Assassino de Torres Vedras e Goleiro Bruno: o que têm em comum?


No Brasil e Portugal não se fala de outra coisa? Que tipo de castigo para os criminosos? No Brasil é a investigação que aponta para a provável morte de uma moça envolvida com o goleiro (guarda-redes) do Flamengo. Em Portugal é o assassino de Torres Vedras que terá matado 3 pessoas. Que tipo de punição para esse tipo de crimes? O que eles merecem?
Interessante seria pensar nisso tudo sob o prisma das filosofias que dominam os tempos modernos. Afinal, seriam eles culpados? A Psicologia moderna diz que o homem é fruto da sociedade, da criação, daquilo que o envolveu desde o crescimento. Logo, não são culpados, culpada é a sociedade que os criou. A Ciência diz que o homem tem se desenvolvido até hoje. Ele é aquilo que a evolução o fez. Se tornou-se um criminoso é porque evoluiu para isso, logo não é culpado!

A Moral moderna diz que tudo é relativo. Aquilo que é errado para você pode não ser para mim. Não há mais absolutos, não há mais regras definitivas. Ninguém pode ser classificado de bom ou mal. Pelo Relativismo moderno os suspeitos não culpados. E o pragmatismo também os absolve. Afinal, se seguiram uma vida errada, se escolheram o crime é porque compensou. Na verdade foram inteligentes ao escolherem fazer o que fizeram, porque pareceu ser o melhor na altura.

Evidentemente que diante dos crimes hediondos em causa ninguém vai se servir desse lado da psicologia, da evolução, do relativismo ou do pragmatismo. E aqui se nota novamente a incoerência de nosso mundo.

Os secularistas gostam de proclamar sua superioridade em relação a tradição judaico-cristã, mas quando a situação complica, quando se sentem tocados, os homens modernos reagem de modo diferente. De repente, há necessidade de justiça (e o relativismo cai por terra), há que preservar os mais fracos (e lá se vai o pragmatismo), é preciso que os criminosos assumam seus actos (e a psicologia e a evolução deixam de ter valor).

A visão moderna, que deseja tirar a responsabilidade do homem, erra pelo simples fato de que a vida não é possível sem responsabilidade. O homem não é um vegetal que cresce conforme a força do sol e o ritmo das chuvas. É um ser criado, racional, com livre arbítrio, e por isso com a necessidade de escolher e a obrigatoriedade de ser recompensado para o bem e para o mal.

Colocar a culpa dos crimes na questão social é falho, porque vemos muitos criminosos pertencentes a classes sociais mais altas. Colocar a culpa na criação é falho porque há muita gente com boa formação cometendo irregularidades. Culpar a raça é tolice porque há muita gente das supostas raças superiores fazendo barbaridades e muitos garotos de suposta raça inferior singrando na vida e se tornando bons cidadãos. A verdadeira questão é o pecado. Uma decisão deliberada (e por vezes bastante ponderada) de fazer aquilo que sabemos antecipadamente que é errado. Se não fosse pecado e se não houvesse culpa porque falaria a sociedade de mudanças necessárias?

Diante do que temos visto e ouvido nestes últimos tempos, o Cristão fica triste, mas não confuso, fica enlutado, mas não baralhado. O mundo tem caminhado para longe de Deus a passos largos e não poderia haver outro resultado.

A solução não está em melhores condições sociais, em melhores escolas, em melhores rendimentos ou oportunidades. Tudo isso pode ser muito bom, mas não muda o coração do homem. Esses dois criminosos em pauta dos dois lados do Atlântico não viviam com dificuldade. A solução está no interior do homem, em seu coração, e isso só quem muda é Deus. Só Cristo salva, dá nova vida, nova perspectiva e propósito, oferece razão de viver e união com Deus no seu trabalho redentor da humanidade. O que o mundo precisa mesmo é do Cristo VIVO e a responsabilidade de seus discípulos é mostrá-lo vivo em seu dia-a-dia.

Um comentário:

Lina disse...

'O mundo tem caminhado para longe de Deus a passos largos e não poderia haver outro resultado.'

E como é verdade, Pastor!!

Maior é o Senhor, que na sua misericórdia e sabendo quem somos, nos traz de volta para perto, não é?

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