

1.
Primeiramente o chefe da casa deveria declarar a
praga na casa. Era sua responsabilidade. Ele era o sacerdote do lar e estar
atento a essas coisas era sua função. Deus o colocara como cabeça do lar para
isso
2.
O sacerdote deveria então ser chamado para
examinar a casa e verificar até que ponto a praga havia-se estendido. Ele era
orientado por Deus para fazer o veredito
3.
Precedia-se a limpeza inicial e esta não podia
ser ligeira. Não era só esfregar as paredes era retirar as próprias pedras que
formavam a parede infestada. Tudo tinha que ser retirado. Com lepra não se
brincava! Nada podia ficar. As paredes seriam raspadas e o pó levado para longe
e novas pedras e reboco colocado. Era trabalho duro.
4.
Havia então que apertar a vigilância porque a
praga poderia voltar. A lepra era reincidente. Podia perfeitamente colocar as
garras de fora a qualquer momento.
5.
Caso a praga voltasse haveria que derrubar a
casa porque seria declarada imunda e imprópria para habitação e contaminaria
tudo e todos que estivessem em contato com ela
6.
Caso a praga tivesse sido vencida e a casa
pudesse ser declarada limpa haveria que aplicar sangue de expiação sobre ela
porque era Deus que a limpava e a limpeza equivalia a salvação que só existe
com derramamento de sangue.
Talvez possamos pensar que este texto da lei nada tem a ver
conosco. Afinal temos hoje materiais de limpeza mais sofisticados que os dos
israelitas e não derrubamos casas só porque aparecem manchas de bolor nas
paredes. Mas devemos lembrar que as palavras do Senhor têm sempre aplicação em
nossas vidas e podemos associar este texto com as casas e famílias actuais.
Vejamos então a aplicação:
(os links em destaque aprofundam o tema)
1.
Assim como era necessário avaliar o estado das
casas à procura de sinais de praga, também nós somos responsáveis por notar o
surgimento de sinais de lepra em nosso lar. Se um filho tem febre ou aparece
com uma tosse persistente isso nos preocupa. Não damos de ombro e simplesmente
à espera que passe. Se aparecer sinais de rachadura na estrutura da casa ou
sinais de que o apartamento de cima está drenando água para o nosso teto não
resmungamos apenas e voltamos às nossas vidas. Então, porque será que, quando
aparecem sinais de lepra espiritual em nosso lar, nada fazemos? Há, por vezes, pragas evidentes na casa e os responsáveis (pai e mãe) parecem não notar ou preferem
fazer de conta que não viram. Somos responsáveis por isso!
2.
O exame da praga deve ser detalhado e cuidadoso
como a lei sugeria. Não pode ser superficial e rápido. É algo sério que devemos
ter cuidado em acompanhar. Eis alguns sinais de lepra na casa:
·
Dependência de substâncias (medicação, químicos)
·
Objetos consagrados ao maligno
3.
Há que
tirar as pedras que estão contaminadas de modo radical. Medidas
superficiais não levarão a limpeza. Uma simples passagem de paninho húmido não
dá. Coisas que ameaçam a vida espiritual do lar podem levar a sua declaração
como imunda. Queremos perder nossos filhos? Desejamos vê-los nos caminhos do
mal? O que é mal é mal e não podemos confraternizar com o maligno. Devemos
abandonar e cortar tudo que está alimentando a praga em casa. Toda a família
deve estar envolvida. As coisas devem ser entendidas e explicadas de modo a que
façam sentido.
4.
Atenção
ao ressurgimento da praga. O mal tem uma capacidade de reincidência
impressionante. Depois de o reconhecer e tirar não podemos baixar a guarda. A
eterna vigilância é o preço da liberdade. A maldade do inimigo é tremenda e
nossas famílias são o seu alvo preferido. Ele sempre espera que baixemos a
guarda para atacar.
5.
A
aplicação do sangue expiatório é fundamental. Não vamos sacrificar animais
porque vivemos na era da igreja onde o sacrifício já foi feito de uma vez por
todas. Mas temos que aprender a aplicar o sangue de Jesus em nossas famílias.
Isso se faz de muitas maneiras, por exemplo mantendo as tradições familiares e
costumes saudáveis em família.

Assim como fazemos a revisão do carro, a manutenção do
computador ou a limpeza periódica da casa, também a família precisa de uma
avaliação constante. Os sinais nem sequer são tão difíceis de ver, mas
precisamos procurá-los. Não tenhamos medo de enfrentá-los. Temos um aliado
fortíssimo em nossa luta contra o mal e na salvação de nossas famílias – o
Criador da família. Ele é nosso Senhor e o Senhor de nossas famílias também.