Consagração anti-biblica é aquela em que alguém é dedicado ao ministério da palavra contrariamente às instruções da Bíblia. Devemos refletir sobre o atual estado de coisas tendo a Palavra como base e a história da igreja como explicação das tendências.
Pensemos agora na nossa realidade. O quadro seguinte é muito comum. Temos um adolescente na igreja que se envolve com os trabalhos e mostra interesse no ministério. Um dia, num culto, ele aceita um apelo para ser pastor e passa a ser tratado de modo diferente. Afinal ser pastor é mais importante que ser médico, advogado, engenheiro, professor, pedreiro, mecânico ou eletricista, certo? Será mesmo? Todos podem exercer o pastorado? O pastor não pode ser um profissional de outra área como acontecia no NT?
Mas voltemos ao nosso adolescente. Evidentemente que não irá para a faculdade. Nesse “antro de perdição” poderia deixar a vocação. Logo, ele vai cedo para o seminário. Com 18 já está na escola de profetas. Com 22 está formado. Não conheceu a vida universitária e o que significa defender sua fé num meio ateísta. Não conheceu a vida profissional, nunca teve um dia de trabalho das 8 as 18, não conheceu a pressão de patrões blasfemos e colegas descrentes. Não se casou ou então é recém casado, não tem filhos ou então os têm ainda nenéns. Mas, baseados em seu curso, vão consagrá-lo ao ministério da palavra e ele será pastor.
Pergunta: Por que os evangélicos costumam criticar o celibato dos padres católicos? Porque defendem a idéia que padres solteiros não têm como aconselhar pessoas casadas e com filhos, por falta de experiência. Mas, nosso jovem pastor também não tem experiência universitária, nem profissional, nem de casamento, nem de criação de filhos! Isso em teoria e pela linha de argumentação usada contra os padres, o desabilita a tratar da grande maioria de suas ovelhas. Muitos desses jovens pastores, bem intencionados e cheios do saber do seminário irão pregar sermões repletos de referências aos grandes nomes da teologia, mas que nada dizem à sua congregação. Seus sermões serão irrelevantes e seu aconselhamento ingênuo. A culpa será dele ou de quem o consagrou contrariamente aos princípios bíblicos?
O que estamos defendendo aqui é um regresso aos padrões bíblicos para a consagração ao ministério. Se desejarmos essa volta não deixaremos de ter seminários, mas aprenderemos que seminários não formam pastores! Procuraremos ser mais exigentes com nossos vocacionados e enviaremos menos gente despreparada para o seminário. Teremos mais pastores profissionais no ministério. Alguns dirão que pastores com outras profissões não darão conta do ministério. A resposta está na visão de pastorado. As igrejas do NT tinham ministérios coletivos e bem sucedidos.
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