Porque Sou Cristão - capítulo II

Há milhões de cristãos convictos no mundo, que sabem o que crêem e porque crêem, que têm uma boa formação superior e pertencem a classes sociais elevadas. Eu tenho estudado a vida toda detendo cursos superiores de elevado grau de dificuldade e sou cristão convicto.
Minha convicção não se baseia apenas na experiência pessoal (muito valiosa, mas subjectiva) mas nos dados reais disponíveis a respeito de Jesus e do Cristianismo.

Passo então a dissertar sobre a segunda razão que me faz ser um cristão convicto.

Em segundo lugar sou Cristão por causa da Bíblia.

O cristão é uma pessoa da Bíblia e defende que ela é a revelação escrita vinda de Deus. Que o Criador, Ser espiritual, que tem todo poder e preside sobre o universo, quis comunicar com o Homem e deixar sua revelação de modo escrito. Para tal compartilhou com cerca de 40 escritores ao longo de mais de 1500 anos e usando suas próprias experiências e estilos inspirou a escrita de 66 livros que temos por sagrados, ou separados dos demais por seu caráter especial.

A coerência da Bíblia é extraordinária. Um conjunto de livros escrito por 40 homens diferentes, vivendo com séculos de diferença entre si, em contextos totalmente diversos, usando línguas diferentes e pertencendo a extractos sociais totalmente dispares, revela um sentido comum, não se contradiz e acaba se complementando. É fabuloso. Estadistas como Moisés e Daniel se juntam a pescadores como João e boiadeiros como Amós. Homens de grande cultura como Salomão e Paulo ou Lucas ao lado de gente simples como Marcos ou Pedro. Textos poéticos como os salmos, jurídicos como o pentateuco ou proféticos como o Apocalipse se misturam e completam numa harmonia estonteante. Não há nada nem próximo na história da literatura mundial.

Ao longo dos séculos, em especial nos últimos 100 anos, muitos tem tentado desacreditar a Bíblia. Por vezes pareciam ter dado um golpe duro ou até fatal ao texto sagrado, mas a Bíblia sempre recupera mostrando sua superioridade. Notemos apenas alguns desses episódios:

- Durante muito tempo se fez troça do texto de Gênesis sobre a criação, porque falava do surgimento da luz no primeiro dia quando o sol e as estrelas só aparecem no quarto dia (sendo dia aqui não 24 horas mas medida indefinida de tempo). A Bíblia parecia incoerente. De onde vinha a luz se não havia sol? Então o homem descobriu o big bang, a teoria bastante aceita e abalizada cientificamente, de como surgiu o universo. Tudo teria começado com uma tremenda explosão... de luz! E só milhões de anos depois surgiriam as estrelas e o nosso sol. A Bíblia tinha razão!

- Muitos duvidavam da existência dos patriarcas como Abraão e dos costumes de seu tempo descritos em Gênesis. Até que pesquisas arqueológicas confirmaram a existência dos lugares, das rotas e do tipo de comércio citado na Bíblia e até tábuas cuneiformes com o nome de Abraão e a descrição de costumes de sua época que desapareceram séculos depois. Alguns desses lugares desapareceram pouco depois dos patriarcas. Alguns desses costumes deixaram de se usar. Como o autor de Gênesis sabia? A Bíblia estava certa.

- Autores ridicularizavam a ideia de Moisés ser o escritor do pentateuco aludindo que não havia escrita em seu tempo até descobrirem que a escrita existia muito antes de Moisés e que no próprio Egito já havia bibliotecas. Moisés sendo criado na corte de faraó teve acesso a tudo isso e usou seu conhecimento para escrever os livros da lei.

- Muitos críticos atribuíam o salmo 22 ao tempo dos macabeus (100 anos antes de Cristo) em que havia convívio com os romanos porque Davi (800 anos antes) não poderia ter escrito esse salmo descrevendo uma crucificação, algo que não era praticado em sua região e em seu tempo. As descobertas do mar morto encontraram rolos com o salmo 22 datados de séculos antes dos macabeus. A profecia de Davi foi uma visão pormenorizada de uma crucificação séculos antes de ela começar a ser usada na Judéia.

- Arqueólogos descobriram que Jericó foi destruída de modo pouco usual com as muralhas caindo para fora e rente ao chão como descrito em Josué. Acharam textos falando da casa de Davi provando que ele não era ficção. Encontraram a explicação para Belsazar ser chamado de rei em Daniel já que ele era o 2º no reino atrás de Nabonido e podia ser assim chamado em sua ausência resolvendo desse modo o dilema de não haver nas listas oficiais um rei com esse nome.

Livros têm sido escritos para mostrar a quantidade impressionante de material bíblico comprovado pela história e arqueologia. A Bíblia é a revelação de Deus ao homem e responsável pela transformação de mais vidas na história que qualquer outro texto sagrado ou não. É também por sua causa que sou Cristão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pastor eu gostei de sua explicação, eu concordo plenamente, pois também sou uma cristã, nestes moldes, e porque Jesus nos dá as condições de vivê-la, e o seu exemplo, continuarei a segui-lo, e aprender de Jesus.

Ana Bastos

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