Ser Radical
já foi um dia algo negativo, mas hoje é moda e é sinonimo de fazer coisas
ousadas e mesmo perigosas como desportos radicais ou outras coisas que colocam
a vida em risco. Mas quando falo de radical não me refiro a manobras de carros
em alta velocidade ou desportos que exigem muita adrenalina, mas de uma vida
coerente. Vai sendo cada vez mais radical viver de forma coerente neste mundo.
Deixem-me dar alguns exemplos:
Hoje se fala
muito em liberdade. É mesmo um dos conceitos mais valorizados no mundo. Ser
livre é essencial. Mas o que a cultura ocidental entende por liberdade? Será
realmente liberdade no sentido verdadeiro da palavra? A liberdade moderna é no
fundo uma falta de restrições. Ser livre significa fazer o que quero, como
quero, quando quero e com quem eu quiser. Isso não é liberdade. É falta de
princípios e moral; é viver como os animais, liderado por instintos e prazeres.
A liberdade que se exige é a que vem com respeito e valorização do outro. Sem
isso a vida fica insustentável.
Outro
conceito muito valorizado é o da Tolerância. Provavelmente a maior crítica
actual ao Cristianismo Evangélico é que é intolerante. Para o mundo, tolerância
é a aceitação de toda e qualquer prática, escolha ou forma de vida. Ser
tolerante é aceitar o homossexual, a lésbica, a prostituição, o aborto, a
eutanásia activa, o uso de drogas leves, a mudança de sexo e outras coisas mais,
consideradas modernas e próprias de quem tem a mente aberta. Quem não aceita
isso é considerado retrógrado, ignorante, talvez mesmo estúpido e quem sabe até
digno de ser eliminado (muito tolerante essa posição…)
É nesse
contexto que somos chamados a ser coerentes e com isso, radicais. “Eu sei em quem tenho crido, e estou certo
de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” dizia Paulo
ao escrever 2 Timóteo 1:12. Ele nos lembrava que “não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos
1:16. E nós queremos fazer coro com Paulo. Num mundo em que defender convicções
é ser considerado teimoso, onde lutar por princípios de fé e ética é chamado de
intolerante, onde defender a Fé Cristã e a Divindade de Jesus é dito loucura,
nós somos radicais. Radicais como o próprio Jesus foi. E felizes em o ser.
Coerência é
saber o que cremos e viver pela nossa fé e princípios. É não ser levado por
cada correnteza ou vento novo que a moda dita mas estar firme em nossas
convicções. É estar seguro do que se crê em vez de ser deixar dominar pelas
opiniões que são impostas por supostas celebridades. É Conhecer o Deus que
professo, saber porque creio nele e viver de acordo com isso cada dia e a cada
decisão. Isso é coerência. Isso é radical. No mundo em que tudo é cada vez mais
relativo, essa é a radicalidade da Coerência.
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