agir proativamente nesta equação.
Um grande abraço
Joed

Misia disse...

Oi meu irmão! Agradeço a Deus por mais esta reflexão abençoadora. Tem sido nosso desafio diário - educar Sara e Caleb para que eles permaneçam Em Cristo, mesmo depois que se tornarem independentes e adultos. Uma tarefa nobre mas não menos difícil. Felizmente temos o Senhor como nosso Aliado neste desafio. Vocês como famiila, continuam sendo uma inspiração para nós!
Saudades sinceras!

Joed Venturini disse...

Querida Mísia,
Teus filhos estão a crescer vendo a dedicação dos pais numa obra maravilhosa. Têm visto os milagres, livramentos e respostas do Senhor e isto fica marcado para sempre! Que o Senhor sempre os guie e proteja.
Nosso abraço ao Mestre,Sara e Caleb, com muito carinho

Família Venturini
Joed, Ida, Gabriel e Rebeca

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

Gostei muito (no acampamento, e agora nesta síntese, bem mais completa que as minhas notas).

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