Hudson Taylor |
que o Mestre me vai enviar.
É tão grande a seara, já pronta a colher,
na qual eu irei trabalhar.
E se, por caminhos que nunca segui,
a Tua chamada eu ouvir,
feliz certo irei, dirigido por Ti,
a Tua vontade cumprir.
No século 19 vimos uma verdadeira corrida das missões com o objetivo de conquistar o mundo para Cristo. É certo que muito deste esforço missionário estava ligado à colonização e à civilização dos povos. Porém, o que mais me admira é a disposição que os vocacionados mostravam em ir aos lugares mais distantes da terra para levar a Palavra de Deus. Milhares de missionários morreram nos seus dois primeiros anos de campo, por doenças como malária, febre tifóide e outras complicações. Outros foram mortos enquanto tentavam contato com tribos perdidas, que nunca haviam visto um homem branco. Esses sacrifícios estão registrados e nos emocionamos a ver estes relatos.
É neste contexto que Mary Brown e Charles Prior escrevem a letra deste belo hino, 482 do HCC que tem o título " Eu quero fazer o que queres, Senhor".
Mary Slessor |
Se o missionário para ir ao campo precisa ter uma casa com todos os recursos, internet, TV à cabo, ar-condicionado e todos os aparelhos possíveis, juntamente com o carro do ano, será muito difícil que ele vá aos lugares onde realmente o povo precisa ser alcançado. E não precisamos ir muito longe. Quantos pastores querem trabalhar no sertão nordestino? Quantos estão dispostos a trabalhar com tribos indígenas? Quantos se dispôem a viver sem água canalizada e sem eletricidade constante, seja no Brasil ou num país africano?
Mas, hoje quero me alegrar com aqueles missionários que, inspirados nos missionários do passado, sacrificam-se diáriamente para ganhar almas para Jesus, mesmo que sejam poucas. Lugares como o Leste Europeu, onde tudo é muito complicado de se conseguir, missionários seguem trabalhando arduamente para verem poucos resultados, mas duradouros.
Vejo missionários nos países do Norte da África e do mundo muçulmano, que testemunham secretamente e presenciam decisões que não podem partilhar com o mundo, pois este decidido correria risco de vida. Que suportam temperaturas de até 50 graus, muitas vezes sem eletricidade para o ventilador nem água canalizada. Vão buscá-la ao poço como toda a aldeia.
Vejo missionários que persistem anos para aprenderem uma língua, a língua do coração do povo, que abdicaram de férias e viagens para doutrinar e preparar a igreja nascente. Que sofrem as dores de parto a cada novo convertido e se solidarizam com a perseguição que estes suportam por confrontarem seus parentes com sua nova vida em Cristo.
A estes missionários eu louvo, eu abençoo e por estes eu intercedo. Continuemos a rogar ao Senhor da Seara que nos envie os ceifeiros, dispostos a irem aos lugares que o Senhor mandar, pois nem sempre irão para o lugar que gostariam, mas estarão nas mãos do Senhor de Missões.
Autoria: Ida Venturini de Souza
2 comentários:
este belo texto só podia ser escrito por uma mulher....
só à pouco tempo me senti sensibilizada para contribuir para missões....no congresso missionario em faro.
É importante ouvir quem lá esteve.
lidia
Cara irmã Lidia,
Desejamos que Portugal desperte para Missões, pois este envolvimento é uma bênção para nossas igrejas.
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